CONTRAPONTO



Quanto você vale?

Pagamos impostos em todos os produtos que consumimos, pagamos um valor imenso para o governo se vamos comprar uma casa e pagamos um valor anual em impostos pela mesma casa. Pagamos mais dinheiro ainda quando precisamos apenas passar o nome de um imóvel - que já é da família - para outro nome da mesma família. Pagamos impostos no valor da gasolina, pagamos imposto no carro, pagamos um valor para o governo se comprarmos um carro. Pagamos impostos até para viajar por uma rodovia com o carro já faturado em imposto. 

Ainda não pagamos impostos para respirar (É melhor eu não dar ideia, shiiiiiiiiii).

Agora na pandemia, os materiais de proteção se tornaram mais caros ainda, o teste para o vírus só cabe no bolso de poucos, os remédios subiram de valor e continuamos pagando mais impostos.

Se de repente virar moda a população brincar de bolha de sabão, os tubinhos que custam de 2 a 4 reais passarão a custar R$ 20,00.

Em contra partida, temos o serviço do trabalhador. A empresa de ônibus a qual utilizo não tem mais cobrador, o motorista dirige, dá o troco e controla a roleta. Será que ele tem adicional? Professores estão retornando ao trabalho tendo de limpar a escola. Será que o governo paga esse adicional de trabalho? Quanto vale o seu trabalho? Quanto você vale?

Onde está o homem que inventou o carro à água? Vai ressurgir quando puderem controlar as águas dos rios e mares, assim como controlam e superfaturam o petróleo? Onde estão as grandes invenções futurísticas que prevíamos para o futuro? Será que elas só tornariam nossa civilização mais prática, mais organizada e limpa, invés de possibilitar mais faturas em dinheiro? Já estão inventando as máquinas que vão nos substituir no trabalho? (Porque a cobrança em cima do trabalhador já é de máquina de produção).

O bem de todos nunca interessa para os que governam o nosso país. 

Nunca fez tanto sentido a frase da minha banda favorita, O Teatro Mágico: “(...) Homem, mulher, somos todos bichos, nichos de mercado, datados! Dotados de amor e querência! (...)



                                  Míriam Coelho é artista das imagens e das palavras.


Miriam Coelho 



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