A MÚSICA SEGUNDO O FILÓSOFO

 


CANECÃO

Lendária casa de show carioca e por que não do Brasil, o Canecão é considerado por grandes nomes da música brasileira, um dos melhores palcos palcos do país e tornou-se lenda por ter abrigado shows de Grandes nomes nomes do Brasil e do mundo.

A casa de espetáculo fica no limite dos bairros de Botafogo, Urca e Copacabana. Foi inaugurado em 1967 pelo empresário maio Priolli. Abriu como cervejaria, por isso do nome Canecão. Foi projetado pelo arquiteto José Vasquez Ponte.

A primeira apresentação musical na casa foi de Maysa em 1969, sob a direção de Bibi Ferreira. A partir da temporada que ela fez por lá, o Canecão passou a ganhar visibilidade e a despertar o interesse de outros artistas a tocar por lá.


Grandes nomes da MPB passaram por lá. Chico Buarque, Maria Bethânia, Elis Regina, Marisa Monte, entre outros incontáveis nomes. Roberto Carlos sempre iniciava a sua temporada de shows no Canecão, em 1988, gravou um álbum ao vivo no palco da lendária casa. Os já citados acima. Bethânia e Chico, também gravaram um álbum ao vivo no histórico palco. Em 1975 a dupla já eram considerados dois grandes nomes da MPB. O disco é cultuado até hoje pela critica e pelo público.


Outro espetáculo que fez um enorme sucesso e foi muito elogiado, foi o show que contou com um quarteto maravilhoso. Tom, Vinicius, Toquinho e Miúcha, sob a direção de Aloysio de Oliveira, fizeram uma temporada inspiradíssima no Canecão. O show foi realizado no inicio de 1977, permanecendo por oito meses na casa e sempre com grande público. Do canecão, o espetáculo pegou o avião e foi parar em outros países.
Argentina, Itália, França, Inglaterra.

Um fato curioso ocorreu com o Elymar Santos. Em Novembro de 1985, Elymar que era conhecido como cantor de churrascaria, resolveu mudar e foi bem ousado. Vendeu os bens que tinha um carro e um apartamento e alugou o Canecão para uma série de shows no tradicional palco da música nacional. Na época o contrato valia 400 milhões de cruzeiros. Mas tal ousadia valeu a pena. Aquela Terça-feira foi de casa cheia e
ingressos todos vendidos. Na mesma semana do show de Bethânia, Elymar, mostrou que um artista popular podia lotar o Canecão.

O rock roll, também teve passagem pelo palco do Canecão. Grandes nomes do rock nacional passam por lá. Cazuza, Lobão, Ultraje, Ira, Blues Etílicos, Barão Vermelho, Titãs, Paralamas do Sucesso, Engenheiros do Hawai, RPM, Legião urbana, O rappa, entre outros nomes do rock brazuca. Cazuza em 1988 gravou o clássico álbum O Tempo não para no canecão sob a direção de Ney Matogrosso. Não só de banda nacional viveu o Canecão. Grandes bandas de rock internacional passaram por lá. The Mission, Echo and the Bunnymen, Black Sabbath Na turnê do álbum Dehumanizer. No mesmo ano, os Ramones passaram por lá. Primeira passagem da banda pelo Rio de janeiro. Um fato ocorrido nesse show foi à bomba jogada por skinheads e que fez a banda abandonar o palco.


A última apresentação no palco do Canecão foi em Outubro de 2010. Bibi Ferreira teve a missão de apagar a luz do grandioso lugar. Desde então, intermináveis brigas judiciais entre os donos da casa de show e os proprietários do terreno a UFRJ. Em 2010, a justiça de ganho de causa a universidade. Infelizmente o local encontra-se em situação calamitosa e seu acervo está guardado no Instituo Ricardo Cravo Albim.



Daniel Filósofo é cronista, jornalista, profundo conhecedor de rock'n'roll, torcedor do Fluminense e radialista na Rádio Rota 220.Também escreve suas crônicas dominicais na coluna do Daniel Filósofo.












Sempre algo interessante
para contar!

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2 Comentários

  1. Como sempre uma coluna maravilhosa que só engrandece e enriquece a cultura.

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    1. Obrigado pela leitura e comentário.A nossa cultura tem sempre que ser realçada e valorizada a peso de ouro

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