Um personagem com 70 anos de vida editorial de sucesso na Itália e no Brasil, cultuado por milhares de fãs e colecionadores apaixonados pelo faroeste que ele pratica fazendo o império da lei ser real e imediato.
Tex representa a cultura da justiça e do colecionismo para muitos aficcionados de tal forma que se torna difícil separar se o colecionador ama mais a sua mensagem ou se é apaixonado pela figura que lhe representa.
Seja como for, salvadas as devidas licenças poéticas e artísticas inerentes aos objetivos econômicos e empresariais dos criadores e mantenedores, Tex é uma HQ e numa visão cosmopolita HQ é Cultura, com 'cê' maiúsculo. Tex é cultura, dita o ritmo de milhares de cidadãos em relação à leitura, colecionismo, estilo de vida e posicionamento social. Tex também representa a observância e o respeito e o senso da justiça que cada indivíduo deve ter.
Foi bem depois do colecionismo, já na Era Tecnológica, que ocorreram os primeiros Encontros texianos e alguns festivais e eventos reunindo adeptos fervorosos de histórias em quadrinhos pelo Brasil.
Estava iniciada a corrida aos eventos. Colecionadores texianos viajando 10 mil quilômetros para se fazer presente num evento em São Paulo, em Ibicoara, em João Pessoa, etc.
Com o avançar do tempo e a proximidade proposta pelas mídias sociais, não é mais necessário que haja um evento como condição para encontros de colecionadores texianos. Em viagens de férias ou de trabalho é possível se desviar um pouco do foco principal e visitar amigos da região em que se vai, que se está. E viver momentos de alegria contagiante com pards colecionadores.
Foi exatamente o que aconteceu em Caruaru-PE e Jampa City-PB, no domingo 24 de abril de 2022, conforme contamos e mostramos a seguir.
Encontro Texiano em Jampa City
Aos vinte e quatro dias do mês de abril do ano de dois mil e vinte e dois o dia amanheceu prometendo muito. Chuva e Sol se alternando e eu esperando a chegada da Diligência vinda de Caruaru trazendo um verdadeiro tesouro: os pards gaúchos Adão Avila e Alci Morais, guiados pelos pards pernambucanos Zenaldo Nunes e Adilson.
A vida dos gaúchos ao Recife deveria me levar até lá, mas como não pude ir, os rapazes resolveram vir até mim, embalados pelos pernambucanos que viram a chance de fazer um rolezinho com os visitantes e ainda me conhecer e bater aquele papo texiano.
Ontem, sábado, preparei o Escritório com revistas mitológicas de Tex. Expus dois banners gigantes: o Super Precioso e o Tex Show, na cobertura anexa da garagem. Ali um espaço livre para sentarmos em torno de uma fogueira e papearmos à vontade.
As visitas saíram de Caruaru, no meio do Estado de Pernambuco pouco antes das 7h e chegaram em minha aldeia às 11:30. Como haviam parado para o café na estrada, após as apresentações e reencontros calorosos e animados, ouvimos a aventura da viagem daquela manhã.
Reunidos aqui na Sala Negra em volta das revistas mitológicas os visitantes puderam se expressar e dar testemunho desse momento texiano tão bacana .
É muito legal receber esses pards porque o Adão Avila é um grande divulgador texiano, o Alci conheci na viagem realizada ao RS em 2010 para lançar o livro Tex no Brasil - O Grande Herói do Faroeste. O Zenaldo é um cosplay texiano muito importante, com belíssimos trabalhos e que eu mantinha um desejo enorme de conhecê-lo. O Adilson um novo pard para a coleção de amizades e que proporcionou a viagem sendo o guia da Diligência. E o pard Antonio Garcia, meu vizinho próximo, grande entusiasta do nosso herói e cowboy da melhor qualidade.
O grande Conselho texiano durou e trouxe muitas histórias texianas e referentes, grandes lembranças e nomes, situações e projetos, inclusive para as comemorações do próximo Dia Nacional do Tex, que mais uma vez terá a organização e projeto do ColetiveArts e já poderá contar com o Adão, com o Adilson, excelente artesão que apresentou um Kit Carson perfeito feito em resina.
Em volta da fogueira pudemos realizar o verdadeiro EnconTex e costurar as amizades. Como vocês sabem, os texianos quando se reúnem parece que se conhecem desde crianças na escola.
