ARTE E CULTURA

 


CAVALGANDO COM TEX - JIM HALLEY


TEX, o maior herói dos quadrinhos de faroeste, está completando cinquenta anos de publicação ininterrupta no Brasil, O ColetiveArts está preparando uma programação especial no dia 30 de setembro para comemorar não só os cinquenta anos de publicação em terras brazucas, mas os 73 anos de criação do personagem.

Continuando o aquece da festa, o Arte e Cultura segue com sua série de reportagens e entrevistas ligadas ao personagem criado pela dupla Giovanni Luigi Bonelli e Aurélio Gallepiniconversando com fãs, com colecionadores, com pessoas que amam o universo do personagem. Hoje trazemos Jim Halley, um artista do traço, um grafiteiro profissional que espalha sua arte e seu amor pelo personagem.

JIM HALLEY


JORGINHO: Quando surgiu a paixão pelos quadrinhos e consequentemente por TEX?

JIM HALLEY: Minha paixão pelos quadrinhos iniciou em 1981, e um dos primeiros que li foi o TEX "O Grande Rei". Nesse mesmo ano conheci o Capitão América, e logo depois, o Pelezinho do Mauricio, os primeiros gibis que chegaram em casa vieram de um "brick", que vem a ser uma troca na gíria local. Meu irmão trocou alguns brinquedos por eles.


JORGINHO: Na sua opinião, por que o personagem continua encantando tanta gente e adquirindo novos fãs ao longo dos anos?

JIM HALLEY: Eu penso que o sucesso do TEX acontece por conta da paixão de seus criadores, pois fizeram algo que eles próprios gostariam de ser. Em uma entrevista em 1984, Gianluigi Bonelli disse: "TEX sou eu!". E Galep, ainda jovem, em certo momento deixou o rosto do TEX parecido com o seu, para tentar chamar a atenção de uma prima de Sergio Bonelli, que se tornara secretária da redação.


JORGINHO: Como desenhista, qual os artistas que trabalharam com TEX e que mais te encantaram?

JIM HALLEY:  Quanto aos desenhistas, entre os antigos meu favorito é Jesus Blasco (admiro ele por desenhar suas páginas sem fazer nenhum esboço a lápis) em segundo está Fernando Fusco (O do TEX fanfarrão), seguido por G.Letteri...Dos atuais meu favorito é  Roberto Diso...um "garrancheiro" que todos detestam, mas eu gosto.


JORGINHO;  Fale um pouco sobre ser um profissional do grafite e trabalhar nas escolas.

JIM HALLEY: Ser um Grafiteiro profissional tem sido muito gratificante, geralmente me dão toda liberdade criativa. Antes de ser grafiteiro eu era professor, então me deixam à vontade pra fazer o que quiser, sabendo que não farei nada que não tenha cunho pedagógico. Recentemente, fiz alguns desenhos em 3D em uma escola, surpreendendo a todos, e que virou a sensação local.




JORGINHO: Que outros personagens de quadrinhos você gosta?

JIM HALLEY: Eu gosto muito dos Patos, de Carl Barks, e dos heróis da Marvel, mas nas versões antigas, dos tempos de John Romita pai, e do Hulk, de Sal Buscema.


JORGINHO:  Sua filha já está dando os primeiros passos na carreira. Ela gosta de quadrinhos? Gosta de TEX?

JIM HALLEY:  Minha filha Anne já tentou até desenhar um TEX, mas prefere mesmo o Recruta Zero (esta semana teve o segundo concurso de desenho do Grupo do Zero, quem julgou as artes foi o grande "Ota Assunção", e eu e a Anne ganhamos o segundo lugar, só não ganhamos o primeiro de volta porque nosso desenho foi em branco e preto, terminamos no fim do prazo e não deu tempo de colorir...mas, estou certo de que logo que a Anne amadureça mais um pouco ela também será leitora do TEX.

P.S.: As tiras e piadas do Zero que fazemos é ela quem escreve.



JORGINHO: Deixe uma mensagem para o público leitor, em especial para quem gosta de TEX.

JIM HALLEY: Para os leitores eu digo, siga cavalgando com TEX, é um quadrinho muito rico, é um herói humano, sem poderes e que nos permite sonhar, sermos iguais a ele, sem espadas místicas ou martelos mágicos, só um justiceiro humano com seu rifle e seus colts, com os quais vence toda e qualquer batalha...inclusive as sobrenaturais como Diablero ou Mefisto e Yama.

Como anunciava a propaganda veiculada nos anos 50, "TEX, o Gibi mais rico pelo preço mais pobre!" (Nos anos 50 o Gibi em tiras de TEX custava o mesmo preço que um pãozinho, meros centavos, e vendia milhares e milhares de cópias.)



 
Dia 30 Cavalgando com Tex:




Jorginho









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