CONTRAPONTO


Morte da civilização

A morte da civilização está decretada no Brasil. Salve-se quem puder! Não existe uma opinião que não seja rechaçada de insultos e votos de morte nas redes sociais. A pandemia permanece a todo vapor, levando pessoas sem distinção de raça, nível social ou idade. E diante desse palco todo, temos o agravante da guerra de opiniões

Invés do povo lutar para que todos os trabalhadores que fazem parte do serviço essencial sejam os primeiros vacinados, invés do povo cobrar do governo uma atitude urgente, o povo se digladia.

Em poucas semanas de retorno das aulas e muitos professores foram positivados para o vírus. O governo, depois de muitas cobranças, finalmente fechou as escolas novamente, e o argumento das pessoas é “o que eles têm de especial, que os demais trabalhadores não têm?”.

Eu me questiono onde está a humanidade em questionar porque mais uma classe trabalhadora não está morrendo nas UTIs junto das demais. A pergunta certa deveria ser: porque os demais trabalhadores, julgados de serviços essenciais, não estão na fila de vacinados? Por que eles não se manifestam e não lutam pelo direito de proteção?

Não! A pergunta que está em voga é “por que não está todo mundo morrendo nas ruas?” Esse é o certo na cabeça de muita gente, que se acha injustiçada por não ter onde depositar crianças inocentes que é de responsabilidade única e exclusiva de quem as fez! Falam tão mal da política de esquerda, mas a política que defende os cuidados das crianças e adolescentes como responsabilidade do Estado e das escolas é a esquerdista.



Míriam Coelho é artista das imagens e das palavras.

Miriam Coelho

 

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