A esperada Era de Aquário, que seria primordialmente de amor e paz, cede cada vez mais espaço para a real Era do Dragão, cujo recheio é o fogo e o sangue.
E quando deveríamos estar, enquanto raça humana, unidos, irmanados, cada vez nos afastamos mais e, criando hastes antagônicas que garantam a desaproximação infinita. Estamos parecendo Planetas ocos ou invisíveis trilhando órbitas solitárias e inúteis.
Para aumentar o desagradável quadro de terra arrasada, adotamos a internet e suas facilidades para atingir o apogeu evolutivo que formata o homem: o nada.
Não importa qual seja o problema, independente da gravidade, que se dane a importância e emergência... chama no Google que resolve. O pai dos Sabichões é pau para toda obra.
Realmente, aos poucos, a internet está substituindo muitas profissões e mão-de-obra, derrubou práticas centenárias do cotidiano como escrever cartas e ler jornal ou sair para comer uma pizza. E começou devagarinho, mas em apenas 25 anos mudou o modo do Mundo girar.
E agora, cada dia mais, os humanos se ligam às receitas de alimentos, de criatividade, de transporte, de compras, de atendimento, de viagens, de estudo, de julgamento, de amizade, de sexualidade, de família... Sim, os membros da família contemporânea se veem e se falam por aplicativo, casam e transam por aplicativo, estudam e trabalham por aplicativo.
Adeus cavar um buraco, podar uma árvore, lavar o carro, passar o pano no chão, cozinhar um arroz, paquerar na praça, andar olhando para a frente. Não e nada disso, porque precisamos estar conectados acompanhando curtidas e comentários em todo o trajeto da bola.
E se ficamos ansiosos com a espera por uma palavra, uma carinha, um joinha, basta chamar um jogo e passar o tempo, mas se somos notificados de que alguém respondeu, corremos para ver quem é, o que disse, o que traz de novidade.
Sim, novidade, queremos novidades nas 24 horas da bola, interessantes e que se atrelem às nossas ideologias, que por vezes podem ser tão pífias quanto a ilusão de estarmos on e sermos up.
Ficar sem o celular é algo extremamente terrível, horroroso, perigoso, maldito. Os contatos, as senhas, os acessos, os App, o joguinho, o wats, o face, o insta... Ficar sem o aparelho é como morrer em vida.
Quando o assunto envolve crianças e adolescentes o perigo aumenta porque estes não tem o mínimo limite e obrigações que lhes façam parar. Crianças aprendem a dirigir um celular aos dois anos de idade e não aceitam parar nem para se alimentar e não querem contato e brincadeiras com coleguinhas. E estas serão os humanos do futuro próximo, próximos de robôs.
Precisamos da receita. Estamos condicionados ao algoritmo e aos ditames da indústria tecnológica que não para de fabricar chips visando nos manter presos e submissos.
E saída só tem uma: continuar procurando uma receita.
Bola = a Terra
G. G. Carsan é cidadão do mundo, gosta de caminhadas na natureza, tocar violão nas horas de folga, passar horas na internet papeando com os amigos, escrever editoriais e matérias nos seus grupos e páginas, preparar novos livros e poesias, manter os storys atualizados, viajante internauta pelas imagens e mapas... é um escritor brasileiro cujo principal lema de vida é valorizar a justiça, a honra e o caráter; escreve histórias reais e ficções e tem dez produções lançadas entre livros físicos e e-books (o último: Pandemia Brasil – Uma Bala na Agulha). É um colecionador, divulgador e historiador do personagem de quadrinhos TEX, com uma dúzia de exposições em eventos pelo Brasil, quatro livros publicados, páginas e grupos na internet desde 2002, cinco temporadas no canal do youtube "Tex Show", uma dúzia lives na página Texianos Live Show e foi o primeiro cosplay do personagem no Brasil.
Para conhecer um pouco mais sobre GG Carsan, escute o episódio de nosso podcast, o Coletive Som, gravado com esse grande pard. Clique Aqui.
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2 Comentários
Cirúrgico como sempre meu caro e nobre GG. Parabéns ao ColetiveArts que preza por espaços e conteúdos como este, e parabéns à você pela leitura precisa da vida. Tex ficaria orgulhoso pelo texto, ao mesmo tempo em que comentaria ao redor da fogueira como esse pessoal do futuro deixou as coisas chegarem nesse ponto GG. Fortíssimo e nostálgico abraço meu pard.
ResponderExcluirCirúrgico como sempre meu caro e nobre GG. Parabéns ao ColetiveArts que preza por espaços e conteúdos como este, e parabéns à você pela leitura precisa da vida. Tex ficaria orgulhoso pelo texto, ao mesmo tempo em que comentaria ao redor da fogueira como esse pessoal do futuro deixou as coisas chegarem nesse ponto GG. Fortíssimo e nostálgico abraço meu pard.
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