VERSOS AO VENTO

Versos ao Vento

Bem-vindos/as a Coluna Literária “Versos ao Vento”, um espaço onde palavras flutuam leves, livres, e carregadas de emoção. Aqui, você encontrará o sopro da poesia em suas formas mais variadas, desde versos delicados até prosas poéticas que emergem do cotidiano e do íntimo. Esta coluna é um refúgio para quem busca a beleza nas entrelinhas, para quem se permite sentir com a sutileza de uma brisa suave,  como também, como uma erupção vulcânica. 

Em *Versos ao Vento*, cada texto é uma viagem. Você será convidado a passear por sentimentos, memórias, reflexões e devaneios, navegando por paisagens internas e externas. Este é um lugar para respirar poesia, para se deixar levar pelas emoções e pensamentos que se entrelaçam, formando uma tapeçaria de significados e sensações. Ao ler esta coluna, espere ser tocado por palavras que se desenrolam como um vento brando, leve, mas que, vez ou outra, pode te pegar de surpresa com uma rajada de intensidade.

Aqui, a poesia é viva, pulsante, e está sempre ao seu alcance. Sinta-se à vontade para soltar as amarras e deixar-se levar pelos versos ao vento.

 Macieira I

Vislumbro sob o horizonte

e lá está ela, tão bela aos olhos

das manhãs primeiras, fonte

matinal dos meus pecados

desnudos, da minha vontade

em tê-la na pura profanidade.


Podem dizer que é vaidade,

que não há limite para idade,

tampouco importa temporalidade

desde que o sonho seja realidade

inocula do coração em grandeza

para que da terra brote beleza.


Era sombra de primavera

ao pé das macieiras vermelhas,

donde a grama verde faz orvalhar

nossos corpos às cinco e meia;

pondo pólen à natureza em centelhas

desprendidas de nós em brasa no ar.


Valha-me céus! Tão rosada tuas

maçãs quanto as aveludadas da face,

se brincasse chorava de felicidade

inda mesmo na flor terceira da idade,

pois assim, tão belo é o enlace

dos prazeres sentidos que provocas.


Qualidades sensíveis no amor das coisas,

da propensão lascívia que tenho,

do prazer sensitivo que bebo

a desaguar volúpias

nas tuas rosas.


Andréia Kmita

Andréia Kmita é natural de Campo Mourão - Paraná (25/04/1977), região Sul do Brasil, migrou com a família de ascendência italiana e ucraniana para o Norte do país. Docente na Educação Básica (Ensino Médio) na SEDUC/MT desde 1992. Graduada em "Letras"(1999/FADAF). Mestre em Literatura e Crítica Literária (2018/PUCSP). Pós-graduada em “Psicologia e Coach” (2020/Faculdade Metropolitana de Ribeirão Preto - SP). Em 2021 cursou “Terapia Cognitivo-Comportamental: Princípios Teóricos e Epistemológicos” e “Introdução a Psicanálise Freudiana” no Portal de Psicologia (in)Formação. Fez parte de grupos de pesquisa na PUC-SP sobre poesia e crítica literária em 2015 e 2016. Integrou o grupo de pesquisa da Profa. Dra. Telê Ancona Lopez USP (FFLCH) 2015/2016/2017 sobre o “Trabalho do Crítico”. Atuou como Coordenadora Pedagógica na escola especializada em Educação no Sistema Prisional de Mato Grosso de 2019 a 2020, onde escreveu documentos de suma importância para o Estado de Mato Grosso no segmento educacional PPL (Privados de Liberdade). Em 2021, iniciou o Doutoramento na FLUC (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra) em Línguas Modernas: Culturas, Literatura e Tradução. É Poetisa, escreve contos e roteiros de curtas, escritora de projetos políticos educacionais e culturais. 

"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."
- Ricardo Mendes

COLETIVEARTS, 06 ANOS DE VIDA,
CONTANDO HISTÓRIAS, 
CRIANDO MUNDOS!


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