Depois do término dos Malditos Teclados Bailarinos e início da Ponto Cego, eis que surge outro projeto que também buscará a aperiodicidade como um não compromisso a ser seguido. Será uma espécie de testamento lido após a morte da coluna original. Algo soturno e sombrio que envolve o nada absoluto do pós morte. Uma herança maldita espargida pelo conta gotas mental deste que se derrete nas profundas angústias e sofrimentos dos labirintos existenciais.
"Obrigado por nada
Obrigado a nada"
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Ir de encontro a loucura
Flertar com ela
Copular enquanto a criatura enfia as unhas nas suas costas
Perder qualquer tipo de senso
Fazer um pacto com o desatino
Não ver sentido em mais nada
Não ter ao menos os ossos das sobras para roer
Estar submerso em um plasma abjeto
Cansado com o peso da cruz
No vazio absoluto da descrença total
Observando a carniça torpe a se deteriorar
Enquanto minha própria carcaça se desfaz
Fabio da Silva Barbosa |
1 Comentários
Lindo, soturno, visceral...
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