ARTE E CULTURA

 

SUBROCK , ATITUDE, ENGAJAMENTO 

E FORÇA SONORA!

Sempre gostei do rock engajado, politizado e que tem algo a dizer ao mundo, do rock que fala sobre minhas angústias e minhas inquietações. O rock tem que ser um grito, um brado contra a caretice, contra os ódios de uma extrema direita genocida, cafona, mau caráter,  que tem que retornar ao fundo do buraco de onde jamais deveria ter saído. E a SubRock tem esse grito, tem essa força. 

Com uma pegada que lembra bandas dos anos 1980 em sua melhor fase como Titãs, Legião e uma sonoridade que dialoga com Clash, Ramones e o que de melhor rolava nas rádios da época, a SubRock manda seu recado e o faz muito bem.

A banda foi formada na cidade de Osasco/SP em 2019 por Gil Freitas, Mauricio França e Rita Mendes, que já tinham uma banda anterior e resolveram criar a SubRock. Chamaram Vinicius Pimentel e Diego Lutero para completar o time. Desde o início o objetivo era fazer som autoral, então desde os primeiros ensaios todos focaram em compor novas músicas ou fazer novas roupagens das músicas dos projetos anteriores que eles tinham. Foram feitos alguns ensaios abertos para testar a recepção das novas músicas e,  após isto, a decisão de gravar foi natural. Em 2022 a Rita saiu da banda e entrou Bruno Almeida.


A formação da SubRock hoje conta com Maurício (Tio) França e Gil Freitas nos vocais, Bruno Almeida no baixo, Vinicius Pimentel na guitarra e Diego Lutero na bateria. 

A banda gravou seu primeiro EP no Conspiração Records em Osasco. Ele foi produzido por Kleber Muniz (que faz parte da banda Extremo Soma) e saiu pelo selo CrossoverBR. Há pouco tempo, a Sub-Rock lançou o ótimo single "Quase caí", já está com um segundo EP e se preparando para subir nos palcos nesse mundo pós pandemia.

Confiram o single Quase Caí:


Depois de escutarmos o som da banda, o Arte e Cultura foi conversar com o vocalista Gil Freitas, confiram: 

GIL FREITAS



JORGINHO:  Primeiro, vocês são muito bons e é um prazer estar fazendo essa matéria. Segundo, como é para você fazer um rock altamente politizado nesse momento em que estamos repletos de fake news e às vésperas de uma eleição?

GIL FREITAS: O prazer é todo nosso, a gente agradece muito o convite. Desde que a gente começou, nossa ideia sempre foi fazer algumas músicas politizadas. No Brasil, é quase impossível fazer música e não falar de política de forma direta ou indireta. A música acaba sendo uma maneira de combater as fake news também.

Esperança:


JORGINHO: Existe um balanço entre um lirismo poético e a força direta do punk em suas letras que são um achado, como é o método criativo da Sub Rock nas composições?

GIL FREITAS: A gente não tem um método para compor, cada música foi feita de um jeito. No 1º EP cada música tem um compositor, Dorlores é do Mauricio, Minha Sina é do Vinicius e Eu Só Queria Vencer Uma vez e Nós Contra Nós são minhas. As versões em espanhol também sou eu que faço.

Agora no 2º EP a gente foi mais banda para compor, sentamos e compomos Governo Genocida e Minha Menina. Esperança é do Vinicius e Quase Caí é minha.

Nós contra nós:


JORGINHO: Quais as maiores influências da banda?

GIL FREITAS: Esta é uma das perguntas mais difíceis de responder, pois o Rock do nome da banda significa que a gente pode tocar qualquer tipo de rock. Eu diria, em termos de melodia, que nossas influências são do Punk, Grunge e Indíe. Nas letras, talvez nossa maior influência seja o rock nacional dos anos 1980.

Mas a gente não quer fechar nenhuma porta, o que der vontade de tocar, sendo rock, vamos tocar.


JORGINHO: Como está sendo esse momento quase pós pandemia? Já existem shows marcados?

GIL FREITAS: A gente tem um show marcado em São Paulo para o dia 26, que é oficialmente o show de lançamento do 1ºe 2º EPs, já que a gente lançou o 1º EP no meio da pandemia. Neste show chamamos nossas amigos da Fud’s Gang e Abrahones e os Incuráveis de Niterói – RJ e vamos gravar o show para lançamento de um material ao vivo. Além disso, em breve anunciaremos as datas de shows em Itapevi, São Bernardo e Rio de Janeiro.

Dorlores: 

JORGINHO: A banda gravou a excelente Governo genocida, então vem a pergunta que não quer calar: este ano teremos o final deste momento surreal pelo qual estamos passando? Iremos acabar com esse Governo genocida?

GIL FREITAS: A gente espera que sim, tem uma frase que sempre falo: nós temos governos ruins há 500 anos, mas governo genocida que matou brasileiros de forma direta e proposital, só tivemos 1: o governo de Bolsonaro.

Nós, democratas e progressistas, temos que ficar atentos e estar preparados para mergulhar de cabeça nesta eleição para impedir a reeleição desde verme!

Governo Genocida: 


JORGINHO: Fale para o leitor sobre o lançamento do novo single Quase caí, o que ele representa para a banda?

GIL FREITAS: Quase Caí é um relançamento de uma antiga música da minha banda anterior, ela chegou a ter algum destaque na época, principalmente aqui em Osasco, por que esteve em uma coletânea.

Mas a gente achava que ela tinha um potencial maior e por isso resolvemos regravar. Ela fala dos tombos que a vida dá na gente, e sobre se levantar e seguir em frente.


JORGINHO: Já que falamos do novo single, fale para nós sobre o primeiro EP de vocês.

GIL FREITAS: Nosso primeiro EP foi lançado no meio da pandemia e se chama Eu Só Queria Vencer Uma Vez. Ele tem 4 músicas em português: Dorlores, Minha Sina, Eu Só Queria Vencer Uma Vez e Nós Contra Nós e ainda uma versão em espanhol de Dorlores cantada por nossa amiga Patrícia da banda Suíte Luxo.

A gente lançou ele completamente sem pretensão e foi uma grande surpresa a repercussão que ele teve.

Eu Só Queria Vencer Uma Vez


JORGINHO: Quais os planos da Sub Rock para este 2022?

GIL FREITAS: Nossa ideia é continuar produzindo, lançar nosso 3º EP no final deste ano. Mas principalmente fazer shows para divulgar as músicas do 1º e 2º EP.

Nada com nada:


JORGINHO: Deixe uma mensagem para os leitores do Arte e Cultura

GIL FREITAS: Eu queria agradecer o espaço, e lembrar que vamos lançar nosso 2º EP e ficar de olho na agenda, porque vamos sair para tocar por aí. E convidar todos de São Paulo para nosso show do dia 26 de março no Espaço Som.


CONTATOS:

Whats:  55 11 99191-0846

"Nós, democratas e progressistas, temos que ficar atentos, e estar preparados para mergulhar de cabeça nesta eleição para impedir a reeleição desde verme!"
- Gil Freitas

Jorginho

Jorginho é Pedagogo, Filósofo, ilustrador com trabalhos publicados no Brasil e exterior, é agitador cultural, um dos membros fundadores do ColetiveArts, editor do site Coletive em Movimento, produtor do podcast Coletive Som - A voz da arte, já foi curador de exposições físicas e virtuais, organizou eventos geeks/nerds, é apaixonado por quadrinhos, literatura, rock n' rol e cinema. É ativista pela Doação de Órgãos e luta contra a Alienação Parental.


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