RETRATOS DA VIDA, Comentários Informais

 

AMULETOS

Quando falamos de medo, a primeira coisa que nos ocorre é que os nossos temores vão desde coisas mais ridículas, até receios que devemos levar realmente a sério, pois podem ser perigosos para a nossa vida.

O medo sempre acompanhou o homem em todas as épocas. Desde os receios mais descabidos, até os mais assustadores. E o medo não é uma coisa ruim, pelo contrário, nos ajuda a nos prevenirmos contra acidentes que podemos e devemos evitar. Acontece que às vezes acabamos por ser a soma de nossos medos.

No entanto, os animais também sentem medo, que aliás é um sentimento que acerca a todos os seres que respiram. Animais são criaturas que procuram se proteger dos perigos, atacando quem os ameaça, ou fugindo no intuito de se defender. Mas sentem tanto medo quanto nós.

Seres humanos, entretanto, criam meios de defesa os mais diferentes, desde o uso de armas, câmeras de vigilância, cadeados e trancas para evitar a presença indesejada de intrusos. Embora os animais se utilizem igualmente de estratégias para evitar serem atacados, têm porém suas nítidas limitações.

Posto que os nossos medos nos tolham algumas vezes de tomarmos algumas resoluções importantes, ninguém no entanto em sã consciência irá andar pela rua com um elmo para não ser atingido por bala perdida, ou caminhar pela rua com receio de ser assaltado a qualquer momento. Às vezes isso até acontece quando já fomos vítimas de violência, mas mesmo assim, logo relaxamos, ou entramos em surto.

Sempre estamos procurando nos proteger de alguma maneira contra os perigos do dia a dia, nosso instinto de sobrevivência nos impulsiona a isso. E uma coisa que fazemos às vezes é procurar nos objetos pessoais uma forma de proteção, porque acreditamos que esses objetos podem ser nossa salvaguarda. Será que talismãs ou outros fetiches têm o poder de nos manter fora de perigo? A pergunta faz sentido, mas a resposta é subjetiva.

O que é um talismã de fato? É um amuleto. E para que os amuletos servem? Amuletos são objetos a que se atribuem qualidades sobrenaturais ou metafísicas, com o intuito de nos proteger contra quaisquer males, físicos ou espirituais. Seguiríamos em seguida para outro questionamento — serão realmente eficazes? A resposta também é subjetiva. Alguns diriam que sim, o amuleto lhes trouxe sorte nos negócios e no trabalho. Outros, que o mascote lhes propiciou um encontro amoroso que mudou sua vida. São experiências místicas, extremamente pessoais, e mesmo que céticos atribuam a isto pura superstição, a experiência de quem o vivenciou é o que importa.

Por isso que, o uso de amuletos, como pedras da sorte, incensos, pirâmides, ou qualquer outro tipo de fetiche — é um feito pessoal, cuja avaliação do poder de proteger ou de propiciar sorte — pode ser pura crendice, mas objeto de proteção para muitos que acreditam no seu potencial de os livrar de perigos e males.

Fernando Medina

Fernando Medina é escritor , tem Licenciatura em Letras na ULBRA e Pós Graduado em Literatura pela UFRGS, escreveu os livros ,A Testemunha (contos) e O Circo (romance infanto-juvenil). Aficionado por música instrumental tem como orquestras preferidas Ray Conniff, Percy  Faith, Nelson Riddle e o saxofonista Kenny G. Leitor prolífico tem como autores preferidos Machado de Assis, Júlio Verne, Victor Hugo e Sir Arthur Conan Doyle. Também é cinéfilo, apaixonado por filmes dos gêneros suspense e policial, e também não dispensa um bom documentário.


04 ANOS DE COLETIVEARTS,
CONTANDO HISTÓRIAS, CRIANDO MUNDOS
Não espalhe fake news,
espalhe cultura!


Postar um comentário

0 Comentários