DIRETO AO PONTO GG


Tex - 70 Anos do Cowboy Justiceiro

O ano era 2018 e chegou o anúncio de que Tex seria homenageado no Festival de Quadrinhos de Limeira. Era o meu grande amigo Adriano Rainho, de São Paulo, confabulando comigo sobre a possibilidade de participar, de realizar um mega evento. Foi uma notícia 'destaque' no Universo texiano. Teve início o reboliço nas redes sociais. Os pards nutriram o desejo de participar, se fazerem presentes num momento tão fantástico, esperado. 

De minha parte realizei a melhor divulgação possível. A cada semana uma matéria chamativa, divulgatória e incentivante para os amigos, leitores e colecionadores de Águia da Noite. 

Fui apresentado online ao colecionador professor Renato Frigo, o organizador dos Festivais de Quadrinhos de Limeira, cidade do interior paulista, próxima de São Paulo, capital, que me passou outras e mais informações sobre o projeto. Grande cara. 

Ao longo dos meses o projeto inicial foi tomando corpo. Quando a programação foi lançada parecia coisa de cinema. Quem ainda tinha dúvidas correu em busca de passagens aéreas. 

Anteriormente, eu havia lançado três livros temáticos sobre a saga do personagem de quadrinhos Tex e realizado palestras em alguns Estados. Realizara exposições em casas de cultura e eventos de Quadrinhos, sempre sentindo e vestindo o personagem, viajando na vibe HQ é Cultura. Estive em São Paulo por 4 vezes, em Rio Grande do Sul 1, Pernambuco 3, Ceará 1.

Como poderia chegar em Limeira com as mãos nos coldres sem apresentar nenhuma munição de valor? Tex diz que se sente nu sem seus colts e G. G. Carsan idem sem um teclado .45 por perto. Eu repeti para mim mesmo que precisava de alguma novidade para apresentar no Festival.

A primeira ideia foi que se era uma data tão importante, devia apresentar algo grandioso, diferente e inesperado. Uma joia para Tex. E como seria essa joia? O que poderia impactar de verdade? "Que eu saiba fazer só pode ser livro. Não sei fazer outra coisa que seja grande. Aliás, nada é maior do que um livro em alcance, importância, retorno e serventia", pensei. Decidi que seria um livro. Foi quando me vali do conhecimento de fotógrafo e corri os olhos por uma livraria em busca do formato ideal. Encontrei algo rapidamente numa sessão especial e importante daquele castelo do saber.

Seria uma joia de luxo. Uma joia que deveria ser rara para ser valiosa. E por que não num formato diferente? Talvez um material diferenciado pela capa dura e papel de alta gramatura ajudasse. Apresentar todo colorido foi uma decisão difícil, mas foi. 

Entretanto, trabalhava mentalmente dia e noite para encontrar o conteúdo diferenciado para imprimir num material tão chique. A decisão mais importante foi optar por textos curtos que ocupassem uma ou duas páginas, de preferência página dupla - quando aberto o livro, todo o texto está visível, lado a lado. Mas, além de econômico nos textos, precisava espelhar o andamento e longevidade da saga do princípio àquele 30 de setembro de 2018.


Como colocar tudo de Tex em 120 páginas? Com pouco texto? Com muitas imagens? Sendo preciso, conciso, cirúrgico. Uma análise na minha participação em grupos apontou para assuntos que me fascinam e/ou perturbam e parti para a luta. Como sintetizá-los de forma nova e atraente?

O Festival de Limeira seria mesmo um gigante na história. Estava na programação uma Exposição na casa de Cultura Central da cidade. Exposto estaria somente o mega acervo do maior colecionador de Tex do Brasil, Adriano Rainho. Na fachada haveria super banners retratando o personagem criado em 1948, na Itália, por Gianluigi Bonelli e Aurelio Galleppini.  E o próprio Rainho estava preparando o seu primeiro livro sobre Tex para lançar no Festival. E haveria outro livro sendo impresso para o festival, da autoria dos colecionadores João Marin e Sérgio Streiechen.

