MANTTRA "UM LUGAR NO CERRADO"
E OUTRAS HISTÓRIAS
Brasília sempre nos trouxe grandes surpresas musicais, desde Legião Urbana, Plebe Rude, Capital Inicial, passando por Raimundos, Natiruts, Cogumelo Plutão e chegando até a Manttra.
A Manttra conta com Leonardo Neves (vocal/guitarra), Luiz Gusmão (baixo) e Cau Delvechio ( bateria), ela iniciou as atividades em 2018 bebendo direto do DNA do rock brasiliense, busca aliar lirismo e liberdade para criar uma atmosfera sonora aberta a representação do mundo contemporâneo.
Recentemente a banda lançou seu quarto single "Um Lugar no Cerrado", e está se preparando para o lançamento do seu primeiro álbum que já tem nome, e que espetáculo de nome: "A Viagem de Ulisses", é a gurizada manja muito mesmo. No Single Um lugar no Cerrado a banda abre seu leque de influências em um punk rock com um lirismo cativante que remete ao que de melhor foi feito no cenário musical nos anos 80 e 90, tudo sem perder a autenticidade. confiram:
Um Lugar no Cerrado:
Mas quem acha que a Manttra fica restrita apenas ao punk (muito bom aliás) se engana redondamente, é só escutar os versos de "Adeus Brasília" para entendermos a maravilhosa complexidade da banda e que estamos diante de um digno representante do rock brasiliense, impossível escutar uma vez só, confiram:
Adeus Brasília:
E para falar um pouco mais da Manttra, nada melhor que uma entrevista com um dos seus membros e quem me atendeu primeiro foi o baixista Luiz Gusmão que gentilmente me passou o vocalista e guitarrista Leonardo Neves.
Vamos Lá:
Jorginho: Como surgiu a Manttra?
Leonardo Neves: Primeiramente, faço uma saudação à galera de Gravataí e aos leitores do ColetiveArts, por todo o Brasil. O conteúdo do site é incrível e eu estou muito feliz de poder ter esse papo com vocês. Muito obrigado mesmo!
Bom, a banda Manttra é um power trio radicado em Brasília e que na composição tem um pernambucano, um paulista e um candango (quem nasce em Brasília). O Luiz Gusmão toca baixo, o Cau Delvechio destrói bateria e eu, Leonardo Neves, arranho na guitarra e faço o vocal.
Antes de nos conhecermos, cada um tinha sua própria banda cover. Um dia, coloquei um anúncio no Facebook procurando alguém para tocar baixo no Café Pornô, que era a banda que eu participava. O Luiz Gusmão respondeu esse anúncio e apareceu no estúdio, no dia combinado para o teste. Ele foi lá e, de cara, acertou tudo das músicas. Foi engraçado, porque, em apenas 15 minutos tocando, ele já podia ser considerado o melhor músico de toda a história daquela banda. O Luiz entrou para a composição do Café Pornô, mas, ao mesmo tempo, eu precisei sair e, por isso, não tocamos muito tempo juntos.
Mais ou menos um ano depois desse contato inicial, o Luiz me chamou para fazer jams com um povo meio maluco e desconhecido. Eram o Cau Delvechio e a Caroline Nascimento, uma loira que fazia um vocal feminino muito potente e motivo. O negócio das jams não foi para frente e cada um acabou seguindo para outros projetos. O Cau montou a banda QE 40, cover de grunge, o Luiz montou o Los Cervejeiros, com clássicos dos anos 1980 e 1990, e eu continuei sem banda mesmo, cuidando de outras coisas.
Em 2017, eu passei por umas merdas na minha vida. Busquei atividades para relaxar e colocar minha cabeça no lugar, foi aí que peguei o violão e comecei a escrever as letras e compor as músicas de uma obra que, pelo momento de dificuldade, eu queria chamar de “A Viagem de Ulisses”, uma referência à história do Ulisses da mitologia grega.
Após compor 10 músicas, fiz alguns registros de áudio e mostrei para o Cau e o Luiz dizendo “Caras, o que acham desse material? Vamos tocar?”. Fizemos alguns ensaios, em março de 2018, e eles gostaram muito das músicas, mergulharam no processo criativo e assim surgiu a banda Manttra, que em princípio devia se chamar banda Caos Calmo, mas isso é outra história.
Jorginho: Quais as influências da banda?
Leonardo Neves: Entre os 3, esse negócio das influências é bem heterogêneo. Para falar a verdade, eu nem sei como influências tão diferentes convergem fazendo funcionar o processo de construção das nossas músicas.
