Bebê Reborn, A Sensação Do Momento
O assunto desta semana não poderia ser outro que não a nova moda. Tenho acompanhado várias notícias e opiniões a respeito. Primeiramente, estranhei o fato de pessoas querendo adotar uma boneca como se fosse um bebê. Mas susto mesmo eu levei com a proporção que tomou.
O que leva alguém a agir como se o boneco tivesse vida própria. Brigar na justiça pela guarda da "criança", fazer festa, como se fosse algo normal? Seria carência? Com tanta gente no mundo, crianças passando necessidade, precisando de um lar? Eu ainda estou tentando entender qual o sentido e o porquê isso começou.
Ultimamente tem surgido coisas tão estranhas que, quando acho que nada pode me surpreender, aparece algo ainda mais chocante. Talvez porque as pessoas andem esgotadas, carentes de novidades. Mas fico me perguntando se elas não acabarão ficando paranoicas, achando que estão lidando com pessoas de verdade? Se tal fato não acabaria prejudicando seu emocional, fazendo com que perdessem a sanidade?
Não sei dizer se é cômico ou trágico. Será que quem criou essa moda imaginou que se tornaria algo tão sério? Quero ver onde tudo isso vai parar. Tomara que seja algo momentâneo, só por ser novidade. Que as pessoas levem mais numa boa, sem exageros. Tudo questão de tempo.
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Mabel Südikum Gomes |
3 Comentários
Esses "bonecos" reborn são perfeitos. Alguns mexem os olhos, as mãos. Talvez eu compre um por curiosidade. Mas a problemática de acreditar que pode ter direitos civis em ambientes públicos e particulares é sair do contexto emocional e prontamente exige-se um Psiquiatra.
ResponderExcluirA venda do Bebê Reborn é antiga. Há mais de 10 anos que existem pessoas que fabricavam bebês parecidos com crianças de verdade para vender. Tinham pessoas que compravam, assim como compram bonecos de fadas, duendes e bruxas. Era algo normal.
ResponderExcluirO grande problema é que as pessoas andam extremas. Tudo é extremo! Ou eu amo, ou eu odeio, ou eu sou do time A e não questiono nada, ou eu sou do time B e também não penso. Ou eu só assisto tal coisa e crítico quem assiste a outra, ou eu assisto a outra e abomino tal coisa. Ou agora eu tenho um bebê Reborn que é tudo para mim, ou eu não tenho bebê reborn e acho tudo isso ridículo. Não estou generalizando, mas tem uma maioria envolvida nisso.
Uma das reflexões que saiu sobre o bebê - e que eu concordo - é que essas pessoas andam adoecidas e vazias. O vazio é de si mesmo. Quem sou eu, além daquele que trabalha, estuda e paga as contas? Antes alguns preenchiam isso com animais, vizinhos de estimação que tu podia ser grosso, ignorar ou até pisar no rabo que eles continuavam te amando (diferente de pessoas). Agora a dificuldade com a frustração e a falta de vontade de dar tempo para algo está tão grande, que um boneco se tornou a melhor opção. Pode pegá-lo a cada 15 dias, depois de um mês, etc, que ele bão morreu e nem fugiu. Projeta a sua dor com carinho no plástico e pode voltar a sua rotina.
Realmente é muito louco tudo isto!!!! Muitos questionamentos surgem nesta polêmica, mas com certeza há uma carência no meio disto.
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