ZELITO VITROLA, O SINCERO COMBATIVO NAGÔ

 NEGOVEISMO MUSICAL

E o verdadeiro patriotismo

Sou um nego véio que amava os Beatles e os Rolling Stones, mas hoje também sou o mesmo nego véio que ama Chico Buarque e Caetano Veloso, e que também venera Gilberto Gil e Milton Nascimento, Paulinho da Viola e Luiz Melodia, Cartola e Noel Rosa, Nei Lisboa e Vitor Ramil. Sou nego véio que admira Tom Jobim e Vinicius de Moraes, João Gilberto e Baden Powell. Amava também The Doors e Pink Floyd. 

Afinal, eu era um garoto afro-brasileiro que amava Legião Urbana e Engenheiros do Hawaii, mas que também amava Jovelina Pérola Negra e Clementina de Jesus, Alcione e Beth Carvalho, Adriana Calcanhoto e Marisa Monte, que também amava Gal Costa e Elis Regina, Clara Nunes e Elza Soares, João Nogueira e Paulo César Pinheiro, Aldir Blanc e João Bosco, Gonzaguinha e o alagoano Djavan, Dick Farney e Emilio Santiago. Amava Michael Jackson e Madonna, amava Cássia Eller e Jackson do Pandeiro. Amava os baianos Dorival Caymmi e Raul Seixas.

Sou Emicida, sou Criolo, eu sou Marcelo D2 e sou Mano Brown nas quebradas. Enfim, sou um nego véio que gosta da música, independentemente da nação, da língua, do credo, da religião e da cor. 

Sou as abertas portas da percepção, sou eu quem dança na areia do Saara, sou eu quem canta em nagô, mas também sou eu quem chora em iorubá. Sou um preto, mas nem tão forte assim, sem brincos de ouro na orelha. Sou trash, sou punk, sou o denunciante Rap, sou inclusivo Hip Hop, sou o contestador rock'n'roll, sou rhythm and blues, sou ijexá, sou a malemolência do jongo, o batuque sincopado, a indolência do samba de breque, o partido alto, o samba exaltação, a palma da mão em samba de roda, a cadência de um samba enredo de uma escola em evolução. 

Sou o rock progressivo, sou frevo, sou bossa nova, sou o chorinho, sou maxixe, sou heavy metal, sou indie rock, sou forró, sou o xaxado e sou milonga, sou o suinge do samba rock, sou visceral tal qual um bom bolero ou samba canção.

Por fim, sou eu assim; atento e de viés, sou a mais pura e genuína sensibilidade, sou eu a diversidade em gêneros musicais; travestida em suntuosas e insinuantes melodias. Ah... o NEGOVEISMO.


PS: Zelito Vitrola degustava cada nota desta música dos ingleses Rolling Stones enquanto escrevia essas mal traçadas linhas. 



Zelito Vitrola

 ZELITO VITROLA - seu lugar de combativa fala nagô e a melodias dos seus ancestrais.

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- Ricardo Mendes

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1 Comentários

  1. Saudações ao maravilhoso ecletismo que abrange a boa música! Só os sensíveis com bom ouvido são capazes disso.

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