A MÚSICA SEGUNDO O FILÓSOFO

 

Malditos da MPB

Se por acaso escutar o termo “maldito” em relação há alguns artistas da música popular brasileira, não se espante. Mesmo sendo um termo pejorativo e estranho, esses artistas ficaram marcados por esse nome.

Jards Macalé, Itamar Assunção, Walter Franco, Jorge Mautner, Luiz Melodia, Sérgio Sampaio, Arrigo barnabé, são artistas que integram o “clube dos malditos” da MPB, termo que não é bem aceito por eles.

Sérgio Sampaio

Inovadores, polêmicos, provocadores, talentosos, únicos. Acho que faltam adjetivos para esses compositores que foram bem arrojados e sem medo de fazer o que vinha na cabeça. Um exemplo disso foi o álbum Banquete dos Mendigos, show dirigido e idealizado por Macalé que reuniu grandes músicos da época e foi realizado no Man. Lançado em Dezembro de 73 em plena ditadura militar, o show era comemoração dos 25 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Censurado pela ditadura, só foi lançado em 1979.

Álbum:


Por serem artistas que faziam um som experimental, não era radiofônico e mesmo não sendo popular, teve um bom momento nas paradas musicais. Hoje são considerados Cult e a nova geração ainda busca conhecer e pesquisar os seus trabalhos.

Não era um gênero musical, não era de uma região especifica como o Clube da Esquina e alguns desses artistas tinham parcerias entre si e com outros grandes nomes da música nacional. Algumas dessas parcerias foram com a turma da Tropicália.

Não podemos esquecer alguns nomes que não foram citados, mas tiveram o rótulo de malditos e que merecem destaque pela qualidade musical. Di Melo é um deles, o cantor e compositor pernambucano lançou um cultuado em 1975 e ficou fora da música por um bom tempo sem gravar nada, até em 2016 lançou o álbum intitulado de Imorrível. Taiguara é outro compositor a ser lembrado e taxado com esse nome. O compositor é o recordista de censura pela ditadura.

Álbum Imorrível de Di Melo:



A música brasileira tem desses detalhes e sempre foi uma amálgama, tamanha riqueza cultural que sempre possuiu e ainda se mantém resistente e enquanto tiver interessados em conhecer os pormenores, não será esquecido no fundo do baú

Sérgio Sampaio, "Eu quero é botar meu bloco na rua":


Daniel Filósofo é cronista, jornalista, profundo conhecedor de rock'n'roll, torcedor do Fluminense e radialista Também escreve suas crônicas dominicais na coluna do Daniel Filósofo.












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