Para quem não sabe, eu participo de um coletivo de artístas, o Coletive Arts. Esse grupo organiza ações em Porto Alegre (minha cidade) e região. Leva os artístas para expor seus trabalhos em eventos, faz oficinas, palestra, tudo enfim para promover a arte. Então, conseguimos apoio da prefeitura de Gravataí participarmos da feira do livro da cidade. Criando assim a Casa Coletive. Nome dado ao espaço durante a feira.
Durante o dia 23 de novembro, sábado anterior ao último domingo do evento, pude comparecer. Sendo assim, trocar ideias com os artistas e distribuir fanzines com o material do pessoal. Pois bem, nos eventos do Coletive também ocorrem mesas de RPG. Ministradas pelo Mestre Alex Cuenca. Daqui por diante, segue o relato dessa mesa que partipei durante o evento. Importante: não jogava RPG faziam 15 anos, pelo menos.
Old Dragon Day 19
Aventura: A Busca pelo Fungo Fantasma
Heróis: Sorya, Hyrda, Fandrel, Galdar e Ingrith
Aventura: A Busca pelo Fungo Fantasma
Heróis: Sorya, Hyrda, Fandrel, Galdar e Ingrith
Narrado Por Alex Cuenca
Pelo que lembro, chegamos a cidade de Edhelcoron atrás de uma recompensa oferecida por Don Rigante Taigo. Estava pendurada no mural do Sindicato da Lua Vermelha. Pedimos indicações e logo estávamos pegando os últimos detalhes com o próprio Don em seu palacete. Tudo pronto e partimos em direção a floresta a fim de resgatar dois servos do Don Rigante que haviam saído em busca do Fungo Fantasma. Um deles, um feiticeiro narcomante, dono da sabedoria para fazer a poção e sua segurança. O fungo fantasma trata-se de um componente muito importante para essa poção de extremo poder.
Éramos guiados por um outro servo do Don que por sua vez nos deixou na porta da caverna onde os outros dois adentraram. Combinamos rapidamente como que seria a ordem da fila e fomos entrando. Os anões foram a frente devido a sua visão privilegiada no escuro. Visão essa que não foi necessária. Um vez que a caverna era coberta por cogumelos e fungos. Vários deles fluorescentes, conferindo uma luz tênue ao ambiente. Porém, muito satisfatória para a visão normal da humana Ingrith.
Seguimos com muito cuidado. Nos foi informado que aquela caverna era conhecida por ter fossos profundos. Como a visão dos detalhes do chão era muito dificultada pelos fungos. Chegamos a primeira sala. As paredes, teto e chão continuavam cheia de fungos. A única coisa que chamava atenção eram 4 cogumelos maiores. Bem maiores que o normal mas um pouco menores que os anões. Obviamente se tratavam de inimigos que geraram a primeira luta. Nada de muito diferente aqui, a não ser a tentativa de uma manobra circense praticada pelo anão Galdar e a humana Hyrda. Um verdadeiro espetáculo de ideia jogar a corda por cima dos inimigos e tentar amarrá-los com seus companheiros juntos. Ainda bem que perceberam e corrigiram a manobra a tempo de dar certo.
Seguindo, chegamos a uma sala com muitos pigmeus. A principio pacíficos e adoradores de um ser maior. Ficamos com um certo medo de passar. Então, Ingrith resolve usar sua destreza de ladina e passar sem chamar atenção. Ela consegue sem maiores problemas. Ao chegar no próximo corredor, constata que ele é longo e escuro. SABE DEUS PORQUE, ela resolve voltar pela sala dos pigmeus e ir para o outro lado. Nesta segunda caminhada ela chama atenção dos pequenos que se colocam em guarda. Um monte deles. Porém, não atacam, o que nos dá brecha de ajudar Ingrith a levar o nosso grupo para a outra saída. Ficamos na entrada aguardando o nosso outro ladino, Fandrel ir até a próxima sala. Aqui a história todo um rumo mais interessante do que o triunfo do grupo.
Aqui começa: A odisséia de Fandrel, o Lunático.
Fandrel desce o corredor sem medo. Confiante e sozinho. Ao chegar na próxima sala, se depara com uma pequena barreira, que de trás, sai uma criatura horrenda. Tipo um caracol do inferno. Nessa hora, sem pestanejar, ele sai correndo corredor acima. Passa pelo grupo falando: eu vou embora! Basicamente fazendo jus a sua sanidade zero. Basicamente como se fosse uma aventura Chuthulhiana, só que por querer. Ele já era lunático, lembra? Pois bem. Correu até sair da caverna. Onde encontrou o serve de Don Rigante nos aguardando coms os cavalos. Este, muito surpreso, pergunta:
- Aonde estão seus amigos?
