Fragmentos - Heráclito Noé
Atualmente vivemos em uma sociedade claramente separada por grupos. Temos os grupos políticos, os grupos religiosos, os grupos culturais, econômico-sociais e assim por diante. Torna-se realmente difícil unir todas essas pessoas em um único livro (embora sejamos todos seres humanos, habitantes do único e do mesmo planeta). Mas para Heráclito Noé, um dos nomes mais importantes da oratória brasileira, residente de Natal, Rio Grande do Norte, esse objetivo está sendo alcançado (e com sucesso!). Heráclito é “Um escritor que escreve para todas as pessoas”!
Noé começou sua carreira como educador aos 17 anos. Aos 23 anos, era diretor do Colégio e Curso Delta, um dos melhores da Capital. Sua trajetória é marcada por muitas atuações como professor, delegado da polícia civil, diretor da Academia de Polícia Civil no RN, vereador, secretário-chefe de gabinete das prefeituras de São Gonçalo do Amarante e de Natal, além de acadêmico. Seus estudos dentro da educação e da oratória são diversos e importantes para a história do seu Estado e do nosso país.
A obra “Fragmentos”, de Heráclito Noé, nos traz uma série de informações, citações e curiosidades dos mais variados nomes da história mundial e nacional. Nosso autor não exclui ninguém por suas crenças, inclusive políticas, como os fascistas (grupo de grande polêmica e revolta nas mídias sociais e militâncias). Concordo com Noé, por mais que as pessoas tenham crenças e atitudes terríveis, não podemos deixar considerar algo que elas trouxeram de positivo para o mundo. Todas as informações são válidas, de acordo com o ângulo em que observamos.
Outro aspecto importante da obra é que sua linguagem é simples, feita para todos os tipos de leitores. Ainda lembro de um dos meus professores de literatura da faculdade mencionando que a citação é uma das formas mais inteligentes de afirmarmos nossas opiniões. Através da citação, podemos evitar expressar nossos defeitos de oratória e enaltecermos a nossa opinião com clareza e base. Nosso querido autor de hoje nos presenteia com a mais bela possibilidade de encontrarmos nossas ideias em grandes nomes da história - ele é como a tocha de luz dentro da caverna labiríntica. Com essa luz, podemos escolher nossas direções com mais consciência e aprofundarmos em outras leituras.
Para conhecer melhor o escritor, o Arte e Cultura foi conversar com ele:
Como o Heráclito Noé se define?
Como a escrita entrou em sua vida?
O senhor teve várias carreiras diferentes em sua vida, palestrante político, qual o
valor de cada uma em sua vida e se tivesse que recomeçar o que faria diferente?
Por que o leitor tem que ler “Fragmentos”?
Quais as suas maiores influências?
O que o senhor anda lendo, escutando e assistindo?
Deixe aqui uma mensagem para o público só Arte e Cultura.

Recomenda a leitura de sua obra Fragmentos para todos os estudantes, professores, jornalistas e demais curiosos, amantes da oratória. É uma enciclopédia! Assinala que a superficialidade das redes sociais nos mantém distantes dos verdadeiros autores das mais conhecidas frases. É importante mergulharmos na origem do que pronunciamos. Ele diz: “se você perguntar de quem é a frase ‘Navegar é Preciso, Viver Não é Preciso’, muitos não saberão e os que ousarem responder dirão que é de Fernando Pessoa. É de Pompeu, general romano, que o poeta português utiliza em uma de suas poesias.”
Diante da pergunta sobre as suas maiores influências, ele responde de forma simples e objetiva, mas que carrega grande profundidade: a bíblia.
Atualmente, está lendo todas as obras dos historiadores Laurentino Gomes, Mary Del Priore e Lilia Katri Moritz Schwarcz. As consideras leves, agradáveis e instigantes. Aponta para as linguagens coloquial e jornalística presentes nestas leituras.
Para finalizar, nosso ilustríssimo amigo escritor deixou uma mensagem à nós, público da Arte e Cultura do ColetiveArts. Encerro esta entrevista com suas palavras, que inspiraram meu coração e - certamente! - irá inspirar os corações destes leitores também:
“Numa carta do escritor Mário de Andrade para o nosso conterrâneo genial, folclorista Luís da Câmara Cascudo, consta um comentário do autor de Macunaíma sobre a elite brasileira. Ele dizia que nos palacetes da burguesia era comum encontrar penicos caríssimos de porcelana, que pareciam uma obra de arte, mas não existia um exemplar de um livro sequer. Prova disso são as operações policiais nas mansões dos políticos envolvidos em falcatruas. Nenhuma biblioteca. Quando muito, obras de arte, como meio de lavar o dinheiro adquirido de forma pouco republicana.
O Brasil teve um atraso de 300 anos para criar os seus cursos superiores. O que só ocorreu depois que a Família Real Portuguesa, chefiada por Dom João VI, chegou ao Rio de Janeiro, fugindo do exército de Napoleão que invadia Portugal em 1807. Muito antes foram criadas as universidades de São Domingos (1538), San Marcos, (Peru, 1551), México (1553), Bogotá (1662), Cuzco (1692), Havana (1728) e Santiago (1738).
Portanto, esta última mensagem é para destacar a importância da leitura e da educação para recuperarmos o tempo perdido. O meu livro, com textos curtos, pode atrair leitores ávidos por informação que não sabem por onde começar. Esse material poderá abrir portas para leituras mais aprofundadas. Esse é o objetivo.”
“Fragmentos” é a colcha de retalhos que precisamos em nossas vidas para aquecer nossos corações neste ano de 2023.


Miriam Coelho |
1 Comentários
Está matéria foi realmente um Super Bom Dia. Agradeço demais ao timoneiro Jorginho e parabenizo de "muitão" a redatora Miriam Coelho pelo excelente trabalho. Show.
ResponderExcluirE hoje o dia é dedicado aos Fragmentos lançados por Heráclito Noé.
Sucesso, amigo!