CINE METRÓPOLE

 Onda de Calor

A Netflix vem apostando no conteúdo lésbico como forma de atingir um novo público. Novos alvos, estratégias velhas. Onda de Calor é um filme de 2022 que aposta na batida fórmula da jovem ambiciosa seduzida pela mulher mais poderosa.

Claire (Kat Graham, a Bonnie Bennett da cultuada série Diários de Um Vampiro) é uma jovem de passado obscuro que está crescendo na vida. Acaba de conquistar o emprego dos sonhos, ao ser promovida a assistente pessoal de Scott Crane (Sebastian Roché, o Mikael Mikaelson de Diários de Um Vampiro), um poderoso magnata da construção civil. Ao mesmo tempo, começa a se envolver sexualmente com Eve, uma misteriosa e sedutora moradora do prédio onde Claire usa a piscina escondida, para driblar o calor absurdo da cidade (daí o título do filme). Mas a situação se complica, quando ela descobre que Eve é na verdade...adivinhem? A esposa do chefe!!! A partir daí tem início uma trama de mistério e suspense que pretende ser sufocante como a onda de calor do filme. 


Onda de Calor é um filme que pretende usar do mote do calor para tornar a história quente no teor sexual, mas é só uma história abafada.

A química entre o casal sáfico é fraca e não vence o desafio do primeiro beijo, com cenas fraquíssimas para quem queria fazer um filme "quente". Não passa de mais uma fetichização do lesbianismo para homens. Talvez um dia entendam, que mulheres é quem deveriam dirigir filmes sobre amor (ou sexo) entre mulheres.

A trama também abusa dos plot twists. Além de serem absolutamente previsíveis, são de um tédio tal, que tudo que queremos é que acabe logo. Não nos importamos nem se a mocinha da história morre ou vive no fim. Só queremos que acabe. No final, Onda de Calor é uma perda de tempo do sentido cinéfilo, do sentido sáfico e do sentido de tempo mesmo. Chaves teria preferido ir ver o filme do Pelé. E eu que sou Maradonista confesso, também preferiria.


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Davison Silveira


Davison Silveira é escritor e sonhador. Não ganhou dinheiro com nenhuma das duas, mas continua achando que as respostas da vida estão em alguma canção do Belchior, num disco de Dylan, num livro de Kundera, numa revista do Asterix e nos beijos de Denise. Para ele o sentido da vida é Centro-Bairro. E segue sua vida esperando o retorno daquele que veio dos Céus para nós salvar: Goku. Ou que finalmente resolvam fazer a versão 600 ml do refrigerante Teem

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