TRÊS PITACOS NERDS

 1. Filme: Pecadores

Filme de Ryan Coogler que se passa no início do século XX abordando o vampirismo e tendo a atmosfera do Blues como premissa. O filme é muito mais do que um Thriller de terror, como pode parecer. Coogler aproveita muito bem a magia do Blues e toda sua aura mística para mostrar o poder desse estilo musical afro-estadunidense. As lendas do poder dos músicos de Blues e suas relações com o sobrenatural estão presentes. Mas não é só isso, o filme também mostra as questões sociais e o racismo da época, além de ótimas cenas de ação. A trilha sonora é fenomenal, só ela já vale o ingresso. A cena em que temos uma analogia da música contemporânea e o legado do Blues ficou perfeita. Por fim, a homenagem à lenda viva do Blues, Buddy Guy, foi emocionante. Filmaço!

2. Série: El Eternauta

Série Argentina de Bruno Stagnaro baseada na HQ de Héctor Oesterheld e Francisco Solano López com Ricardo Darin interpretando o herói Juan Salvo. A história é uma excelente ficção-científica, com ação na dose certa, ótimos diálogos, boa trilha sonora e mensagens humanistas importantes. A série trouxe a HQ para os dias atuais e isso foi um acerto. Mesmo como adaptação livre, a essência de Oesterheld permanece, em especial no discurso da coletividade, mesmo quando questões individualistas batem forte entre os personagens. Outro aspecto legal é ver algo fora do cenário dos EUA. Para quem já esteve em Buenos Aires, o cenário da série se torna mais familiar.

3. Documentário: Umbunto - Eu Sou Porque Nós somos

Uma ideia na cabeça, uma máquina na mão e um filme importante surge para discutir ações da periferia. Umbunto: eu sou porque nós somos é um documentário realizado por Henrique "Zique"; Reis sobre um projeto da periferia do município de Alvorada/RS. Além de mostrar o projeto em si, o filme aborda questões de referência da matriz africana, do racismo social e do racismo ambiental, esse que é pouco abordado, mas fundamental. Tudo isso mostrando como plano principal a importância da ação coletiva e o protagonismo dos agentes periféricos. Sem ser didático, mas uma aula de Sociologia. Disponível no youtube.


Denilson Reis


Denilson Reis é roteirista e fanzineiro. Edita fanzines desde 1987, quando lançou o Fanzine Tchê, em circulação até os dias de hoje. Edita também fanzines temáticos (rock, blues, cinema...), e revistas independentes (Peryc, Quadrante Sul, O Gaúcho, Gibi do Terror). Lançou o álbum Zinebook Tchezine v1 e v2 pela Criativo Editora. Denilson tem participado dos principais eventos de quadrinhos como BienalHQ (PR), FIQ (BH) e CCXP (SP). Já foi agraciado com os prêmios: Troféu Risco (1988), Prêmio DB Artes (2010), Troféu Angelo Agostini (2012, 2018 e 2022).

"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."

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