ARTE E CULTURA



 FÁBRICA DE CADÁVERES - Do Forno ao moedor


O escritor Fabio da Silva Barbosa, um dos membros mais antigos e ativos do ColetiveArts  (é dele a coluna Malditos Teclados Bailarinos ), está de livro novo: Fábrica de Cadáveres - Do forno ao moedor. O bardo do underground não para nunca. Dono de um olhar cirúrgico, Fabio é um verdadeiro cronista do underground, caminha pelos becos e bares da vida, que depois transforma em textos que são verdadeiras pedradas nas janelas dos "donos da moral e dos bons costumes".

Fabio também edita o seminal Reboco Caído, um dos fanzines mais fortes do Brasil, com poesias, entrevistas, quadrinhos e com muita arte. Sempre tranquilo, ele é uma das pessoas mais interessantes do meio cultural, pois tem consciência do grande trabalho que realiza, sem nunca se achar melhor que qualquer um, ele segue em frente produzindo sem parar. E nós, do Arte e Cultura, não podíamos ficar alheios ao seu novo lançamento e aproveitamos para bater um papo com o autor.

FABIO DA SILVA BARBOSA


JORGINHO: Como Surgiu o Fábrica de Cadáveres, seu novo lançamento que está sacudindo os pilares do “paraíso”?

FABIO DA SILVA BARBOSA: Registros do cotidiano, devaneios, reflexões...Surgiu de um nó em minhas tripas... ebulição frenética e constante de sucos gástricos. Surgiu como um peido na cara da caretice que insiste em tentar nos controlar. Entendam: NÃO IREMOS NOS SUBMETER!!!


JORGINHO: Teu texto continua afiado, cortando os acomodados, os pilantras culturais, os crentes de plantão e todos aqueles que fazem deste mundo uma miséria. A pergunta, na tua visão até quando continuaremos a ser esta fábrica de cadáveres?

FABIO DA SILVA BARBOSA: Até quando permitirmos. As coisas só vão até onde deixamos ir. E quanto antes a reação for substancial, antes mandarmos os bichos escrotos de volta aos esgotos. Devemos temer é continuar marchando pacificamente rumo ao abatedouro esperando chegar nossa vez.


JORGINHO: No teu texto, quais tuas maiores influências?

FABIO DA SILVA BARBOSA: O caos social, a desgraça, a degradação, a depressão, o ódio e... é claro... o amor.


JORGINHO: No ano passado você passou por um período de afastamento das suas atividades, como está funcionando teu método criativo no momento? Como é teu processo de escrita?

FABIO DA SILVA BARBOSA:  Não tem método. O meu método é o sem método. Sempre fui um devoto do caos criador. Nesse período de afastamento passei por uma depressão severa que me fez chegar mais perto que nunca da loucura. Aquela dor enlouquecedora que te corrói por dentro. Só quem já passou pra saber. Depois que consegui continuar a respirar, aí que não entendi mais nada mesmo. E, se não consegui entender, quem dirá explicar. Se algum dia alguém fizer a menor ideia, favor me informar. Sinto apenas o azedume e o mal estar.


JORGINHO: Na sua visão como você define a esquerda, a direita, os extremismos e os movimentos sociais?

FABIO DA SILVA BARBOSA: Teria de escrever um verdadeiro tratado para dissertar sobre cada um destes temas. Quem dirá falar sobre todos eles de uma só vez. Mas poderia dizer que é importante desconfiar e, sempre e sempre, questionar. Se não há espaço para questionamento, para duvidar, é apenas mais uma farsa, mais um embuste.


JORGINHO: Quais os próximos planos de lançamento do autor Fabio da Silva Barbosa?

FABIO DA SILVA BARBOSA: Estou trabalhando em dois livros que já eram até para ter saído, mas estão iniciados e o restante não para de maturar na minha cabeça. Não costumo fazer assim, mas estes estão sendo desse jeito. Tem também uma reunião de três trabalhos antigos que estão para serem lançados por uma nova editora que está vindo da periferia paulista. Tem mais coisa também. É muita coisa rolando junta. O lance é ficar de olho.

JORGINHO: Deixe uma mensagem para o público leitor, que certamente vai querer adquirir o Fábrica de Cadáveres.

FABIO DA SILVA BARBOSA: Apoiem iniciativas independentes. No cenário político, cultural e social em que vivemos, apoiar estas iniciativas é fortalecer a resposta ao podre e mofado status quo. Quanto a adquirir o Fábrica de Cadáveres, existe a possibilidade de entrar em contato direto com o autor através do e-mail fsb1975@yahoo.com.br ou com a editora pelo e-mail editoramerdanamao@yahoo.com

Um pouco da poesia de FABIO DA SILVA BARBOSA:


Para adquirir Fábrica de Cadáveres - Do forno ao moedor:

fsb1975@yahoo.com.br  ou  editoramerdanamao@yahoo.com

"Não tem método. O meu método é o sem método. 
Sempre fui um devoto do caos criador."
- Fabio da Silva Barbosa


Jorginho









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