Sou como um dia que nunca foi um olhar cego ao horizonte finito, justo comigo, com atos de inimigos que, ao espelho de ossos expostos, com um cheiro de pele de novilho e gordura dentro das dentaduras, postura feita ao bico da gaivota no ombro direito de um agiota que recebe em troca uma dúzia de moedas furadas.
Nesse dia quase raiado que não dormiu e está cansado pra nascer, e na sua falta veio a lua pra brilhar, trazendo o dia com lobos e vampiros livres das correntes do sol. Nesse dia lunar, eu saio pra beber a água sagrada com uma espada enterrada na pedra sagrada, na penumbra da floresta negra com gemas e cristais, e um espírito ancestral no coração, na natureza mãe, com danças e lembranças de uma criança que sorri e se acha pequeno entre pontos e ponteiros que sabe o local dos campos de ginásios que me chamou com teu grito de um genuíno amigo, criando um dicionário de assobios que, ao fechar um pouco os lábios, sai o som que você escuta com os pulmões enchendo teu corpo de raízes e folhas.
Nessa melodia voadora, na ponta da mata nua, no deslumbre pintado à mão, junto de frutas secas, em um puro encanto emplumado de cores selvagens de galhos tortos, completando a teia da aranha junto dos altos galhos, faço minha armadilha, que nela são colados insetos nada discretos.
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Samurio |
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