FORA DE SÉRIE

Yellowstone

Não. Não vamos falar de Zé Colmeia. 

Iniciamos nossa série fora de série com esta que teve 5 temporadas e foi finalizada recentemente.

A série é protagonizada por Kevin Costner e conta a história de John Dutton, próspero fazendeiro e cowboy, na melhor acepção da palavra, que luta para manter seu rancho, o Yellowstone (com esse nome por ficar ao lado do famoso Parque Nacional) e que para isso, precisará enfrentar fazendeiros rivais, empresários do ramo turístico, políticos, bandidos e até a própria família.

A série foi criada pelo ator Taylor Sheridan (o honesto policial Hale de Filhos da Anarquia), que enveredou por uma prolífica e muito talentosa carreira de criador de séries (Tulsa King, Operação Lioness, O Dono de Kingstown e Landmann são algumas de suas séries). Sheridan inclusive, tem um papel recorrente na série, interpretando o talentoso e fanfarrão cowboy Travis Wheatley. 

Kevin Costner tem talvez, a atuação da sua vida nesta linda série, que retrata a luta de um homem que ama o legado não só da sua família, mas que também ama toda a cultura que permeou este legado. John Dutton é um homem passado dos 60 anos que quer que seu rancho sobreviva a ele. Nem que ele dure apenas 1 dia a mais que ele. E que luta para manter sua família unida neste propósito e que este propósito os aproxima. Seus 4 filhos (Lee, Jamie, Beth e Kayce) não são exatamente o melhor exemplo de união entre irmãos. Jamie e Beth se odeiam mutuamente (e os motivos só serão explicados ao longo da série) e Kayce, abandonou o rancho para viver com Monica, uma indígena. 


Os índios são, inclusive, um capítulo a parte e importante da história. Thomas Rainwater é o chefe da Reserva Indígena e tem como meta de vida, devolver as terras de Yellowstone ao seu povo. Custe o que custar. O que o torna no maior inimigo dos Dutton. Mas de forma alguma pense em Rainwater como um vilão. Você não conseguirá enxergá-lo assim. E ainda entenderá seus motivos. Ainda que se apaixone por John Dutton. E confie em mim, você vai se apaixonar por John Dutton. Ele pode ser um cowboy. Mas é uma força da natureza. Falando em força da natureza, Beth Dutton (a excelente Kelly Reilly) é nitroglicerina pura. Responsável pelos negócios da família, ele passa por cima de quem quer que seja para defender o legado de seu nome. Talento, sarcasmo e explosão não lhe faltam. Um ponto interessante da sua jornada é sua relação mal-resolvida com Rip, o capataz e homem de confiança de John Dutton. A tradução de lealdade em forma de gente. 

Jamie Dutton (Wes Bentley) é o advogado da família. Extremamente competente e profundamente inseguro. Kayce (Luke Grimes) é o filho caçula, com uma relação conturbada com o pai. Casado com uma índia e pai de um menino, se vê obrigado a voltar ao convívio da família, após uma tragédia familiar. Sua jornada na série, transitando entre ser um cowboy e um índio, é comovente.


Yellowstone cativa, por mostrar que não há nenhum problema em lutar por uma causa. Mesmo que ela seja saudosista. Mas que é necessário estar preparado para encarar o final das coisas. E das causas. Pois tudo tem seu fim. 

É o comovente relato de homens que lutam para manter a integridade de si mesmos e de sua cultura em meio a um mundo que afunda em "progresso". 


A série teve uma excelente acolhida do público e rendeu dois spin-offs, 1883 e 1923 (essa ainda no ar), que relatam os primeiros anos da família Dutton.

Recomendo fortemente esta série. E que depois assistam as outras duas. E se quiserem, assistam também o documentário em 4 episódios, sobre os 150 anos do Parque Yellowstone, apresentado por Costner. É um espetáculo visual.

Dou uma nota 9 sem piscar, para Yellowstone.



TRAILER:



Davison Silveira


Davison Silveira é escritor e sonhador. Não ganhou dinheiro com nenhuma das duas, mas continua achando que as respostas da vida estão em alguma canção do Belchior, num disco de Dylan, num livro de Kundera, numa revista do Asterix e nos beijos de Denise. Para ele o sentido da vida é Centro-Bairro. E segue sua vida esperando o retorno daquele que veio dos Céus para nós salvar: Goku. Ou que finalmente resolvam fazer a versão 600 ml do refrigerante Teem

"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."
- Ricardo Mendes

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