Vale Tudo?
Apesar do título, esta coluna não é sobre a novela que acabou recentemente. Mas tem relação com o tema. Já faz alguns anos que realityes shows estão em evidência na televisão brasileira.
Começou com a extinta Casa dos Artistas, no SBT. No ano seguinte, a Globo trouxe o BBB. E, posteriormente, surgiu A Fazenda, na Rede Record. Confesso que, no início, gostava de ver o comportamento das pessoas. Mas, com o passar do tempo, o nível foi caindo. E, para mim, foi perdendo a credibilidade.
O que mais se vê, nesse tipo de programa, é baixaria. Gente fazendo de tudo para se dar bem, nem que tenha que passar por cima do outro. Eu comecei a assistir à última temporada de A Fazenda (atualmente no ar), por ser muito fã da atriz venezuelana Gabriela Spanic (famosa por protagonizar a novela A Usurpadora). Gaby já vinha dando sinais de insatisfação com o que via dentro da casa. E, na última semana, acabou provocando a própria expulsão, ao agredir uma das participantes. Ela explicou que o fez, para que a outra reagisse. Pediu a ela que revidasse, que mostrasse do que era capaz. Que não baixasse a cabeça.
Embora muitos não entendessem sua atitude, Gaby deu uma verdadeira lição de que não se sujeitaria mais a humilhações. Mostrou o quanto é empática e solidária com os que precisam. Seu maior embate era com o participante Fernando Sampaio, dizendo que ele só era valentão com as mulheres. Ela também frisou que sofria bullying, devido a seu jeito de falar e por ser de outro país.
Sua saída do programa foi estratégica, soberana, deixando um recado para se refletir. Afinal, vale a pena nos sujeitarmos a qualquer coisa, tramar pelas costas, agredir uns aos outros, tolerar o que não merecemos, pelo dinheiro? Precisou vir alguém de outro país para dar exemplo. Gaby Spanic mostrou o quanto é gigante. E isso só fez com que minha admiração por ela aumentasse.
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| Mabel Südikum Gomes |
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| Sempre algo interessante para contar! |
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