A MÚSICA SEGUNDO O FIILÓSOFO

 


Jamelão


“Não sou puxador de samba, sou interprete”. Assim dizia José Clementino Bispo dos Santos, ou simplesmente Jamelão. O cantor se tornou um símbolo da estação primeira de Mangueira. Por anos foi interprete da escola de samba no desfile da escola na Sapucaí.

Há quem pense que Jamelão só se destacava por cantar no carnaval. É um ledo engano. O bom cancioneiro tinha uma potência vocal, característico dos cantores de sua época. Foi um dos melhores cantores de samba canção. Crooner de extrema qualidade começou a cantar em gafieiras e em programas de calouros. Um deles foi o programa Calouros em desfile de Ary Barroso na rádio Clube do Brasil. Nos anos 50 foi cantor da orquestra Tabajara do maestro Severino Araújo que o produziu e acompanhou em vários shows.


Em 1955 grava Folha Morta de Ary Barroso, samba canção que fez um sucesso enorme. Além dessa, gravou leviana (Zé Kéti) e Deixa de Moda (Pandeirinho).Isso na gravadora Continental. Em 1956,grava Exaltação a Mangueira, que se tornou um hino de exaltação a escola e é usada até
hoje.

Em 1972 grava o álbum, Jamelão interpreta Lupicínio Rodrigues, álbum esplêndido e recomendável a audição. Algumas músicas do compositor gaúcho ficaram marcadas na voz de Jamelão.


No carnaval de 1994, dividiu o samba-enredo da Mangueira com outros cantores. Cantou o samba “Atrás da verde rosa só não vai quem já morreu” com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Bethânia, para o disco de samba enredo das escolas de samba do grupo especial do ano de 1994. Na mesma década de 90, dividiu o canto na estação primeira com a escola de samba paulista, Unidos do Peruche, ficando de 91 a 93.

Em 1998 ganhou o seu sexto estandarte de ouro como interprete de samba-enredo no carnaval carioca. Em 1999, foi eleito o interprete do século do carnaval. Nos anos 2000 mais honrarias. Em 2001 foi empossado presidente de honra da estação primeira de mangueira e no mesmo ano recebeu a Medalha da Ordem do Mérito Cultural das mãos do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Em 2005, já com 92 anos, desfilou na passarela da São Paulo Fashion Week, para grife Poko Pano.

Depoimento:

Jamelão o que tinha de mal humorado tinha de bom cantor. Passou a vida colocando seu belo timbre de tenor a serviço dos sambas enredo da Mangueira e os sambas-canção de dor de cotovelo - de Lupicinio, sobretudo, Lúcio Cardim, Ary Barroso, Antônio Bruno e tantos outros. Ainda teve tempo de compor clássicos do samba como "Esta melodia", "Eu agora sou feliz" e "Quem samba fica".(Rodrigo Faour)












Rodrigo Faour é crítico musical, jornalista, produtor musical e historiador de música popular


Atrás da verde rosa só não vai quem já morreu:




Daniel Filósofo é cronista, jornalista, profundo conhecedor de rock'n'roll, torcedor do Fluminense e radialista Também escreve suas crônicas dominicais na coluna do Daniel Filósofo.














SIGA-NOS EM NOSSAS REDES SOCIAIS: Facebook: https://www.facebook.com/coletivearts Instagram: https://www.instagram.com/coletivemov... Blog: https://coletivearts.blogspot.com Twitter: https://twitter.com/ColetiveA CURTA, COMENTE E COMPARTILHE!

NÃO ESPALHE FAKE NEWS, ESPALHE ARTE!

COLETIVEARTS, 03 ANOS CONTANDO HISTÓRIAS, CRIANDO MUNDOS.


Sempre algo interessante
para contar!





Postar um comentário

4 Comentários

  1. Que belo resgate! Sou fã de Jamelão, a potência de sua voz surpreende! Um dos grandes intérpretes da música brasileira. Ótimo!

    ResponderExcluir
  2. Um dos melhores cantores de Samba canção

    ResponderExcluir
  3. Parabéns por mais uma coluna fantástica... sou teu fã

    ResponderExcluir
  4. Obrigado por ter curtido a coluna meu querido fã

    ResponderExcluir