- Sem pensar duas vezes, Fandrel, ofegante responde:
- Eles morreram!
- E aqueles que vocês viraram resgatar? - indaga o servo assustado
- Morreram também!
- E o material que deviam recolher? - insiste o pobre empregado
- Explodiram!
- Então você não me serve de mais nada.
Depois dessa fala totalmente desanimada, o servo pega todos os cavalos e vai embora. Fandrel ainda grita para ele esperar mas não surte efeito. Ele começa a voltar a pé. Deixando a caverna sem olhar para trás. No meio do caminho, ele percebe que seus poros estão expelindo uma gosma verde, o que não o preocupa muito. Ele segue seu caminho a pé de volta a Edhelcoron.
Chegando lá, ele vai direto ao Don Rigante. Ao chegar, obviamente é questionado sobre a missão e reafirma as suas mentiras. O warlord tem a mesma atitude que seu servo dizendo a ele que não te mais serventia e recebe a seguinte resposta do nosso ladrãozinho:
- Me dá o dinheiro!
- Não! - fala com calma Don Rigante
De imediato em com extrema destreza, Fandrel pula em direção do lorde do crime empunhando a sua adaga. Nesse exato momento do meio do pulo, os 30 guardas que estavam atrás de Don Rigante o apanham no ar e o levam preso. Afim de esperar o seu julgamento.
Mas o resto do grupo? Deve estar se perguntando o caro leitor. Sim, eles continuaram a aventura, acharam o narcomante e sua ajudante, e obviamente tiveram que matar um golem-fungo-gigante. Alguns feridos, um caído tendo que ser carregado, mas por fim chegam A PÉ ao palacete para buscar sua recompensa. Tudo bom, tudo certo. Porém o Don estava furioso por passar por uma tentativa de assassinato. Ainda mais por parte de um comparsa do nosso grupo. Obviamente explicamos que não compartilhamos das ideias de Fandrel. Explicamos que ele nos deixou para trás, mentiu sobre nossa morte e tivemos que caminhar por horas depois de uma batalha extremamente difícil. Ah, e também concordávamos com qualquer julgamento que o Don tivesse no caso de Fandrel.
No dia seguinte, todos com sua parte da recompensa no bolso e um caneco de bebida na mão, fomos acompanhar a sentença de Fandrel na praça central de Edhelcoron. Don começa a explicar o ocorrido para a população enquanto uma enorme catapulta é armada atrás dele. A cada pausa da fala de Rigante, o nosso grupo comemora, mostrando lealdade ao chefe.
- Então, eu sempre quis saber se elfos, por ser muito habilidosos, sabem voar. - Diz Don Rigante Taigo
No calor da hora, os guerreiros ainda feridos mais muito felizes, deixam escapar o único cântico para este momento da aventura:
- Morre! Morre! Morre! - gritam todos do grupo, diga-se de passagem atrapalhando uma palestra que ocorria ao lado, no mundo real.
Puffff!!! O elfo é arremessado por cima das muralhas de Edhelcoron! Todos apludem! Principalmente o grupo de 4 sobreviventes do dia anterior. Ricos, hidratados e felizes!
Então, bora jogar mais seguido e voltar a chorar de rir com tais situações que só o RPG proporciona.
Éramos guiados por um outro servo do Don que por sua vez nos deixou na porta da caverna onde os outros dois adentraram. Combinamos rapidamente como que seria a ordem da fila e fomos entrando. Os anões foram a frente devido a sua visão privilegiada no escuro. Visão essa que não foi necessária. Um vez que a caverna era coberta por cogumelos e fungos. Vários deles fluorescentes, conferindo uma luz tênue ao ambiente. Porém, muito satisfatória para a visão normal da humana Ingrith.
Seguimos com muito cuidado. Nos foi informado que aquela caverna era conhecida por ter fossos profundos. Como a visão dos detalhes do chão era muito dificultada pelos fungos. Chegamos a primeira sala. As paredes, teto e chão continuavam cheia de fungos. A única coisa que chamava atenção eram 4 cogumelos maiores. Bem maiores que o normal mas um pouco menores que os anões. Obviamente se tratavam de inimigos que geraram a primeira luta. Nada de muito diferente aqui, a não ser a tentativa de uma manobra circense praticada pelo anão Galdar e a humana Hyrda. Um verdadeiro espetáculo de ideia jogar a corda por cima dos inimigos e tentar amarrá-los com seus companheiros juntos. Ainda bem que perceberam e corrigiram a manobra a tempo de dar certo.
