TECITURA

Cinema, Ficção & Ação


Primeira semana de 2022 chegando ao fim. Considero-me uma pessoa bastante sociável, qualidade que em meu ambiente de trabalho é muito importante, visto que interajo com muitas pessoas, diversos perfis e orientações. Acho que sou uma pessoa “democrática”, procuro o respeito acima de tudo. Nem sempre minhas opiniões batem com a de amigos e conhecidos, mas sempre procuro pesar pontos de vista divergentes dos meus, olhar o mundo e as coisas sob outros prismas, outros argumentos. Claro, nem sempre é possível, pois existem convicções que nenhum argumento contrário é capaz de derrubar e opiniões enraizadas - apesar de que costumo rever minhas opiniões quando em contrário a elas percebo argumentos fortes e embasados - fato é que gostaria de ter esses contatos o mais próximos possíveis, pois sou daquela geração que falava olho no olho. O mundo evoluiu, e não é que não permita mais interações deste tipo; ocorre que as tecnologias envolvendo as comunicações humanas desenvolveram-se de tal maneira que hoje é possível ter contato diário com pessoas às quais nunca travamos contato pessoalmente, estabelecendo até relações “virtuais” bastante
aprofundadas. São as cartas em formato digital! (Lembranças de uma outra época, onde notícias e interações eram feitas via cartas, telegramas, telefonemas).

Terminada esta pequena introdução, eis que dia desses um amigo que conheço há tempos e que, por motivos de mudança de cidade por parte dele, estamos falando bastante via WhatsApp, fez-me um pedido que achei interessante e que considerei um bom tema para discorrer, pois renderia um bom texto. Esse amigo pediu para que eu desse a ele as minhas impressões sobre três filmes lançados em 2021: Matrix Ressurreição, Homem Aranha - Sem Volta para Casa e Eternos, da Marvel. A pedidos, começarei por Matrix Resurrections, e já dou alerta para Spoilers; faço estas minhas análises conjugando com minha intertextualidade, meus conhecimentos sobre os personagens e filmes.


Matrix Resurrections
- Não fosse o nome de Lana Wachowski na direção, eu diria 
que este filme teria sido realizado por fãs do filme clássico. Matrix foi um divisor de águas no universo cinematográfico: novas bases para filmagem, efeitos especiais nunca antes realizados (bullet time é o maior exemplo). Em 1999, ano de sua estreia, lançou moda e mudou a Cultura Pop de forma importante. Seria possível estarmos vivendo sob um universo virtual, tal como mostrado no filme? Lembro de ter ido assistir à sua pré-estreia, uma sessão à meia-noite em uma das salas do Praia de Belas Shopping, ocasião em que, entre outras pessoas, fui entrevistado pelo grande apresentador Tatata Pimentel em seu programa na TV-COM. Como todos, saí da sala de exibição estupefato! Que filme! Nem preciso dizer mais sobre, o filme marcou história e está inserido definitivamente na história do Cinema. Matrix é daqueles filmes únicos, que não permite remake, e que suas continuações serviram para prosseguir contando uma história. Nada feito após ele teve a força de substituí-lo. Comparar, só com outros filmes iguais em potência e que poucos lembram de suas continuações e refilmagens: - Highlander, O Iluminado, Casablanca, Greystoke, toda a Trilogia original Star Wars, em especial O Império Contra Ataca - aqui citando alguns exemplos. Mas este filme Matrix Resurrections não teve este propósito, ao meu ver. Não se trata de uma refilmagem ou de uma reviravolta na trilogia clássica. Quem foi ao cinema com esta expectativa, aguardando algo surpreendente, saiu decepcionado. Também não é um filme ruim. Muito pelo contrário, eu fui um dos espectadores que se satisfez com a proposta do filme. Matrix Resurrections é uma homenagem aos filmes clássicos e ao original Matrix. Mas é além disso: explica muitos elementos, traz uma nova roupagem ao conteúdo, atualiza a “Matrix” aos tempos modernos e enche o público de referências. Alguns efeitos especiais aprimorados, retorno de personagens clássicos e a falta de outros com discutíveis substituições (uma saída encontrada pela Warner devido a não poder contar com os atores originais que fizeram o Agente Smith ou a troca do ator que vive Morpheus, por exemplo). O principal: não elimina nada da trilogia clássica. Tudo aquilo que aconteceu não foi excluído, aquelas histórias não estão sendo recontadas, foi exatamente igual. É um filme que não procura refazer nada; há uma explicação para o ressurgimento de Neo e Trinity sem que fosse necessário rever conteúdos dos filmes antigos. O filme explana bem este aspecto e não deixa dúvidas. A química entre os atores Keanu Reeves e Carrie Anne Moss - Neo e Trinity - é tão forte quanto a de 20 anos passados. Aqui vai Spoiler - perceba que, no filme, não passaram apenas 20 anos, e sim 60 anos dos episódios finais da trilogia Matrix. Morpheus foi muito bem desenvolvido! Lawrence Fishburne não retornou para seu papel, sendo substituído pelo ator Yahya Abdul-Mateen II. Gostei da forma como Morpheus foi desenvolvido neste longa, e sua importância para o enredo. Porém, a base filosófica foi a maior diferença entre os filmes. Enquanto a trilogia principal focava na dualidade bem x mal, físico x virtual, homem x máquina, o livre arbítrio, este filme Matrix Resurrections aborda um tema muito mais complexo, que é o Homem e as escolhas realizadas pela mente humana. É muito mais difícil definir neste novo universo aquilo que é real do que é imaginário. Muito mais que uma obra baseada em efeitos especiais, ação, kung-fu e universo Cyberpunk, Matrix Resurrections abraça a trilogia original sem a pretensão de mudar aquilo que já foi bom, e sim repaginar aos novos tempos, atualizar o escopo tecnológico e trazer de volta reflexões acerca das nossa decisões, de nosso livre arbítrio enquanto sociedades. De toda esta explanação realizada, deixo somente um conselho aos que chegaram até aqui: Sigam o Coelho Branco!


