RETRATOS DA VIDA, Comentários informais

 

RAMBO, CHEGOU AO FIM

Quem assistiu à franquia Rambo nos últimos anos, certamente porque é fã incondicional do intimorato justiceiro — por conseguinte se identificou com o jeito arrojado com que o guerrilheiro John Rambo enfrentava seus adversários, e de certa forma muitos se sentiram justiçados pelo modo como o herói enfrentava e eliminava seus inimigos.

Programado para matar (1982); A missão (1985); A força da liberdade (1986); Rambo IV (2008); e o atual filme de 2019, Rambo: até o fim.

Pois desses cinco filmes da série que notabilizou Sylvester Stallone — chega à Netflix o recém Rambo até o fim, e os fãs esperavam encontrar um herói à altura, guardadas as devidas proporções, pois hoje John Rambo já é um senhor idoso, talvez em seus 75 anos, a mesma idade do ator que o interpreta. E com direito a ingerir remédios para hipertensão, diabetes e outras doenças da velhice. Portanto, enfrentar criminosos cruéis, e ainda por cima mais jovens, não deixa de ser uma façanha para lá de intrincada.

Deste modo, este novo filme de 2019, não poderia evidenciar o mesmo Rambo de 40 anos atrás,

Sendo assim, seus velhos fãs não podem ir com muita sede ao pote nesta nova versão do velho herói de Programado para matar.

Como já falamos, o Rambo de Até o fim parece que chegou mesmo ao fim, ou à derradeira aventura, sem prometer lá grandes proezas, embora tente ludibriar-nos com tantos lances, que sabemos serem o produto exagerado de sofisticadas técnicas cinematográficas de última geração.

Posto que a violência extrema dos filmes de Stallone da franquia agrade a seus inúmeros fãs — não passa de violência exacerbada.

Rambo até o fim poderia chegar mesmo ao fim sem mais delongas, e a ideia inicial de um idoso guerrilheiro aposentado morando em um sítio, fazendo malabarismos com seu amestrado cavalo e dirigindo sua camionete por estradas poeirentas — apenas rememorando seus tempos de aventura —, ficaria de bom tamanho, sem precisar vermos um antigo herói tentando enfrentar inimigos que o venceriam sem muito esforço, indubitavelmente. O filme, isto posto, forçou a barra, querendo nos fazer engolir o intragável.

TRAILER


Fernando Medina

Fernando Medina é escritor , tem Licenciatura em Letras na ULBRA e Pós Graduado em Literatura pela UFRGS, escreveu os livros ,A Testemunha (contos) e O Circo (romance infanto-juvenil). Aficionado por música instrumental tem como orquestras preferidas Ray Conniff, Percy  Faith, Nelson Riddle e o saxofonista Kenny G. Leitor prolífico tem como autores preferidos Machado de Assis, Júlio Verne, Victor Hugo e Sir Arthur Conan Doyle. Também é cinéfilo, apaixonado por filmes dos gêneros suspense e policial, e também não dispensa um bom documentário.


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3 Comentários

  1. A crítica cinematográfica bem me lembra um oficial guerrilheiro, que expulso das armadas forças de um certo país, volta num memorável golpe religioso. Tão fraco moralmente e com nada de útil a oferecer, sucumbiu a sua própria ignorância e vai sumir da história com mérito algum, apenas, se é que 700.000 é apenas, um número de habitantes a menos na população.
    Agora sim, fim.

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    1. Eu ainda não assisti Rambo até o fim, mas acho que atualmente seria mais interessante um documentário ou filme biográfico do Stallone contando sua história até se tornar o Rambo e pós Rambo do que um outro filme que acaba se tornando mais do mesmo.
      O Stallone tem uma história de força de superação muito forte.

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