Seguindo, chegamos a uma sala com muitos pigmeus. A principio pacíficos e adoradores de um ser maior. Ficamos com um certo medo de passar. Então, Ingrith resolve usar sua destreza de ladina e passar sem chamar atenção. Ela consegue sem maiores problemas. Ao chegar no próximo corredor, constata que ele é longo e escuro. SABE DEUS PORQUE, ela resolve voltar pela sala dos pigmeus e ir para o outro lado. Nesta segunda caminhada ela chama atenção dos pequenos que se colocam em guarda. Um monte deles. Porém, não atacam, o que nos dá brecha de ajudar Ingrith a levar o nosso grupo para a outra saída. Ficamos na entrada aguardando o nosso outro ladino, Fandrel ir até a próxima sala. Aqui a história todo um rumo mais interessante do que o triunfo do grupo.
Aqui começa: A odisséia de Fandrel, o Lunático.
Fandrel desce o corredor sem medo. Confiante e sozinho. Ao chegar na próxima sala, se depara com uma pequena barreira, que de trás, sai uma criatura horrenda. Tipo um caracol do inferno. Nessa hora, sem pestanejar, ele sai correndo corredor acima. Passa pelo grupo falando: eu vou embora! Basicamente fazendo jus a sua sanidade zero. Basicamente como se fosse uma aventura Chuthulhiana, só que por querer. Ele já era lunático, lembra? Pois bem. Correu até sair da caverna. Onde encontrou o serve de Don Rigante nos aguardando coms os cavalos. Este, muito surpreso, pergunta:
- Aonde estão seus amigos?
- Sem pensar duas vezes, Fandrel, ofegante responde:
- Eles morreram!
- E aqueles que vocês viraram resgatar? - indaga o servo assustado
- Morreram também!
- E o material que deviam recolher? - insiste o pobre empregado
- Explodiram!
- Então você não me serve de mais nada.
Depois dessa fala totalmente desanimada, o servo pega todos os cavalos e vai embora. Fandrel ainda grita para ele esperar mas não surte efeito. Ele começa a voltar a pé. Deixando a caverna sem olhar para trás. No meio do caminho, ele percebe que seus poros estão expelindo uma gosma verde, o que não o preocupa muito. Ele segue seu caminho a pé de volta a Edhelcoron.
Chegando lá, ele vai direto ao Don Rigante. Ao chegar, obviamente é questionado sobre a missão e reafirma as suas mentiras. O warlord tem a mesma atitude que seu servo dizendo a ele que não te mais serventia e recebe a seguinte resposta do nosso ladrãozinho:
- Me dá o dinheiro!
- Não! - fala com calma Don Rigante
De imediato em com extrema destreza, Fandrel pula em direção do lorde do crime empunhando a sua adaga. Nesse exato momento do meio do pulo, os 30 guardas que estavam atrás de Don Rigante o apanham no ar e o levam preso. Afim de esperar o seu julgamento.
Mas o resto do grupo? Deve estar se perguntando o caro leitor. Sim, eles continuaram a aventura, acharam o narcomante e sua ajudante, e obviamente tiveram que matar um golem-fungo-gigante. Alguns feridos, um caído tendo que ser carregado, mas por fim chegam A PÉ ao palacete para buscar sua recompensa. Tudo bom, tudo certo. Porém o Don estava furioso por passar por uma tentativa de assassinato. Ainda mais por parte de um comparsa do nosso grupo. Obviamente explicamos que não compartilhamos das ideias de Fandrel. Explicamos que ele nos deixou para trás, mentiu sobre nossa morte e tivemos que caminhar por horas depois de uma batalha extremamente difícil. Ah, e também concordávamos com qualquer julgamento que o Don tivesse no caso de Fandrel.
No dia seguinte, todos com sua parte da recompensa no bolso e um caneco de bebida na mão, fomos acompanhar a sentença de Fandrel na praça central de Edhelcoron. Don começa a explicar o ocorrido para a população enquanto uma enorme catapulta é armada atrás dele. A cada pausa da fala de Rigante, o nosso grupo comemora, mostrando lealdade ao chefe.
- Então, eu sempre quis saber se elfos, por ser muito habilidosos, sabem voar. - Diz Don Rigante Taigo
No calor da hora, os guerreiros ainda feridos mais muito felizes, deixam escapar o único cântico para este momento da aventura:
- Morre! Morre! Morre! - gritam todos do grupo, diga-se de passagem atrapalhando uma palestra que ocorria ao lado, no mundo real.
Puffff!!! O elfo é arremessado por cima das muralhas de Edhelcoron! Todos apludem! Principalmente o grupo de 4 sobreviventes do dia anterior. Ricos, hidratados e felizes!
Então, bora jogar mais seguido e voltar a chorar de rir com tais situações que só o RPG proporciona.
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