ROTA SONORA

 

Escorpiões Que Se Mudam Com o Vento


A banda “Scorpions” foi criada na cidade alemã de “Hanover”, em 1965 (não imaginei que mais antiga do que pensava!) e formada graças ao guitarrista “Rudolph Schenker” que também chegou a ser vocalista. No início, tinha influência do “Merseybeat”, um gênero que vinha do “Reino Unido” que combinava rock ‘n roll, skiffle e pop tradicional. Em 1969, após a saída de alguns membros, houve a inclusão de “Michael” (irmão mais novo de “Rudolph”) e “Klaus Meine” (que assumiu os vocais). O grupo venceu um concurso musical em 1972, pôde gravar 2 músicas pela gravadora “CCA” e lançou seu 1ª disco.

Mesmo com mais integrantes vindos de um outro conjunto chamado “Dawn Road”, o “Scorpions” manteve seu nome que já estava consolidado. Com o tempo, sua sonoridade passou a ser mais hard rock, heavy metal, soft rock e glam rock.

Passando por momentos envolvendo a saída de um integrante, uma breve pausa e o falecimento de outro, o começo de seu sucesso começou em 1974, mas o seu êxito comercial veio a partir de 1978. Em 1980, o vocalista “Klaus Meine” teve problemas de garganta e teve que fazer uma cirurgia nas cordas vocais, mas recuperou-se e nunca demostrou fraqueza quando voltou a cantar. Se não me engano, é dele (só pode!) o timbre que parece do vocalista do “Led Zeppelin”, só que um tanto anasalado e mais agudo.

É claro que o grupo tem uma pancada de canções marcantes: “Wind of Change”, a assombrosa “Still Loving You”, que eu já conhecia bem antes de ser incluída nas coletâneas “Lovy Metal” (de 2001) e “O Melhor de Lovy Metal” (de 2007)...

 

“No One Like You” (conhecida por quem já jogou “Guitar Hero”), “Rock You Like a Hurricane”, a vibrante “Under the Same Sun” que incluíram na trilha da novela “Sonho Meu” (em 1994). Além disso, eu nem sabia que também faz parte da trilha de “Em Terreno Selvagem” (1994), o único filme que o “Steven Seagal” dirigiu na sua carreira (também estrelando e produzindo) , com temática ecológica.

O grupo chegou até a regravar “Dust in the Wind” (do “Kansas”) e “Love of My Life” (do “Queen”). Já que eu mencionei aquela que inspirou o título deste artigo por causa de um momento que tenho passado (mudança pra outra residência na mesma cidade e com meus familiares), a mesma que começa com um assobio e que quase me esqueci de dizer que faz parte da coletânea “Lovy Metal 2” (2002)... Ouçam e vejam:


Uma das mais antigas que descobri mais tarde, mas não lembro em qual CD escutei e que passei a gostar é a “Is There Anybody There?”:


A banda segue na ativa e anunciou em seu site oficial o lançamento de um álbum novo intitulado “Rock Believer” pra fevereiro deste ano.

Integrantes: Klaus Meine (vocal e guitarra), Rudolph Schenker (guitarra, vocais de apoio e guitarra ritmica), Matthias Jabs (guitarra, vocais de apoio e guitarra ritmica), Paweł Mąciwoda (baixo e vocais de apoio) e Mikkey Dee (bateria)

Ex-integrantes: Wolfgang Dziony (vocais de apoio, percussão e bateria), Achim Kirshhoff (baixo- falecido em 1977), Karl-Heinz Vollmer (vocais de apoio e guitarra), Werner Hoyer (vocal), Ulrich Vorobiec (vocais de apoio e guitarra), Bernd Hegner (vocal), Lothar Heinberg (vocais de apoio e baixo), Michael Schenker (vocais de apoio e guitarra- irmão de Rudolph), Joe Wyman (bateria), Werner Löhr (bateria), Helmut Eisenhut (bateria), Francis Buchholz (vocais de apoio e baixo), Uli Jon Roth (vocais de apoio e guitarra), Achim Kirshning (sintetizadores, teclados e mellotron), Jürgen Rosenthal (tambores e percussão), Jürgen Fechter (tambores e percussão), Rudy Lenners (tambores e percussão), Herman Rarebel (vocais de apoio, teclados e bateria), Ralph Rieckermann (vocais de apoio e baixo), Curt Cress (tambores e percussão) e James Kottak (vocais de apoio, percussão e bateria)

Discografia: Lonesome Crow (1972), Fly to the Rainbow (1974), In Trance (1975), Virgin Killer (1976), Taken by Force (1977), Lovedrive (1979), Animal Magnetism (1980), Blackout (1982),Love at First Sting (1984), Savage Amusement (1988), Crazy World (1990), Face the Heat (1993), Pure Instinct (1996), Eye II Eye (1999), Moment o f Glory (2000), Unbreakable (2004), Humanity: Hour I (2007), Sting in the Tail (2010), Return to Forever (2015) e Rock Believer (2022)


Anderson ANDF

Anderson ANDF é ilustrador, fanzineiro e nerd de carteirinha. Já lançou fanzines, quadrinhos e é um grande rockeiro!

COLETIVEARTS
Não espalhe fake news,
espalhe cultura!

Postar um comentário

6 Comentários

  1. Muito bom Anderson. Vi Scorpions ao vivo no Gigantinho em 2019. Baita banda. Estão com pique total. Parabéns pela coluna. Adoro 🤩

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu, Paulo!Só me esqueci de dizer no texto que conheço o grupo desde criança

      Excluir
  2. O Scorpions é uma banda que teve várias fases, a melhor delas (disparado) na minha opinião, foi a primeira, na verdade a partir do segundo disco quando entraram o guitarrista Jon Uli Roth e o baterista Jürgen Rosenthal. Após a saída de Uli Roth do grupo a sonoridade ficou mais rock de FM (nada contra, mas ainda prefiro a antiga). Como os Beatles (guardando as devidas proporções), são colecionadores de hits.

    ResponderExcluir
  3. Mais uma indicação musical ótima.

    ResponderExcluir