A MÚSICA SEGUNDO O FILÓSOFO

 

Ratos de Porão - Brasil



Há certas bandas longevas que se mantém atual com novos trabalhos e trabalhos lançados há algumas décadas passadas. O Ratos de Porão é uma delas. Seu novo álbum é assim, recomendo a escuta. Mais irei falar de um álbum que já tem mais de trinta anos e continua sendo atualíssimo e bem relevante.

E esse álbum é o Brasil. Lançado em 1989, o LP é o quarto álbum da banda de Punk/Hardcore/Crossover brasileira. E a banda se fez valer dessas três vertentes com uma boa pitada de Thrash metal, dosando com boa qualidade. Brasil foi lançado em 1989 pela gravadora Roadrunner Records, a banda entrou em estúdio em Berlim na antiga Alemanha oriental. Com a produção de Harris Johns, mesmo produtor de Tankard, Sodom, entre outras bandas de heavy metal. E o Ratos foi uma banda inovadora por essas bandas, em ser uma banda de hardcore que fizesse um som calcado no metal.


E o disco foi marcante para a banda. A banda ficou mais profissional no palco, fez a banda ser mais conhecida no exterior. Para muitos, é considerado o melhor trabalho do ratos. São 31 minutos de um som agressivo, rápido, letras contundentes e melodia harmoniosa. O grupo estava coeso e numa fase criativa.

São 18 faixas no disco. Algumas músicas se tornaram clássicos da banda e tocadas até hoje pela banda e cantada a plenos pulmões pelo publico nos show da banda. AIDS, Pop, depressão, Beber até Morrer,
Amazônia Nunca Mais, farsa nacionalista.

Botando o dedo na ferida, a banda fez um disco bem contestador do que estava ocorrendo no fim da década de 80 no pais e na sociedade em si. Era a situação política, desmatamento, excesso em bebidas e drogas, situação econômica e teve espaço para uma paródia com o apresentador Gil Gomes, famoso na época por apresentar esses programas policialescos.

Mesmo depois de tantos anos que o álbum foi lançado, as suas letras ainda são atuais e não ficaram datadas. E a banda continua sendo relevante no Rock nacional e fazendo shows no exterior.




Daniel Filósofo 

Daniel Filósofo é cronista, jornalista, profundo conhecedor de rock'n'roll, torcedor do Fluminense e radialista Também escreve suas crônicas dominicais na coluna do Daniel Filósofo.



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