Ela quisera dizer que ele era um anjo, de fato foi. Mas lúcifer também era!
Nos braços dele ela conheceu o amor, a paixão o medo, mas, principalmente, o ciúmes. Ela criou em sua mente um homem perfeito, o anjo da vida dela. Que mudaria tudo. Ele, sem saber, tirou de vez a inocência dela. Ela desejava ser amada, mas ele fez dela amante, não uma simples amante, mas a Amante!! O amor a iludiu, o ciúmes a cegou, a paixão sumiu, sobrou então o desejo, a luxúria e principalmente a vontade de se provar. A menina foi embora de vez. O amor, a ilusão de amar transforma... Ela que um dia foi princesa, transformou um quarto de motel em castelo...
E com o tempo fez seu corpo seu reino. Sempre com dezenas de súditos aos seus pés, reinava soberana sobre a cama.
Assim começa a vida da Amante.
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Depois de tanto provocar a sua atenção, finalmente ele teve coragem de se aproximar. Ele com experiência percebeu que ela tinha um inocência, que talvez ele nunca tenha pensado em tirar.
Conversa a conversa, bom dia, Oi como está? De mansinho ele se aproximava. Rapidamente percebeu que ela seria uma vítima fácil. Ela tentou lutar, mas foi em vão. Perdeu aquela batalha sem perceber. Logo estava apaixonada.
As conversas foram aumentando, passavam o dia inteiro se falando, trocando músicas, textos e livros. Tudo entre eles era assunto. Política, futebol, tudo. Ela estava completamente apaixonada, o som da voz dele despertava desejos surreais nela. Ela olhava fixamente para os lábios dele, toda arrepiada sentia faltar o ar.
Longe dele em sua casa, seus pensamentos e devaneios eram todos dele. Em seus sonhos ela se entregava ao desejo do corpo. Suava em pleno inverno, se contorcendo com as mãos entre as pernas, segurando o desejo daquele que para ela era um anjo.
Foram meses de desejo retraído, até o bendito dia que ela disse sim. Ela entrou no carro muda, com medo, ela era só uma menina. Chegando ao motel, ele sem esperar a tomou nos braços beijando-a longamente. No peito o coração acelerado, mãos geladas, voz trêmula e desejo, muito desejo.
Após o primeiro beijo ele abriu uma champanhe, brindou a eles. Ela fixou o olhar nele enquanto bebia e seu corpo ardia. Lentamente ela se aproximou dele, e ele a segurou em seus braços a colocando contra parede, tocou seu corpo, a fazendo por as pernas em volta de sua cintura. Ela o abraçou com as pernas e sentiu o tamanho do desejo dele. Já sem aguentar, ele a deitou na cama e tirou dela o doce suco do desejo. Ela estava em estado de êxtase, sem nunca ter sentido aquela emoção, cavalgou na paixão, e por minutos eles foram um. No ato final um grunhido de desejo, um vulcão em erupção, uma cama molhada e o início de uma grande paixão.
O céu trovoou como se naquele momento algo além deles tivesse gozado no infinito. Ele sussurrou em seu ouvido te amo, nenhuma outra mulher fez isso comigo. Ela desejava dizer o mesmo, porém apenas se calou lhe abraçando. Se levantou e no banho chorou de felicidade e também tristeza.
Morreu ali a inocência de princesa e nasceu a malícia da Amante.
DIOVANA RODRIGUES |
Me chamo Diovana, tenho 40 anos, me apaixonei pela poesia com 13 anos de idade, e desde então escrevo. A poesia se tornou uma psicóloga para mim, um diário de desabafo. Não consigo escrever sem meu coração mandar. Não sei simplesmente sentar e pensar no que vou escrever. Simplesmente escrevo, brinco, eu escrevo sem pensar. Sou mãe, tenho três filhos, Mithelli que está com 22 anos e os gêmeos de 13 anos. Parece meio óbvio dizer que são tudo que tenho, mas é isso. São meu tudo. Trabalho com segurança privada, minha especialização dentro da área veio depois de anos. É algo que gosto de fazer, assim como cozinhar. Sou uma mulher de gosto simples, porém, de opiniões fortes. Sigo minha vida de forma leve, aprendendo, caindo e levantando ancorada em minha fé. Sou umbandista com muito amor e só tenho a agradecer às minhas frenteiras. Elas me ensinaram que cair é inevitável mas ficar no chão é opcional. Essa sou eu, essa é Diovana Rodrigues.
"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."
- Ricardo Mendes
3 Comentários
Ótima aquisição para o ColetiveArts. Gostei do texto. Parabéns.
ResponderExcluirObrigada 😊
ExcluirDe arrepiar amei ❤️
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