PSI QUER?

 


Chegou o Dezembrite

Dezembrite não é um termo técnico,  mas é bastante usado para definir os sentimentos que Dezembro desperta nas pessoas.

Este período do ano é o mais esperado para algumas pessoas, justamente pelo número elevado de confraternizações no trabalho, com os amigos e na família. As propagandas na TV reforçam a necessidade de estarmos bem, sorrindo, felizes, rodeados de amigos e pessoas queridas. Porém, não é porque estamos em Dezembro que a tristeza e os desconfortos que ocorreram no decorrer do ano deixaram de existir. Dezembro pode ser um mês difícil para algumas pessoas por desencadear sentimentos negativos referente ao simbolismo do fechamento do ciclo anual. Algumas reflexões sobre os  insucessos da famosa lista de metas do início do ano podem gerar sentimento de frustração.  Sem contar os perrengues nas relações interpessoais vividos no ano e que agora colocam as pessoas no xeque-mate.

Dezembro  requer, com certeza,  muito jogo de cintura de todos nós. Vou dividir  algumas das histórias que ouvi nesses últimos tempos nos atendimentos que realizei.  Imagine se fosse com você.

Caso 1:

Seu colega de trabalho  "mala", que teve uma visão individualista o ano todo prejudicando você inúmeras vezes é justamente o seu amigo-secreto.  Na confraternização, ao revelar o amigo-secreto, você tem vontade de ser autêntico, mas você não quer estragar o clima, então diz: "O  meu amigo- secreto é um cara legal...”

Caso 2:

Sabe aquela sua prima "espaçosa" que não tem limite?  Aquela que no grupo do whats da família foi inconveniente e ofendeu você? Surpresa!!! Ela irá passar a noite de Natal na sua casa  sem receber o seu convite.  Sem contar que ela já colocou no grupo do whats para fazerem as comidas sem uva- passa.

No jogo da vida, o mês de Dezembro nos coloca frente a inúmeros desafios. A ideia, para que tenhamos bem-estar, é não ter autocobrança excessiva. Respeite suas vontades, na medida do possível.  Aceite que você é um ser humano e que, como qualquer outro, tem sentimentos bons e ruins.   Não tente representar um personagem da felicidade, se você não estiver bem. Procure não ficar preso a convenções sociais. Seja generoso consigo e tenha atitudes de autocuidado.

Por isso, no amigo-secreto você não precisa dizer que o cara é legal. Diga que seu “amigo-secreto” trabalha com pessoas legais. Mude o foco. Com a prima "espaçosa" receba de forma cordial. Evite assuntos polêmicos. Busque conversar com outras pessoas. Você não precisa sentar justamente ao lado dela na hora da ceia.

"Então é Natal,  e o que você fez? O ano termina e nasce outra vez..." Que nasça outra vez a vontade e empenho, para que, cada vez mais, possamos  cuidar da nossa   saúde mental.


FERNANDA ROCHA

Me chamo Fernanda, mas para os mais íntimos, sou a Fê . Em função dos meus 50 anos, me considero uma jovem há mais tempo. Minhas linhas de expressão são meramente relatos de tudo que já vivi. Sou mãe de uma menina linda chamada Marcela. O que, pelo adjetivo, você pode notar que além de mãe, sou também muito babona. Fiz minha graduação em Psicologia na Unisinos nos anos 90. Logo após a conclusão do curso comecei a trabalhar como Psicóloga. Tenho um vasto “currículo” com cursos, formações, etc, mas nada se compara ao aprendizado frente à experiência clínica ao atender cada paciente que passou por mim nestes 23 anos de profissão. Costumo dizer ao meu marido: “Como é bom ajudar pessoas!” e foi assim que eu comecei a escrever textos sobre saúde mental (minha especialidade), contendo dicas de autocuidado e autoconhecimento para postar nas redes sociais com o objetivo de levar a Psicologia para além das quatro paredes de um setting terapêutico. Os textos circularam nas redes sociais até que recebi o convite para contribuir com o blog Coletivearts. Que delícia tudo isto! E cá eu estou. Escreverei textos com a abordagem da saúde mental frente aos perregues da vida diária. Espero que você goste.


 CINCO ANOS DE COLETIVEARTS,
CONTANDO HISTÓRIAS, 
CRIANDO MUNDOS!
O Coletive acredita na
essência da vida! 

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