A MÚSICA SEGUNDO O FILÓSOFO

 

Mercenárias - Cadê as armas

Ah o punk e suas variações. O post/punk é o lado triste e melancólico da vertente musical. Não é preciso ser exatamente nesses sentimentos. Pode-se falar sobre outros temas, não é uma ciência exata.

Por aqui no Brasil,na década de 80, teve uma boa efervescência de bandas do estilo. Podemos destacar boas bandas surgidas nessa época, mais hoje o destaque será uma com a alma e integrantes totalmente   femininas.


A Baratos Afins além de uma loja tradicional na galeria do Rock em São Paulo ajudou a fomentar varias bandas e artistas com o seu selo. Luiz Calanca, o proprietário da loja, é um apaixonado e tornou-se um nome importante na época. Uma banda que teve seu primeiro álbum lançado  pelo selo foi As Mercenárias.

O ano era 86. Ano em que foi lançado clássicos do Rock nacional. Cadê as Armas, primeiro álbum das meninas, merecidamente, pode e deve ser incluído como um clássico do Rock brasileiro. Anos depois, álbum e banda foram bem mais reconhecidos pelo público. Isso se deve a falta de divulgação no período de lançamento do disco, nas rádios e TVs, que eram meios de as bandas divulgarem os seus trabalhos ao grande  público.

Formado por Sandra Coutinho no baixo, Rosália no vocal e Ana Machado na guitarra e o Edgar Scandurra na batera, bem no inicio da banda, logo substituído por Lou, foi uma formação coesa e de muita qualidade. Demostrada nesse primeiro trabalho. Lançado pela Emi- Odeon, Cadê as Armas, é um disco com uma boa mescla entre o punk clássico e o Post/Punk. Entre a força e o grito do Punk e o lirismo do Post/Punk, são dez faixas em que mostram a musicalidade da banda. O baixo da Sandra Coutinho conduz as canções, a guitarra de Ana vai dando uma levada, a batera de Lou tem ritmo e a voz agressiva e ao mesmo tempo leve de Rosália, mostra o porquê é uma aula de como se fazer um disco no estilo e de Rock em si. Com uma discografia curta, o segundo disco da banda foi lançado em 88, o bom Trashland. Desiludidas por terem sido dispensadas da gravadora, deram um fim a banda, tendo voltado só em 2005, só com a Sandra Coutinho da formação original.


Para escutar:Mercenárias - Cadê as armas:



Daniel Filósofo 


Daniel Filósofo é cronista, jornalista, profundo conhecedor de rock'n'roll, torcedor do Fluminense e radialista Também escreve suas crônicas dominicais na coluna do Daniel Filósofo.

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- Ricardo Mendes

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