CINE METRÓPOLE

 Um Filme Minecraft

Filmes de games não são novidade. Mas adaptar um game como Minecraft parecia improvável a alguns anos. O gráfico peculiar do jogo nos deixava cético, quanto a isso. Mas não é que o diretor Jared Hess, diretor de Napoleon Dynamite (filme que já analisamos aqui), conseguiu fazer um filme não só aceitável, mas divertido?

A história nos leva até Natalie (Emma Myers, a Enid de Wandinha) e Henry, irmãos que voltam para a cidade natal da mãe, para recomeçar a vida, depois da morte dela. Enquanto Natalie tenta a vida como RP de uma empresa da cidade, Henry, um talentoso e criativo garoto, tenta escapar do bullying na escola. Ele acaba ficando amigo de Garrett (Jason Momoa, hilário), um decadente astro dos jogos de fliperama, que é dono de uma igualmente decadente loja de quinquilharias retrô. Natalie acaba ficando amiga de Dawn, uma corretora e 854 outras coisas, alucinada e acelerada que tenta ajudá-la em seu recomeço. 

A vida dos 4 vai mudar drasticamente quando eles encontrarem o Orbe e o Cristal, objetos que abrem um portal para o Minecraft, um overworld escondido aos olhos humanos. Lá, eles conhecem Steve (Jack Black, sempre louco e apaixonante), um humano que encontrou acidentalmente uma passagem para Minecraft e se tornou feliz lá, deixando uma existência medíocre e infeliz para trás. Juntos, eles enfrentam Malgosha, uma bruxa que sonha em acabar com toda a criatividade, o que automaticamente destruiria o Minecraft.

Minecraft é um clássico filme de game, com easter eggs e fan services ao gosto do freguês e que entrega aventura, diversão e atuações engraçadas na medida certa. E ainda traz mais uma divertida atuação de Jennifer Coolidge, a diretora da escola de Henry, que esbarra sem querer num aldeão, que escapa do Minecraft e vai parar no mundo real.

Vale sua hora e quarenta e ainda tem duas cenas pós créditos que deixam a entender que uma sequência virá.

Um Filme Minecraft está disponível na HBO e Prime Vídeo.

TRAILER:

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Davison Silveira

Davison Silveira é escritor e sonhador. Não ganhou dinheiro com nenhuma das duas, mas continua achando que as respostas da vida estão em alguma canção do Belchior, num disco de Dylan, num livro de Kundera, numa revista do Asterix e nos beijos de Denise. Para ele o sentido da vida é Centro-Bairro. E segue sua vida esperando o retorno daquele que veio dos Céus para nós salvar: Goku. Ou que finalmente resolvam fazer a versão 600 ml do refrigerante Teem

"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."

- Ricardo Mendes

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