UM POUCO DE HISTÓRIA

 

Minha sogra

Existem tantas piadas sobre a sogra sacaneando a vida do genro que não há quem não se canse de chamá-la de animal peçonhento. Moro na distância ideal da minha sogra: nem tão perto para ela vir de chinelos e chambre e nem tão longe para vir de malas.

A Dona Maria, como nós, genros e noras, a chamamos, não é uma sogra na acepção da palavra (aquele ser que parece ter vindo ao mundo direto das profundezas do inferno só para falar mal de quem seu filho ou filha escolheu para viver uma relação amorosa – sim, nós os pobres nos unimos para dividir os trapinhos e os carinhos). Lembro da Dona Maria me acolhendo, depois de eu contar que na primeira noite que levei a Marli para casa, na volta do cinema, e depois, andando pelas ruas da Vila Brasília, até o ônibus na Protásio, desceu de um táxi, na minha frente, um rapaz que retirou da cintura um revólver 38, cano longo. Senti um frio na espinha e a certeza de que seria assaltado. Felizmente, o rapaz passou por mim segurando aquele revólver na mão como que anunciando para todos os eventuais assaltantes que estava armado, digo, bem armado. Mesmo assim, o susto que levei foi grande. Temendo que a Marli se torna-se viúva antes mesmo de casar-se, ela convidou-me para dormir no quarto dos guris e só voltar para casa no outro dia.

Essa é a minha sogra, uma pessoa boa e preocupada com o próximo, mesmo que este próximo seja o genro.

Muito obrigado, Dona Maria. Certamente a senhora salvou a minha vida e me fez um marido feliz. Um beijo.

NESTOR OURIQUE MEDEIROS

"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."

COLETIVEARTS 07 ANOS DE VIDA,
ESPALHANDO ARTE E
CULTURA!
O COLETIVE ESTÁ SEMPRE
EM BUSCA DO SUCESSO!


SIGA-NOS EM NOSSAS REDES SOCIAIS:
Sempre algo interessante
para contar!

Postar um comentário

0 Comentários