Homem Aranha: Sem Volta para Casa
. Bom, minha análise sobre este filme tem 
muito de cultura Nerd, e minhas origens neste meio. Colecionador de HQs que fui, cresci envolto ao universo dos Super-Heróis, entre tantas outras referências. E dentro deste Universo, Homem-Aranha sempre foi um de meus preferidos. Lembro de ter falado em um Podcast realizado junto à ColetiveArts deste meu viés e a razão de sempre ter gostado do Teioso. Entre outras coisas, o Aranha tem em suas aventuras uma gama de Super Vilões de dar inveja a muito Super por aí. Abutre, Dr. Octopus, Kraven, Lagarto, Homem Areia, Duende Verde, Duende Macabro, Elektron, Ratus, Rei do Crime e entre estes existem os desajustados, aqueles que não são definidos nem como heróis nem como vilões, citando Felicia Hardy ou Gata Negra, Justiceiro, Moebius, Blade, também parcerias com heróis como Demolidor, Tocha Humana, Elektra. Neste universo MCU eu sempre fui dividido na representação do Aranha. Desconto dado à tenra idade do personagem, vivido por Tom Holland, e que traz um Homem-Aranha em início de carreira, recém descoberto seus poderes e apadrinhado por Tony Stark. O Aranha das HQS teve esta passagem, mas a muito tempo; atualmente é um personagem maduro com relacionamento estável com sua MJ. Mais do que isso, trata-se de um personagem solo, onde a maior parte de suas aventuras se passam sem auxílio nenhum, o Aranha resolve suas tretas geralmente sozinho. Há muito eu não o acompanho nas HQs, mas é esta a visão que tenho do personagem, ressaltando que a maior parte dos arcos de histórias de heróis e equipes adaptadas para a tela grande são aventuras ocorridas nos idos dos anos 1970 e 1980, ápice dos grandes roteiristas dos quadrinhos. Foi divertido ver este personagem agregado ao universo MCU, mas faltava algo. Tom Holland é bom ator, mas seu Homem-Aranha não chega perto do personagem que eu aprendi a gostar. Faltava mais. Aquela coisa de ser apadrinhado do Homem de Ferro é meio estranha. Peter Parker dos quadrinhos fascina pois é um sujeito normal, que precisa trabalhar para pagar suas contas, seu aluguel, precisa aturar um chefe muito chato, Peter dá seu jeito para sobreviver. Tem a namorada em MJ, rala pra caramba para poder seguir este namoro e precisa estar sempre inventando desculpas para suas ausências repentinas (até ela descobrir sua identidade de herói). Sua tia May é uma senhorinha idosa e simpática, e que odeia o Aranha! E Peter preserva muito bem sua identidade … são poucos os que sabem dela, para apimentar suas aventuras volta e meia algum vilão descobre sobre ele. Ah, e tem a Gata Negra para bagunçar geral os sentidos do destemido herói! Felicia Hardy é uma tentação para o Aranha, colocando seu amor por MJ à prova. Nada disso foi adaptado pela Marvel! O Aranha do MCU tem uma Tia May malhada, bonita e jovem, se comparada à sua representação nas HQs. O Aranha é dependente de tecnologia e do Sr. Stark, e trabalha muito em equipe … tem todos os poderes dos outros Homens-Aranhas, mas não passa pelo sufoco da vida real que eles. Neste contexto, o Aranha melhor adaptado para o cinema, em minha opinião, foi o desenvolvido por Tobey Maguire. Aquele Homem-Aranha foi a representação direta do personagem das HQs para os quadrinhos, resultando em três filmes muito bons. E teve o Aranha de Andrew Garfield. Confesso que não gostei dos filmes com Garfield, mas sua trajetória ficou pela metade. Havia espaço para mais adaptações com este ator.

