Assim como andar de gangorra, a vida não foi feita para se estar a sós. As vezes estamos em cima, com os pés fora do chão. Em outras sentado bem perto da terra. Não importa em qual das posições, sempre estamos olhando para a outra ponta, para os outros olhos.
Enquanto um alavanca para subir o parceiro espera o momento do frio na barriga de chegar ao topo e logo alavanca para que a outra ponta suba e gere a mesma euforia.
Porém o mais importante de se andar de gangorra é o momento aonde as pontas passam uma pela outra, a hora em que ambos tem os pés no chão e os olhos nos olhos.
O momento em que os corpos são cúmplices, aonde no silencio dos olhares e sorrisos ansiosos e temerosos se estabelecem as regras e a velocidade que a gangorra vai balançar. Texto: Rafael Ilhescas Arte: Nathália RL
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