CINE METRÓPOLE

 Kraven, O Caçador 

A Marvel vem conseguindo sucessivas vitórias sobre a DC, quando se trata de adaptar seus personagens para a TV e para o cinema, nos últimos 15 anos. Mas antes disso, as adaptações eram feitas não pela própria empresa, hoje pertencente à Disney, mas pela Sony e pela Fox. E nós tivemos bons momentos, como a primeira trilogia X-Men, a primeira trilogia Homem-Aranha e a trilogia de filmes de Wolverine (embora os 2 primeiros possam ter sua qualidade discutida). Depois veio uma nova adaptação de Homem Aranha, com 2 filmes, que embora fracos, se seguravam (a exemplo dos 2 filmes do Quarteto Fantástico). Mas depois da ascensão do Universo Marvel no Cinema (MCU), a verdade é que os filmes da Sony que abordam o universo Marvel tem uma qualidade cada vez mais discutível. Depois que a Disney comprou a Fox, os X-Men, Homem Aranha e agora o Quarteto Fantástico passaram para o MCU e até mesmo Blade e Deadpool passaram a pertencer ao universo cinematográfico da Casa das Ideias (nome pelo qual a Marvel é conhecida) e pouco restou para a Sony. Algumas adaptações bem duvidosas vem ocorrendo (embora a trilogia Venom tenha alcançado relativo sucesso). Kraven, O Caçador é um exemplo desenhado de tão claro, deste fato.

Kraven é, nos quadrinhos, um dos mais clássicos vilões do universo do Homem-Aranha, chegando até mesmo a "matar" o herói, certa vez. E embora, ele tenha um certo arco de redenção ao fim de sua jornada, nos quadrinhos, o caminho escolhido em sua adaptação, me pareceu equivocado.



Na história, Kraven é exatamente o que sua alcunha diz: um caçador. Ele caça homens. Mais precisamente, criminosos. E faz isso por um gatilho: seu pai (Russel Crowe, em mais uma atuação cansada), um bilionário criminoso e cruel. Ou seja, Kraven é um homem que tenta fugir da crueldade do pai, tornando-se cruel contra homens que sejam exatamente como seu pai. 

Kraven é transformado num herói (que nunca foi nos quadrinhos), para explicar o próprio vilão que se torna no futuro. Caminho mais equivocado, impossível. É possível fazer um arco onde se explique as razões pelas quais um vilão se torna um vilão, sem redimí-lo. O filme do Coringa e a série do Pinguim estão aí para provar este ponto.



O filme também derrapa, ao usar de forma pobre e inadequada, outros vilões do universo do Homem-Aranha, como o Estrangeiro, Calypso, Camaleão e até mesmo Rhino, que embora tenha um arco melhor que os demais e uma atuação bastante esforçada de Alessandro Nivola, é mais um personagem desperdiçado. Aaron Taylor-Johnson (que conhecemos como o protagonista de Kick Ass e o Mercúrio de VIngadores: Era de Ultron) se esforça para dar um pouco de vida a diálogos pobres, mas a verdade é que a única coisa que salva Kraven, são as cenas de ação. Elas são bem coreografadas e funcionam bem. Mas os efeitos estilo Crepúsculo (é sério) e uma referência barata ao Homem-Aranha não ajudam em nada.



É um filme que só funciona se você quiser passar o tempo, com cenas de ação, enquanto come sua pipoca. Mas escolha uma marca boa. Porque ao menos a pipoca precisa ser boa .

O filme está disponível na Max e Prime Vídeo.

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Davison Silveira


Davison Silveira é escritor e sonhador. Não ganhou dinheiro com nenhuma das duas, mas continua achando que as respostas da vida estão em alguma canção do Belchior, num disco de Dylan, num livro de Kundera, numa revista do Asterix e nos beijos de Denise. Para ele o sentido da vida é Centro-Bairro. E segue sua vida esperando o retorno daquele que veio dos Céus para nós salvar: Goku. Ou que finalmente resolvam fazer a versão 600 ml do refrigerante Teem

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- Ricardo Mendes

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