Bom, vamos ao filme Homem Aranha: Sem volta para casa. Em primeiro lugar, um filme primoroso! Usando o conceito de multiverso e adentrando nele, a Marvel firma esta parceria com a Sony de forma magistral. Logo de início, percebemos que o MCU torna cânone personagens clássicos das séries Marvel da Netflix. Assim como ocorrera com o Rei do Crime na série do Gavião Arqueiro, aqui aparece como um direto no rosto do espectador o ator Charlie Cox representando o advogado cego Matt Murdock, o Demolidor, um Super-Herói conhecido das HQs e grande parceiro do Aranha - meu primeiro “u-húúúú” dentro do cinema. Teriam mais! A história segue um enredo interessante, que tem um furo aqui e outro ali, mas na média foi bem amarrado. Vilões clássicos do Universo do Aracnídeo, e os três Aranhas do cinema reunidos! Doutor Estranho tem importante participação na história, e o Multiverso passa a ser explorado, algo que começou na série do Loki, foi pincelado na série WandaVision e teve menções no filme anterior do Aranha. Andrew Garfield surpreendeu! Não gostei dos filmes do Homem-Aranha dele, mas aqui ele rouba a cena. Para mim, o melhor dos três! Tobey Maguire muito bem também, e o Aranha do Tom Holland, pelo desfecho do filme, deu aquele salto necessário, transformando-se no Aranha que eu queria ver no MCU, um personagem independente, dramático mas com a doçura e o carisma do Aranha das HQs, um personagem que luta tanto em sua rotina de Herói quanto em sua vida pessoal. Mostra toda a extensão de seu poder e seu potencial, aliado aos demais Aranhas, e abrindo definitivamente as portas do Multiverso, onde inúmeras  experimentações podem ser feitas pela Marvel. O AranhaVerso já é uma realidade, quais mais terão? Venom foi apresentado como legítimo representante e ciente deste Multiverso. Que espetáculo rever o Dr. Octopus de Alfred Molina e o Duende Verde de William Dafoe, além de Jamie Foxx e grande elenco que atuaram. Andrew Garfield merece, pela Sony, encarnar o herói em mais filmes solo, fazendo uma
dobradinha com Tom Holland no MCU, criando definitivamente este Universo Expandido. Tobey Maguire foi uma justa homenagem ao melhor Peter Parker/
Homem-Aranha já feito. E tem espaço para o Homem-Aranha Mike Moralles, Spider-Woman Gwen Stacy, e todos os personagens clássicos represados no arsenal da Sony. Moebius e Blade estão chegando, há rumores sobre Kraven, o Caçador, Venom é uma realidade, o universo do Aracnídeo está crescendo, com grande potencial. Que sacada da Marvel realizar este filme! Sucesso estrondoso de bilheteria, e muitas possibilidades à frente!

