Louva - Deus
Arte exclusiva feito para o Arte e Cultura
Lançado pela Funktoon ( aplicativo para leitura de quadrinhos nacionais) no dia 13 de outubro de 2023. HQ "LOUVA-DEUS" Desafia Convenções e Encanta Leitores
No dia 13 de outubro, a comunidade aficionada por quadrinhos foi presenteada com "LOUVA-DEUS", uma narrativa única e intrigante que desafia as convenções do gênero do terror. Esta narrativa muda, desprovida de texto, ambientada em um cenário contemporâneo, segue um jovem protagonista cuja vida é transformada por um encontro fortuito com uma mulher misteriosa. O que começa como um simples encontro logo se desenrola em uma série de eventos inquietantes que afetam das vidas dos personagens e lançam luz sobre os enigmas do amor e do sacrifício.
"LOUVA-DEUS" é uma obra que mergulha nas profundezas do terror psicológico e do desconhecido. Ao eliminar os textos tradicionais, os autores desafiam os leitores a se envolverem completamente na narrativa visual, os leitores serão conduzidos por uma jornada repleta de reviravoltas e descobertas surpreendentes, onde cada imagem é carregada de significado e mistério. A trama meticulosamente construída destaca os conflitos internos e motivações dos personagens, enquanto desafia as próprias convenções do amor e do sacrifício, convidando os leitores a refletirem sobre esses conceitos universais.
Os Autores:
"LOUVA-DEUS" é resultado da colaboração de três artistas excepcionais.
Escritor: Felipe Oliver é ex-aluno do Inko, conhecido por sua paixão por criar histórias. Desenhista: Matheus Vargas, com seu traço característico, e habilidade no uso do alto contraste com nanquim, dá vida à dinâmica da história. Colorista: Daniel Simões utiliza uma paleta de cores que oscila entre cores quentes como vermelhos vibrantes, acentuando o valor visual da narrativa por meio de iluminações que promovem uma atmosfera com referências a clássicos do terror.
Nós do Arte e Cultura fomos conferir essa obra e realmente ela é impactante, além de trazer novos artistas com vontade de vencer e mostrar o seu trabalho para o mundo.
Já saíram todos os capítulos desta grande hq, e você pode ter acesso gratuitamente a ela clicando AQUI , é só fazer rapidamente o login e começar a ler. Nós do Arte e Cultura fomos conversar com Felipe Oliver, um dos responsáveis pelo projeto.
FELIPE OLIVER
JORGINHO:Quem é o Felipe Oliver? Como você se define?
FELIPE OLIVER: Costumo dizer que sou otimista e perspicaz, procuro olhar a vida de uma forma mais positiva e mais alto astral, apesar de saber que a vida tem seus dias bons e ruins, então tento ver até o lado bom de um dedinho em uma quina de parede. Porque sei que consigo fazer um ótimo trabalho, mas infelizmente apenas com coisas que me atraem. Já atuei diversas vezes na minha área, por anos, e dei o meu melhor em todos os projetos que era colocado, mas isso me cansava deixava minha mente tensa e de brinde ganhei aquele tremor que tem na pálpebra ou acima, mas na hora de escrever um roteiro ou desenhar páginas de quadrinhos, o tempo voa e até a vontade de dormir passa, é uma coisa viciante, que limpa minha alma e que quando acabo, não quero acabar.
JORGINHO: Como surgiu a paixão pelos quadrinhos? Quais são suas maiores influências?
FELIPE OLIVER: Desde que era criança, sempre amei o que era a mídia Quadrinhos, mas nunca imaginei que eram “pessoas” que produziam aquilo, pra mim era surreal. E quando descobri os quadrinhos da Turma da Mônica (especificamente a Turma do Penadinho), minha mente explodiu, porque basicamente dava para fazer aquilo, e no Brasil, mas durante uns 3 ou 4 anos, esse amor esfriou, até 2006 quando um amigo me emprestou umas daquelas edições de Universo Marvel que vinham com 3 histórias, depois daí, o vício retornou, mas não do jeito que eu gostaria, pois só lia o que ele me emprestava pois ainda não tinha dinheiro. Então pegava pra ler algumas edições em livraria, ou emprestado ou em Scan quando conseguiam pra mim. Mas aos 16 anos, ninguém me segurou, comecei um estágio e comecei a acompanhar na época a Marvel Now e o Universo Ultimate. Então em 2011 comecei a colecionar de verdade.
Obs: Nos anos 90/2000, existiam umas coleções de action figures da Marvel que vinham com edições em inglês dos quadrinhos. Minha mãe trabalhava em uma casa como babá e as crianças eram muito pequenas para ler ou até mesmo pegar aquilo e folhear, então ela ganhava essas edições e trazia para mim. E quando minha mãe fez uma viagem para Minas Gerais, ela me enviou um pacote com algumas revistinhas, lembro muito bem, tinha uma do Cascão e duas da Turma do Penadinho.
JORGINHO: Como é o teu processo de construção de roteiros para quadrinhos?
