Tempo Crono e Tempo Psi
Aprendi, nas séries iniciais, que o relógio é uma máquina que medi o tempo. Ou melhor, marca as horas. Faltou à professora trazer uma informação preciosa sobre o relógio: ele nos controla.
Como assim? Controla?!
Sim, o relógio é um instrumento que regula muitas das nossas ações.
É ele que sinaliza a hora de finalizar o atendimento com o paciente.
É ele que indica o horário para buscar a filha na escola.
É ele que aponta ter chegado o horário de levantar da cama, mesmo que a vontade seja de ficar mais um pouquinho.
O tempo cronológico é preciso. Não nos dá uma folga. Por vezes, chega até ser cruel conosco.
Quantas vezes tivemos o desejo de ficar um pouco mais na festa com os amigos, mas o Uber já estava chegando? Quantas vezes olhamos no espelho e encontramos mais um cabelo branco e mais uma linha de expressão, mesmo que nossa autoimagem não corresponda ao nosso frescor mental? Quantos sonhos temos, porém não corremos atrás por achar que o tempo já passou? O tempo cronológico do relógio passou e passa muito rápido!!!
Agora vamos para parte interessante sobre o tempo que minha professora das séries iniciais também não falou. Existe o tempo psicológico.
Como assim? Tempo psicológico?!
Ele é vivido em intensidades diferentes e é único para cada pessoa.
Um bom exemplo do tempo psicológico é como cada torcedor lida com o resultado negativo do seu time. Têm alguns torcedores que logo após o término do jogo, mesmo tendo a frustração, já falam e pensam nos resultados positivos que virão nas próximas partidas. Outros torcedores ficam raivosos e demoram para entenderem que investir energia num resultado passado não mudará o futuro do time. Estes torcedores ficam presos ao passado e não conseguem pensar novas oportunidades de jogos com sucesso.
O tempo cronológico e o tempo psicológico são peças importantíssimas no JOGO DA VIDA. A regra principal deste jogo é que o relógio vai controlar o tempo cronológico e lembre-se, ele é sempre exato. Tem um detalhe que nos favorece no jogo da vida, o tempo psicológico é controlado por nós. Nós programamos a velocidade do nosso relógio. Nós temos o comando do tempo. Agora me responda, que tipo de estratégia você tem no jogo da vida?
Você é aquele jogador que corre nos 44 do segundo tempo para fazer o gol?
Você é aquele jogador que a cada pequeno toque do jogador adversário se joga no chão e faz drama?
Você é aquele jogador que só observa, entra na área e faz o gol, levando a fama? Porém, teve todo um time que ajudou no resultado?
Você é aquele jogador que entra na partida com a convicção de que pode fazer o gol e realmente faz?
Você é aquele jogador que entra na partida com a convicção de que pode fazer o gol e não faz? Porém tira um aprendizado do resultado negativo e isto acaba sendo muito melhor do que ter feito o gol?
Somos todos integrantes no fantástico JOGO DA VIDA.
E qual é o meu jogo?
Brincar com as palavras, observações e pensamentos nesta manhã de verão com todo calor que está fazendo.
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FERNANDA ROCHA |
Me chamo Fernanda, mas para os mais íntimos, sou a Fê . Em função dos meus 50 anos, me considero uma jovem há mais tempo. Minhas linhas de expressão são meramente relatos de tudo que já vivi. Sou mãe de uma menina linda chamada Marcela. O que, pelo adjetivo, você pode notar que além de mãe, sou também muito babona. Fiz minha graduação em Psicologia na Unisinos nos anos 90. Logo após a conclusão do curso comecei a trabalhar como Psicóloga. Tenho um vasto “currículo” com cursos, formações, etc, mas nada se compara ao aprendizado frente à experiência clínica ao atender cada paciente que passou por mim nestes 23 anos de profissão. Costumo dizer ao meu marido: “Como é bom ajudar pessoas!” e foi assim que eu comecei a escrever textos sobre saúde mental (minha especialidade), contendo dicas de autocuidado e autoconhecimento para postar nas redes sociais com o objetivo de levar a Psicologia para além das quatro paredes de um setting terapêutico. Os textos circularam nas redes sociais até que recebi o convite para contribuir com o blog Coletivearts. Que delícia tudo isto! E cá eu estou. Escreverei textos com a abordagem da saúde mental frente aos perregues da vida diária. Espero que você goste.
COLETIVEARTS,
CONTANDO HISTÓRIAS, CRIANDO MUNDOS
Não espalhe fake news,não tente
golpe de estado e nem tente fechar
pontos culturais, reflita,
espalhe cultura!
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2 Comentários
Excelente! Sucesso! Sua visão e conhecimento sobre saúde mental, aliados às artes e Literaturas em especial vêm para agregar, tecendo qualidade e conhecimento!
ResponderExcluirAmei a reflexão, Fernanda! A idade psicológica realmente é bem diferente da cronológica. Tem gente de 4 anos com mais discernimento e resiliencia que pessoas de 44 anos. É realmente interessante ver a jogada que fazemos em campo e acredito que todos já jogamos (por pouco ou muito tempo) em todas as posições que tu menciona no texto.
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