Pouco a pouco consegui formatar o meu novo livro texiano. Escrevi as matérias com calma. Escolhi um software profissional e depois de muito trabalho e algum sofrimento causado por parte de tecnologias divergentes, consegui finalizar a obra.

Uma obra com status de joia rara precisava apresentar nos seus sessenta centímetros, quando aberta, algo elementar na saga texiana: uma aventura para o Tex apresentar as suas credenciais, ou seja, chumbo grosso, implacabilidade e justiça a qualquer preço. Munido de minha verve literária e dos conhecimentos de colecionador, criei um roteiro curto. Uma aventura curta e pouquíssimo conhecida, em que Tex sozinho enfrenta uma poderosa família de bandidos, da qual ainda não ouvi ou li qualquer comentário. Mas já é tempo.

Uma joia rara realizada em papel couchê, capa dura, colorida, grande formato medindo 30x25 centímetros custa caro e foi sabendo disso através de um orçamento na cidade de São Paulo, que lancei uma pré-venda de 30 dias corridos para formar um time de colecionadores apaixonados e destacáveis, capazes de compreender o momento e a valiosidade desse exemplar. E tremam portentosos senhores e memoráveis damas de ferro, 100 humanos texianos levantaram a mão e sinalizaram que sim para o livro. 

Quando informei à Sérgio Bonelli Editore que estava lançando mais um livro sobre o Tex, aconteceu um fato muito chato e quase desisti. Não foi autorizado. Cheguei a criar uma capa substituta, pois o livro estava rodando na gráfica. Horas de terror, dias de cão. Mas recorri à velha amizade com o Sergio Bonelli, in memoriam, e veio a autorização. Todavia a fritada estava feita.

Enquanto isso, Frigo anunciou que fechara uma parceria fantástica com um restaurante que serviria o famoso bife de três dedos de altura soterrado por uma montanha de batatas feitas e acompanhado por uma caneca de cerveja - o mais clássico e tradicional prato texiano. Seria o point dos cowboys e realmente tivemos um jantar memorável naquele belo local. O Festival ganhava corpo e força. Pards do Rio Grande do Sul, do Pará, da Paraíba, do Paraná, das Gerais, movimentando-se para se fazer presentes.

Mas, enquanto vários pards confirmavam presença e demonstravam toda a sua alegria e prazer, muitos outros informavam que não iriam e aja lamento. Com razão, pois um evento desses é diferente de um gibi que relemos quando queremos, é único e sem repetecos. Já definimos que para o texiano-raiz perder um evento representa uma grande decepção.

O Dorival Mythos me convidou para hospedar na sua casa em minha rápida passagem por São Paulo, o tempo suficiente para receber os livros e realizar a remessa para os destinatários, que realizei na própria sede da Mythos Editora, recebendo ajuda manual do próprio Editor de Bermudas. Os demais livros seguiriam para Limeira, alguns para entrega em mãos. Outros para venda - sim, pois mandei imprimir alguns a mais de última hora. A tiragem final ficou em 120 exemplares.

Com o livro em mãos, fazendo as dedicatórias na última página, após ler algumas matérias e folhear pela enésima vez, pude sentir que havia realizado um grande trabalho e pude me orgulhar. Ser texiano estava me concedendo uma grande alegria.

O Festival de Limeira guardou para o primeiro dia de evento a surpresa maior de todos os tempos. A soma de 10 pards vestidos como o herói, os famosos cosplays, desfilando pelo local e posando para mil fotos, enquanto ocorriam as disputadas mesas e painéis envolvendo artistas e escritores diversos. E no segundo dia as emoções se repetiram com as fotos e compras de livros e gibis.

Sempre fico maravilhado quando abro o livro numa página central e me deparo com o pôster desenhado pelo Claudio Villa em página dupla retratando o nosso amigão Tex Willer. 

