CLAUSURA

 



CLAUSURA 


Um portal que libera sentimentos. 

A principal ideia é florescer tudo que é referente ao que eu observo na vida, apresentando meus Alter Egos poéticos e continuando as experiências e referências da minha existência.

Todos os textos virão com uma música que será dica para a leitura do texto,  numa espécie de pano de fundo para a leitura. 


Capítulo 06


Este conto deverá ser lido ao som de:



PROCURE SER INTENSO, NÃO EXTENSO

"O VENTO FRIO BATE, A LÁGRIMA CAI..."

Enquanto observei aquele avião subindo, tive a sensação de que, em pouco tempo, a angústia tomaria conta do meu coração...

Nunca prevemos uma separação, principalmente, se quem parte está indo voluntariamente e contra o que o destino está impondo. Tudo aí fica descoordenado e a certeza de que a felicidade é algo inalcançável, passa a ser evidente ou constante de acordo com o variado estado de espírito. Aos poucos caminho em passos irracionais em direção a um lugar indefinido, pensando apenas em como dar rumo aos meus planos, sem o apoio tão imprescindível nos momentos em que julgava ser tão fraco.

Sigo até o ponto de ônibus e os minutos de espera fazem com que eu reflita sobre o que poderia ter aproveitado. É nessas horas que percebemos o que estava próximo e nunca conseguimos enxergar, talvez por sermos dotados de ambição e prepotência e nunca sabemos medir a consequência dos atos que determinam o rumo da vida.

O ônibus chega, e o trajeto mostra lugares ótimos para serem aproveitados em momentos variados, mas que nem foram explorados em razão da monotonia imposta pela rotina, sempre inoportuna nos momentos a dois.

A saudade aperta ainda mais quando vejo algo como o nome, o rosto ou um gesto casual de alguma pessoa, que me faça lembrar que quem partiu sem previsão de retorno é alguém que faz parte de nossa vida e que, embora às vezes, estejamos de algum modo chateados com a atitude ou os devaneios, sempre estamos prontos para dividir segredos, ouvir confidências e partilhar felicidades...

Em certo momento do trajeto, decido descer do ônibus ao avistar uma praça arborizada e sinto que posso ter uma boa oportunidade de repensar certas atitudes mesquinhas e rever decisões impensadas. Sento-me na sombra de uma arvore florida e o perfume que ela emite lembra algo angelical, que remete aos tempos de criança, quando sabíamos o que queríamos mas não possuíamos força para executar e sinto falta dessa irresponsabilidade infantil, de estar distante da obrigatoriedade do sistema, onde temos que ser corretos, justos e sinceros.

Lembro dos seus questionamentos, julgando me proteger, sinto falta da variedade de desejos, do não que na verdade é um sim e da sua proteção como se eu fosse um filho único ainda pequeno.

Mas vejo que você também me compreende até quando era incompreensível entender, me entende ao dar meia volta após uma discussão boba, entende o colapso de discordar das atitudes impensadas.

Tenho saudade da abertura de fechadura quebrando o silêncio ansioso pela chegada da
pessoa querida, enfim, sinto saudade do abraço apertado após um dia inteiro de complicações...

"o perfume das flores, imensas formas delicadamente feitas para nos hipnotizar, me entorpecendo a sensação de que estás aqui, ao meu lado, me tirando o fôlego com a sua tão indispensável presença e me fazendo acreditar que te amo mais que ontem e muito menos que amanhã..."

"O vento frio bate, a lágrima cai"

Walter Sete

Walter Paz é Jornalista,  Poeta, amante das artes alternativas, eterno apaixonado pelas expressões artísticas .

Walter Paz





SIGA-NOS EM NOSSAS REDES SOCIAIS: Facebook: https://www.facebook.com/coletivearts Instagram: https://www.instagram.com/coletivemov... Blog: https://coletivearts.blogspot.com Twitter: https://twitter.com/ColetiveA CURTA, COMENTE E COMPARTILHE!

NÃO ESPALHE FAKE NEWS, ESPALHE ARTE!

COLETIVEARTS, 03 ANOS CONTANDO HISTÓRIAS, CRIANDO MUNDOS.


Sempre algo interessante
para contar!

Postar um comentário

5 Comentários