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CANTO GREGORIANO

Quando entrei na paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Canela/RS — fui agraciado com um suave grupo de vozes que emanava de todos os cantos da igreja. Era o Canto Gregoriano.

O Canto Gregoriano é oriundo da Europa e surgiu na Idade Média. Posto que fizesse parte dos rituais da Igreja Católica — diferentes grupos musicais o utilizaram em todo o mundo, com tendências religiosas ou não.

O Canto Gregoriano é um cântico sacro. Foi o Papa Gregório I quem o consagrou entre os anos 590dC e 604dC.

O mais importante do Canto Gregoriano é que ele é formando apenas por uma voz ou grupo de vozes, sem instrumentos musicais.

Ele é considerado uma monodia, ou monofonia, por ser uma canção com só uma linha melódica, e sem acompanhamento. Em alguns casos, porém, pode-se ouvir o som de um órgão com uma única nota musical.

Outro detalhe importante é que o Canto Gregoriano é cantado em latim, língua da qual se originou.

A autoria dos cantos muitas vezes é desconhecida, sabe-se, no entanto, que foram escritas por monges oriundos dos mosteiros europeus, na Idade Média.

Durante o Império Romano ele foi obrigatório ao longo das solenidades religiosas.

Acostumados que estamos no nosso dia a dia com a música estridente que ouvimos em todos os lugares, podemos estranhar o som de uma canção que eleva a alma e que pode ser apreciada por todo o tipo de público.

Quem adentrar hoje à paróquia de Nossa Senhora de Lourdes irá se deparar com esse mavioso canto, que não é nem triste nem sombrio, porque transmite emoção e serenidade. Assim como massageamos nosso corpo  para relaxar nossos músculos, precisamos também massagear nossa alma — para relaxarmos das tensões e da azáfama de nossos dias.


Uma mostra do Canto Gregoriano:



Fernando Medina

Fernando Medina é escritor , tem Licenciatura em Letras na ULBRA e Pós Graduado em Literatura pela UFRGS, escreveu os livros ,A Testemunha (contos) e O Circo (romance infanto-juvenil). Aficionado por música instrumental tem como orquestras preferidas Ray Conniff, Percy  Faith, Nelson Riddle e o saxofonista Kenny G. Leitor prolífico tem como autores preferidos Machado de Assis, Júlio Verne, Victor Hugo e Sir Arthur Conan Doyle. Também é cinéfilo, apaixonado por filmes dos gêneros suspense e policial, e também não dispensa um bom documentário.


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1 Comentários

  1. Ouvir o canto gregoriano me transporta aos meus 13, 14 anos de idade, quando ia ao Seminário São José, aqui em Gravataí. Lá eu e o amigo Pandollo íamos negociar o aluguel das quadras de futebol de salão, para os torneios que organiza amos. E sim, as sensações eram exatamente essas, de tranquilidade e massagens na alma. Parabenizo e agradeço pela sonora lembrança.

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