Ali foi o momento especial de oferecer um livro Tex no Brasil - O Grande Herói do Faroeste para cada um, mesmo quem já possui, só que dessa vez com a dedicatória própria do momento, assim dizendo: "Encontro Texiano em Jampa City - ao pard x com um abraço. Saudações Texianas - G. G. Carsan 2022"
E fomos para as fotos. Recebi uma camisa de presente do Adão e retribui com uma antiga camiseta que tinha guardada de um evento desde 2013.
Enquanto conversamos fomos beliscando uns pastéis para protelar o horário do almoço.
O Grande Lago Salgado serviu de horizonte para o nosso fabuloso almoço texiano, que não faltou o famoso bife com três dedos de altura soterrados sob uma montanha de batatinhas fritas e cerveja gelada. Mas aviso que houve pard que preferisse peixe.
Duas horas para almoçar, conversar mais, contar histórias e tomar aquele café. Rolaram novos papos, lembranças, situações, exemplos de entrega texiana, algumas defesas e ataques à editora. Resenha de algumas histórias também rolou, gosto dessa, aquela não presta. Aproveitei para contar algumas historinhas perigosas que vou colecionando ao longo do tempo.
Quando pisamos no restaurante, um senhor duns 65 anos levantou-se de onde estava com esposa e filha e instalou-se em nossa frente, totalmente surpreso em ver tantos homens com camisetas com imagens ou logomarca do Tex. Ele gritou: poxa! Vocês são fans do Tex. É um clube? Eu adoro Tex. Quero o contato de vocês.
Foi aquela festa. Conversamos um pouco e sentamos em nossa mesa e ele voltou à sua. Ele faz parte daquele universo que largou o Tex, mas não esqueceu. E agora aposentado disse: volto a ler amanhã.
Passei-lhe contato e vamos esperar para ver o que acontece. Ele já prometeu me comprar um livro.
Ao final do almoço, na despedida ele, o Luiz, voltou a se aproximar e na despedida rolou um momento espetacular, inesquecível. O Alci lhe presenteou com a Faixa Wampun. O abraço foi um quebra costelas. Rolou tanta emoção que os dois lançaram lágrimas. Foi um momento especial que só o Tex proporciona entre dois desconhecidos que tem uma paixão em comum e se entendem ao primeiro contato.
Saímos dali do restaurante comentando o Encontex que logo se desfaria. Ainda realizamos uma graça fotografando sobre a faixa de pedestres (imitando foto dos Beatles) e claro que foi uma ideia do Adão Furacão, que pensa e age.
Pouco depois nos abraçamos e despedimos com as novas promessas de novos encontros e a certeza de que Só as Montanhas não se Reencontram.
"Foi agradável, foi inusitado, foi prazeroso, foi fantástico, meus amigos, pards, recebê-los aqui na Aldeia. Percebi e senti a alegria sincera de vocês com a minha proximidade e isso paga e justifica toda a saga que já emplaquei em nome e favor do Tex. Espero que vocês continuem firmes e fortes em divulgar e viver essa alegria contagiante que o Tex nos proporciona".
Forte abraço e saudações texianas.
G. G. Carsan é cidadão do mundo, gosta de caminhadas na natureza, tocar violão nas horas de folga, passar horas na internet papeando com os amigos, escrever editoriais e matérias nos seus grupos e páginas, preparar novos livros e poesias, manter os storys atualizados, viajante internauta pelas imagens e mapas... é um escritor brasileiro cujo principal lema de vida é valorizar a justiça, a honra e o caráter; escreve histórias reais e ficções e tem dez produções lançadas entre livros físicos e e-books (o último: Pandemia Brasil – Uma Bala na Agulha). É um colecionador, divulgador e historiador do personagem de quadrinhos TEX, com uma dúzia de exposições em eventos pelo Brasil, quatro livros publicados, páginas e grupos na internet desde 2002, cinco temporadas no canal do youtube "Tex Show", uma dúzia lives na página Texianos Live Show e foi o primeiro cosplay do personagem no Brasil.
Para conhecer um pouco mais sobre GG Carsan, escute o episódio de nosso podcast, o Coletive Som, gravado com esse grande pard. Clique Aqui.
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