Eternos, da Marvel - Antes de falar do filme Eternos, preciso contextualizar este grupo de heróis das HQs e discorrer sobre eles para dar a dimensão destes personagens dentro do Universo Marvel e após falar sobre esta adaptação. Eternos dialoga diretamente com a literatura fantástica e de ficção científica, pois foi diretamente influenciada pelo clássico Eram os Deuses Astronautas, de Erich Von Däniken. Criados pelo lendário quadrinista Jack Kirby, o mesmo que criou Capitão América, Quarteto Fantástico, entre outros, Os Eternos chegaram com a proposta de ser um supergrupo de heróis com a missão de proteger a Terra de ameaças galácticas. Criados pelo Celestiais, uma raça de entidades ancestrais extremamente poderosas e que foram responsáveis também pela criação de seus algozes, os Deviantes, Os Eternos levam consigo esta missão, explicando em suas histórias as origens da vida no Universo. São praticamente imortais, alguns somando milhões de anos e sua guerra contra os Deviantes são lendárias. Personagens clássicos retratados nas mitologias e culturas humanas, acompanham a humanidade desde seus primórdios, porém sem interferir na história, exceto quando necessário vide alguma ameaça global ou por Deviantes. O conceito de bem ou mal, heroísmo e vilania possuem uma linha tênue entre eles - Druigg, quase sempre, é representado como vilão nas HQs aos olhos humanos - mas sempre quando a ameaça é maior, a união entre eles deixa de lado estes conceitos de bem ou mal e há a união para a formação da Unimente, uma força conjunta dos Eternos
capaz de enfrentar até um ser Celestial, como os Celestiais, ou o próprio Galactus. Vale ressaltar que eles possuem identidades e poderes próprios mas todos eles, ao seu modo, são incrivelmente poderosos, muito mais que os atuais heróis terrestres da Marvel, e suas histórias, seu Universo, envolve Tecnologias avançadíssimas que se misturam a magia e aos primórdios da criação; mesmo com todos estes “elementos” em torno de si, Os Eternos nunca foram populares. Jamais exerceram fascínio ou tiveram grandes vendas de “Gibis”, fato que foram relegados a um plano de personagens Cult. Alguns passaram um tempo como Vingadores, inclusive atuando com personagens clássicos dos anos 1940, como Capitão América, Namor e Tocha Humana Original, porém jamais “deslancharam” a ponto de que sagas e revistas próprias fossem criadas, exceto em Graphics Novell e algumas revistas essenciais. Agora, vamos ao filme.

Filme Eternos, da Marvel. Proposta ousada. Adaptação difícil! Quando soube desse filme, e por conhecer estes personagens dos Quadrinhos, fiquei imaginando como seria esta adaptação. Como adaptar no MCU personagens tão poderosos? Destoa de tudo que a Marvel trouxe até aqui. Talvez apenas a Capitã Marvel e a versão mais forte do Thor cheguem perto deles (Thor e alguns Eternos já se enfrentaram nas HQs, onde Thor é um personagem muito mais forte do que esta versão apresentada no MCU, bem como o Hulk). Uma informação importante: Thanos no cânone da Marvel é um híbrido, metade Eterno, metade Deviante, o que dá as deformações em seu rosto, o seu gigantismo (altura) mas também faz dele um dos Eternos mais fracos! Então, como adaptar personagens assim? Bom, vamos por partes. Eu poderia simplesmente chegar ao filme já com certo preconceito, mas a aposta da Marvel nos atores que representaram os personagens foi ótima. A começar por Salma Hayek e Angelina Jolie. Sou muito fã delas, assisti a filmes memoráveis com essas atrizes, e suas performances não deixaram a desejar. Os irmãos Stark de Game Of Thrones estiveram presentes também. Richard Madden vivendo Icarys e Kit Harington trazendo ao MCU o Cavalheiro Negro. Gostei de todos, em especial de Gilgamesh e Thena. Kingo e Druigg, Makkari, Sersi, Ajak, Phastos, Sprite (Duende). Gostei de todos. O que não gostei: A adaptação de Icarys - fizeram dele o Superman da Marvel, ficou muito parecido com o personagem clássico da DC, com uma surpresa interessante - Richard Madden seria um ótimo Superman! Mas Icarys não é aquilo! É muito mais. Todos os Eternos, pelo que eu me lembre, tem a capacidade de voar, e na adaptação do MCU apenas Icarys voa. Ajak foi bem adaptada por Salma Hayek, a mudança de gênero deste personagem, bem como de Sprite - Duende, foi bem interessante. Deu um algo a mais. Mas Ajak nunca foi líder dos Eternos! Achei uma falha gigantesca não trazerem ao MCU seu grande líder, Zuras, representado pelas mitologias humanas como Zeus. Alguns Eternos morreram, como o caso de Gilgamesh. Ouvi dizer que, caso Gilgamesh seguisse na linha cronológica do MCU, poderia rivalizar com Hulk, pois seu grande poder é a Super Força. Teoria que achei estranha, mas tem um fato que o MCU não mostrou e é clássico nas HQs - Várias vezes algum Eterno morre em combate. Icarys já morreu algumas vezes, chegando a ser desintegrado a nível celular pelos Deviantes - mas sempre voltam! Há um termo que ouvi sobre isso … os Eternos não são só Imortais, são Imorríveis! Se é que isso existe, li de leitores aficcionados por estes personagens. Eles sempre voltam! Porém, o que mais me incomodou foi a “desculpa” que a Marvel deu para que os Eternos não participassem dos eventos envolvendo as ameaças globais e, em especial, o Thanos. Personagens com este nível de poder e que deixaram os heróis da Terra sozinhos contra tamanha ameaça? Os Eternos conheciam Thanos, e isto torna-se cânone nos pós-créditos do filme, onde Thena e mais alguns Eternos saem pelo Universo atrás de outros Eternos espalhados pelas galáxias e se deparam com o irmão do Thanos, que se apresenta como um Eterno. É sabido por eles a origem de Thanos? Mesmo que não, Thanos representado nas HQs é menos que a maioria dos Eternos, no MCU não haveria de ser diferente. A desculpa de que não poderiam interferir nos confrontos e interações humanas não bate - Druigg neste ponto está certo, eles deveriam interferir. Eu preferia a versão das HQs, onde Sprite - Duende - apaga a memória de todos, onde os Eternos desconheciam suas origens, seus poderes e suas possibilidades.