FELIPE OLIVER: Sinceramente, eu começo pelo Plot, porque entendo que, se você não sabe onde está indo, você não sabe onde quer chegar. Eu não sei se é uma frase clichê ou medonha, mas é que, você entendendo o final da sua história, você saberá o caminho ao qual percorrer até chegar lá, porque a pessoa começa uma história sem saber onde quer chegar, pode acabar se frustrando. Criar idéias a partir do começo é muito bom, mas eu recomendo muito, que assim que criar um ideia, pense em logo como resolver a resolução dela, para que a ligação entre o começo e o fim seja uma estrada larga onde você possa construir o que quiser ao entorno e que não seja uma corda bamba coberta de neblina, onde a qualquer momento você desista, se perca ou até mesmo caia.
JORGINHO: Quais as obras de terror que você mais gosta e recomenda?
FELIPE OLIVER: Não tem para onde correr, Frankenstein e o Médico e o monstro, são tanto ótimas histórias que tem seu enredo bem desenvolvido com sombras de suspense e um roteiro recheado de alto referências e uma condução que contempla toda uma visão do que seria o terror, quanto espelhos que refletem o que o ser humano é e onde consegue chegar, e nem importa se é por prazer ou por riquezas, mas sim para provar os limites da mente, os limites que definem o que é um homem do que é um animal.
JORGINHO: Fale sobre o projeto Louva-Deus, como foi para você estar dentro deste projeto? O que ele significa para você?
FELIPE OLIVER: Primeiramente, Louva-Deus tem até sua grafia errada, mas de propósito, porque assim como ele é falado ele está sendo escrito, mas não só isso, mas sim pelo “deus” que cada pessoa carrega em si e o adora todos os dias, as vezes de propósito, como uma foto que chame a atenção para alimentar seus egos, ou então apenas vícios, que servem para preencher algo em seu consciente que talvez saibam ou não que nunca irão ocupar. São pequenos louvores a si próprio, uma espécie de Louva-deus.
Já trabalhei em alguns roteiros que tinha uma vibe mais terror, mas que em sua conjunção, era composta por monstros e etc, nesse caso, quis fazer um terror mais mental, mas com um final totalmente ambíguo, e que faz rimas com seu início, como se fosse uma espécie de mapa poético do que seria a história em si.
Pra mim significa um passo a mais como escritor e quadrinista, e um grande aprendizado, porque quanto mais eu pensava na história, mais eu ia me envolvendo com aquela narrativa e naquelas rimas visuais que ia introduzindo para condução tanto visual, quanto como leitura, fosse mais aprofundada e desse mais camadas de interpretação, talvez alguma espécie de alegoria, dependendo muito da leitura do espectador, tentando observar os detalhes, e entender algo a mais que até eu que escrevi possa ter colocado subconscientemente.
JORGINHO: Quais os teus próximos projetos?
FELIPE OLIVER: Os projetos são infinitos, mas de coração, pretendo no mínimo lançar um quadrinho por ano, e o do ano que vem já está em andamento. E também tenho muitos outros roteiros prontos e em processo de acabamento, tirando o universo natalino que eu estava criando todo ano no insta aos poucos, e sem muita pretensão, desde 2019, fazendo um desenho, depois um desenho colorido no ano seguinte, até que ano passado desenhei 6 páginas. E infelizmente no meio do ano meu instagram foi hackeado, mas pelo menos tenho todos os projetos prontos para serem publicados online novamente e continuar, no momento o projeto se chama Natal Vs Krampus. Sei como a vida de um quadrinista é difícil, e vejo milhares de podcasts com eles falando sobre, mas também falando o quanto é enriquecedor e gratificante, porque realmente é um vício e é muito divertido e eu confirmo, se valer de alguma coisa. Porque lembro de noites quando chegava do trabalho, ia desenhar ou escrever para relaxar e depois que você vê tudo aquilo que projetou, o orgulho entra, invade e isso deixa a mente mais relaxada e mais feliz.
JORGINHO: Deixe uma mensagem para o leitor do Arte e Cultura.
FELIPE OLIVER: Seja você o artísta qual for, o esforço vale mais que o talento, meu desenho até 2019 era um lixo, mas mesmo trabalhando e fazendo faculdade, eu agarrei todas oportunidades, indo dormir tarde, estudando, porque isso vai valer a pena, você vai conhecer mundos novos, sendo da música, dança, cinema, artes em geral. E principalmente, vai ser um mundo que ao mesmo tempo que você vai está conhecendo, também irá está construindo. Seu horizonte será infinito e duvido que terá algo que possa te parar, pois isso será seu.
Louva - Deus
PARA LER "LOUVA- DEUS" gratuitamente, clique AQUI .
• 41 páginas
• Colorido
• Publicação digital
• Gratuito
• Publicação independente
Para conhecer os autores, acesse seus links:
Jorginho |
Jorginho é Pedagogo, Filósofo, graduando em Artes, com pós graduação em Artes na Educação Infantil, ilustrador com trabalhos publicados no Brasil e exterior, é agitador cultural, um dos membros fundadores do ColetiveArts, editor do site Coletive em Movimento, produtor do podcast Coletive Som - A voz da arte, já foi curador de exposições físicas e virtuais, organizou eventos geeks/nerds, é apaixonado por quadrinhos, literatura, rock n' rol e cinema. É ativista pela Doação de Órgãos e luta contra a Alienação Parental.
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