Novos Baianos - Acabou Chorare
Adjetivar os Novos Baianos é tarefa das mais difíceis. É meio desnecessário e inútil fazer isso. Rotular a banda em um só gênero, sendo que o som deles é uma amálgama musical. Músicos de primeira, percebe-se a qualidade no primeiro acorde tocado.
Você, leitor, já ouviu Acabou Chorare? Ao menos já escutou falar? Se não em nenhuma das opções, não se preocupe, ainda dá tempo de ler sobre ele e abrir seus tímpanos e apreciar Moraes Moreira, Pepeu Gomes, Paulinho boca de cantor, Luis Galvão, Dadi e Baby do Brasil. Foram esses nomes que deixaram o público e crítica de queixo caído com talento de sobra. Sobrava inspiração e, porque não, transpiração, já que viviam em conjunto num sítio em Jacarepaguá.
Lançado em 1972, Acabou Chorare é o segundo álbum da banda. Aqui você encontra rock, samba, baião, bossa nova, num balaio só. Foram fontes inesgotáveis para eles. Uma dessas tem nome e sobrenome: João Gilberto. O pai da bossa teve forte influência no som da banda. Brasil pandeiro, foi sugestão de João. Ele achava que a banda tinha que incluir o pandeiro em suas canções. Outro causo entre João e o grupo, foi no nome que deu ao disco. Na época, João morava no México e sua filha Bebel misturava o português com o espanhol. Quando a pequena Bebel cai no chão e João vai ao encontro da rebenta para consolá-la, solta a seguinte pérola: ”Não machucou, papai. Acabou Chorare”.
Daí a inspiração para o nome do disco. Na guitarra tem Pepeu Gomes. Um dos melhores nomes em se tratando de guitarrista, Pepeu é influenciado totalmente por Hendrix. E misturado com enorme talento, percebemos em Tinindo Trincando, a bela voz de Baby na música. Aliás, belíssima voz da cantora. Doce, firme e potente, Baby até hoje continua na mesma sintonia. Já em Preta, pretinha, Moraes Moreira tornou a canção um clássico atemporal. Lindíssima canção. Outra que é bem lembrada e que é um hino da banda é Mistério do Planeta, essa já é na voz de Galvão.
A capa do LP, representa o dia a dia da turma, é uma foto de uma mesa construída por Pepeu. Em 72, recebeu o prêmio de melhor produção fonográfica do ano, e, em 2007, foi eleito pela revista Rolling Stone como o melhor de álbum de música brasileira de todos os tempos.
5 Comentários
Um dos álbuns mais importantes da música popular brasileira!
ResponderExcluiràlbum que representa o que há de melhor na música brasileira
ExcluirUm dos álbuns mais importantes da música popular brasileira!
ResponderExcluirMergulhei no rio das minhas melhores recordações. Pretinha é como uma balada sem fim do Eu Forever.
ResponderExcluirA música nos leva a boas recordações
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