Agora, o que gostei do filme - As possibilidades - Eternos entrega uma gama de possibilidades incrível para a Marvel. Para começar, o Gene X, responsável pela criação dos Mutantes (X-Man, entre outros) vem dos Deviantes, que geneticamente transferem este Gene para alguns humanos, fazendo deles os responsáveis pelos Mutantes da Marvel. Seguindo, os personagens Galácticos. Eternos abre espaço para os personagens mais poderosos do Universo Marvel, como Sentinela, Adam Warlock, Nova, Surfista Prateado, Galactus, Celestiais, dialoga com histórias de Thor, Guardiões da Galáxia, Monica Rambou, Capitã Marvel, Miss Marvel, Vingadores, Quarteto Fantástico, X-Man. A quantidade de adaptações possíveis é enorme, e Eternos nas HQs é isso … a intermediação para histórias maiores, envolvendo grandes ações e personagens. Para equiparar ao nível de poder desses personagens, somente heróis e vilões maiores, ocasionando histórias bem específicas. Eternos não são personagens urbanos. Talvez o MCU utilize Cavalheiro Negro para fazer esta ligação com o meio urbano, aproveitando sua ligação com Sersi. Enfim, há muito o que falar sobre Eternos, da Marvel, e mais ainda para projetar quanto ao uso deste Super Grupo no MCU. Analisando friamente somente o filme, não gostei de muitas coisas, como o fim dado a Gilgamesh, personagem que gostei muito. Mas como continuidade e futuro do MCU, considero este um filme estratégico, um salto necessário para trazer a este Universo inúmeros outros personagens. Desconto para a Marvel: Os Eternos são mais de cem personagens absurdamente poderosos, como adaptar para o cinema algo assim? Nem os quadrinhos conseguiram dar popularidade a estes personagens. Vale a pena assistir ao filme, mas vale muito mais conhecer estes personagens através das HQs para entender sua real dimensão. 

Espero que tenham gostado. Finalizo minha análise sobre estes três filmes, minhas impressões de acordo com os conhecimentos que possuo de cada. Abraços!


Sandro Gomes

Sandro Ferreira GomesProfessor de Língua Portuguesa, Conselheiro Municipal de Políticas Culturais em Gravataí/RS, Servidor Público, Porto Alegrense, admirador das belas artes, do texto bem escrito e das variedades de pensamento.


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3 Comentários

  1. Esse teu texto não puder ler todo, ainda não assisti aos filmes

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  2. UMA VERDADEIRA AULA MEUS AMIGOS.
    MUITO CONHECIMENTO DE HQS E DE CINEMA.TERGIVERSAR COM TANTA SEGURANÇA POR TRES UNIVERSOS PARALELOS É PARA ENTENDIDOS E INICIADOS.
    AINDA MAIS QUE CONHEÇO APENAS O ARANHA E OS DEMAIS VIERAM EM FORMA DE APRENDIZADO.
    PARABBEENNZZAAÇÇOOSSS PROFESSOR.

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  3. Obrigado, meus amigos! Pois então, Lais, em função disso disparei o alerta de Spoilers logo de cara! Ontem revi Eternos, gostei mais do que na primeira vez em que vi. Não dá pra criticar muito a Marvel, eu diria que é uma daquelas adaptações quase impossíveis! Mas Eternos é uma das criações Marvel que mais conversa com as Culturas e literatura mundial. Revendo, percebi referências a 2001 ... O início do filme é clara alusão ao Monólito, a nave deles é quase aquilo. Peter Pan eu havia esquecido que fora referenciado ... Nas HQs, Duende é Peter Pan! Eles estão em todas as nossas mitologias, crenças e lendas. Disse ontem para minha irmã, no panteão da Marvel são os primeiros Super-heróis ... São a maioria dos Deuses e das lendas.

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