É um livro, ou melhor, um álbum a serviço de Tex, que serviu para atualizar as coleções até aquele momento, recebeu uma participação feminina* e mais um pouco da juventude de Tex**. Tomo a liberdade de expressar abaixo os principais tópicos da obra, para que possam, os enigmáticos senhores e as encantadoras damas, refletirem sobre o conteúdo que foi apresentado, como podem ver:

Título:

Tex - 70 Anos do Cowboy Justiceiro

Os Colecionadores

Os Pais de Tex

O Anúncio de um Herói **

Tex e os Seus Pards

E Assim Tudo Começou

As Capas ++

Sérgio Bonelli Editore

Tex como Negócio

A Ascenção de Tex no Brasil

A Criação do Mito

Coleções Italianas

Coleções Brasileiras

Itens Comemorativos

Editoras de Tex

Mythos Editora

Brasileiros com Tex

Todas as Aventuras de Tex

O Ídolo de Cristal

Tex Mondadori Cartonado

Pôster

As 10 Melhores Aventuras de Tex

Tex - Top 10 Italiano

Mapas - Mundo de Tex

A Reserva Navajo

Bibliotex dos Colecionadores

Insights

Timeline

Uma Coletânea para os 70 Anos

10 Maiores Apuros de Toda a Saga

10 Passagens Inesquecíveis

10 Maiores Curiosidades

10 Verdades Absolutas em Tex

As Grandes Questões e o Inexplicável (na saga)

Correio do Tex

Filme do Tex

Águia da Noite

Os Grandes Amigos de Tex

Os Grandes Canalhas do Velho Oeste

Conto: Família de Bandidos

Tex e os Fatos Reais

Tex pelo Mundo

Amizade Itália-Brasil

Álbuns de Figurinhas

Tex Gold - Salvat Editora

Opinião: Tex, uma Visão Feminina *

Tex - Família

O Festival de Quadrinhos de Limeira para Tex 

 Festivais e Exposições

O Que Mais Esperar de Tex?

Galeria Representativa da Saga Texiana

Tex em Ação

Todos os Autores de Tex

Exaltação Artística

E Não Acabou...

O Autor

As matérias estão no Facebook, no grupo Tex Willer - Águia da Noite. Se quiser saber mais busque por Festival de Quadrinhos de Limeira 2018. Tem muita informação e imagens.


G. G. Carsan 

G. G. Carsan é cidadão do mundo, gosta de caminhadas na natureza, tocar violão nas horas de folga, passar horas na internet papeando com os amigos, escrever editoriais e matérias nos seus grupos e páginas, preparar novos livros e poesias, manter os storys atualizados, viajante internauta pelas imagens e mapas... é um escritor brasileiro cujo principal lema de vida é valorizar a justiça, a honra e o caráter; escreve histórias reais e ficções e tem dez produções lançadas entre livros físicos e e-books (o último: Pandemia Brasil – Uma Bala na Agulha). É um colecionador, divulgador e historiador do personagem de quadrinhos TEX, com uma dúzia de exposições em eventos pelo Brasil, quatro livros publicados, páginas e grupos na internet desde 2002, cinco temporadas no canal do youtube "Tex Show", uma dúzia lives na página Texianos Live Show e foi o primeiro cosplay do personagem no Brasil.


Para conhecer um pouco mais sobre GG Carsan, escute o episódio de nosso podcast, o Coletive Som, gravado com esse grande pard. Clique Aqui.




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6 Comentários

  1. Muito bom, caro Gê Gê Carsan ... Deve ser um livro fantástico!!! Adorei o relato, publicar livros em nosso país por vezes toma ares de "epopéias" kkkk .... Abraços!

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  2. Que legal esse livro sobre coleções do Tex.

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    1. Funciona como aquele colar de pérolas verdadeiras que as belas damas usam nas suas melhores performances. Thank you, baby.

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  3. Mais uma vez G G vai direito no ponto e nos coloca, ao menos na vontade de estar, neste místico e emcantador encontro. Não participei, mas adquiri os livros do Rainho e do G G. Inclusive o último e exemplar foi vendido, fui eu que adquiri. O que já me deixa com uma pontinha do pé dentro do festival de quadrinhos de Limeira. #VivaTex

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    1. Santas Palavras, Antonio. Se o livro foi realizado e lançado no Festival e tu, sabiamente, lho adquirisse, então, saltitantemente, salta aos olhos que de alguma forma estisses lá num verso ou multicores daqueles dias. E por analogia, talvez, Limeira veio a ti - simples assim.

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