RELATO ANIME I9

Então no dia 6 de outubro de 2019 fui no segundo Anime i9 que ocorreu no colégio Infante em Porto Alegre. Mais precisamente no bairro Menino Deus, bairro em que morei maior parte da minha vida e ainda moro. Nesta ocasião o eterno patrono do Coletive Arts, Jorginho, me pediu para comparecer e levar os fanzines do grupo ao evento. Assim como a atividade com desenhos para colorir para as crianças.
Em um primeiro momento, achei que seria muita responsabilidade representar o coletivo, uma vez que nunca havia feito sozinho. Mas claro, esqueci que haveriam outros artistas mostrando seus trabalhos. Eram o Fabio Mesmo e o Daniel Suarez. Dois artistas de extrema competência, acompanhados por uma simpatia ímpar. Nunca tinha tido a oportunidade de conversar um bom tempo com nem um dos dois. Inclusive, o Daniel, conheci no primeiro i9, evento no qual foi meio impossível conversar devido a nossa localização perto das caixas de som. Digo isso para ressaltar como foi legal a Artist’s Alley estar dentro de uma sala nessa segunda edição. Mais precisamente dentro da biblioteca do colégio.
Sim, este ponto, para mim, foi o ponto alto do evento. Creio que a atenção do público ficou mais focada nos trabalhos dos artistas. Assim como um ambiente mais silencioso propiciou uma conversa fervorosa sobre quadrinhos, livros, cultura pop e tudo mais. No início conversamos somente com entre os membros do Coletive, porém, todos na sala escutavam a nossa conversa e assim, se puseram a opinar, dividir histórias e conhecimento. Em dado momento, mais para o final do evento, dois jovens, no auge dos seus 14 anos, não saiam mais de perto da nossa mesa. Ficaram lá, horas e horas conversando sobre desenhos animados do passado e do presente.
Eu sentia falta deste tipo de convivência neste tipo de evento. Não que eu tenha larga experiência como expositor mas tenho como público. Desde o início dos eventos no aqui no Rio Grande do Sul. Devo ressaltar como é bom parar e conversar sobre os mais diversos assuntos culturais. Ainda mais com quem não se conhece mas que tem o mesmo apreço com a cultura pop. As pessoas que ali estavam, todas estavam vendendo o seu trabalho, o seu suor, o seu amor por aquelas peças de arte. Poder conversar com o pessoal foi sem dúvida um momento de surpresa e aprendizado. Surpresa por pensar que aquele velho evento de anime em escola, com poucas pessoas, porém, os fãs mais fervorosos, não existia mais. Que grata surpresa. Veja bem, o primeiro evento foi maior e mais cheio. Porém tinha molde de eventos e local único, que gosto também. Mas que perde esse detalhe do contato com os artistas. Pelo jeito, uma preferência minha.
Finalizando, essa experiência foi tão legal que me deu vontade de levar e divulgar alguns trabalhos que venho desempenhando. Não pela divulgação em si, mas pela troca com os artistas. Que por vezes, se repetem nesses eventos menores, o que é muito bom. Quer coisa melhor do que continuar a conversa e o aprendizado?

Fiquem ligados na agenda do Coletive Arts nas nossas redes sociais!


Até o próximo evento, pessoal! 

André Palma Moraes






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