TARCÍSIO MEIRA ERA MEU HERÓI NO ANOS 1970
Corria o ano de 1973. Contava então com 10 anos de idade. Era um menino, quando vislumbrei naquela tela em preto e branco, o meu herói pela primeira vez. E que herói.
Em busca de vingança pelo assassinato dos pais, o maquinista Rodrigo (Tarcísio Meira), com sua motocicleta- bah, aí sim -, lidera uma rebelião contra o inescrupuloso latifundiário Max (Ziembinski), que domina com mão de ferro a comercialização de madeira na região. Era "Cavalo de Aço”, um dos clássicos da teledramaturgia no Brasil. Como não se empolgar com uma história dessas? Aventura certa. Não perdia um capítulo sequer. E olha que não tínhamos nem aparelho de TV em nossa casa, mas tínhamos a solidariedade do “televizinho”.
Tarcísio Meira foi meu herói naqueles “verdes anos”, assim como tem sido Clint Eastwood desde os tempos dos spaghetti italianos. Tarcísio Meira atuou no teatro, telenovela, série e no cinema. O seu Capitão Rodrigo em "O Tempo e Vento" de Érico Veríssimo, me desmanchou. Foi único. O galã, o patriarca, o cangaceiro, o D. Pedro, o ícone do "Beijo no Asfalto", o João Coragem, o eterno namorado da Glória. O Tarcisão. Ícone da TV brasileira. Tarcísio Meira nos deixou na semana que passou. Fiquei triste. Pois não haverá outro Tarcísio, um herói de verdade, como todos heróis devem ser.
Paulo Kobielski é professor de História com especialização em Filosofia e Sociologia pela UFRGS. Trabalha com fanzines e quadrinhos na educação. O sonho de Paulo um dia foi pilotar com uma motocicleta e ser chamado de Tarcísio Meira dos pampas, o "editor aqui" também confessa que nutriu esse mesmo sonho, que chorou quando soube da morte do ícone e quando leu a coluna do Paulo.
Paulo conquistou o Troféu Ângelo Agostini de melhor fanzine no ano de 2020, confira matéria aqui:
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2 Comentários
Me emocionei muito com a partida do Tarcísio. Seu texto foi uma bela celebração da obra dele. Obrigada Paulo.
ResponderExcluirO Tarcísio representou para os da minha geração. Além de ator de destaque, era um ser humano e tanto. Valeu Paloma. Aquele abraço. Te cuida aí.
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