Por exemplo, sei que o Luiz gosta muito do álbum Nevermind do Nirvana, ele tira muita coisa dali, gosta do Ten do Pearl Jam, gosta do álbum Dois da Legião Urbana, e do Use Your Illusion, do Guns and Roses. Então, você nota que é um espectro que parte do grunge, tem coisa do punk de Brasília, Hard Rock da Califórnia. Ele gosta muito dessa vibe dos clássicos, gosta de Faith no More, de uns hardcore também. O gosto dele para o rock é bem amplo.
Já o Cau Delvechio, tem gostos bem mais específicos. Ele seleciona mais. Algo natural, pois a formação musical do Cau tem algumas raízes no Heavy Metal. Sei que o Dirt, álbum do Alice in Chains, é um dos preferidos dele. Na minha opinião, esse é realmente um álbum muito bonito, o Cau sempre fala das guitarras pesadas, andamento cadenciado e daquela atmosfera sombria.Falando sério, é de arrepiar quando ouvimos com atenção e percebemos que o Layne Staley estava cantando de peito aberto toda aquela dor, aquilo tudo é ele desnudo nas músicas, em cada nota.
Por fim, eu, Leonardo, sou o menos roqueiro dos integrantes da banda. Tenho muitas
referências da MPB, coisas que ouço desde criança tipo Clube da Esquina, Maria Bethânia, Tom Zé, Chico César, Clara Nunes. Eu sou muito viciado em letras bem escritas, por isso gosto muito das construções da música brasileira. Quando vou para o rock, o que eu quero são aquelas coisas que vão torcer as minhas ideias, tipo Jupiter Maçã, Mutantes, Rogério Skylab, Nação Zumbi.
Atualmente, tenho ouvido muita coisa no Youtube: uma dupla paulista chamada Dois Sóis; um cara aqui de Brasília chamado Arun, que inventou um instrumento chamado Violão Cósmico; uma cantora suíça de voz linda chamada Danit, que canta sobre a natureza e a elevação do espírito. Eu busco coisas novas sempre, escuto muita coisa e tento trazer para a banda. Minhas influências são muito fluídas.
Jorginho: Como é fazer rock em uma cidade icônica como Brasília?
Leonardo Neves: Para mim, o mais legal é o convívio com uma comunidade de artistas bastante criativos. A música autoral em Brasília (em tempos pré-pandemia) não é um negócio que arrasta 100 pessoas para um show, ela arrasta ali 40, 50 pessoas, arrasta os amigos, a rede de apoio da banda e um ou outro desavisado.
Banda cover, aqui, faz bastante sucesso, mas para mim, do ponto de vista das inquietações criativas, o autoral significa uma realização muito maior. Afinal de contas, estamos em Brasília, uma cidade que te dá todos os elementos para criar uma música nova, uma música que pode vir das entranhas, pode vir da insatisfação social, pode vir das coisas bonitas que temos, do céu, do Lago Paranoá, pode vir no rastro da história de tantas bandas importantes que colocaram Brasília no mapa cultural deste país.
Então, chega hora em que subir em um palco para ficar fazendo os trejeitos do Bonno, do Eddie Vedder ou do Noel Gallagher, sei lá, ficar imitando popstar, isso deixa de fazer sentido, deixa de ser legal. Pelo menos na minha visão, um cara de 36 anos. Na arte e na música, eu tenho o desejo de ser eu mesmo. E vejo isso em muita gente aqui da nossa cena cultural. Por isso, gosto tanto de todos os artistas que criam coisas novas em Brasília, tipo as bandas Maryllusion, Azzarock, My Last Bike, Ellefante, Vox Lugosi, procurem aí, esse povo está todo no Spotfy. E, salvo melhor juízo, essas bandas, hoje, são para Brasília o que foram a Plebe Rude, o Aborto Elétrico, a Legião Urbana, nos anos 1980. São a alma da cidade. São os responsáveis pela tradução da realidade social em música, música que explica ou coloca em dúvida o hoje e o agora.O rock autoral permite uma conexão maior a realidade e com a cultura de um povo.
Jorginho: Como a pandemia afetou a Manttra e o desenvolvimento dos projetos?
Leonardo Neves: Quebrou nossas pernas, pois estávamos começando a fazer shows em alguns lugares bem legais. Ao mesmo tempo, teve um ponto bem positivo, pois o Luiz e o Cau tiveram a ideia de ampliar o espaço da banda nas redes sociais e também de começar a gravar e disponibilizar nossas músicas no Spotfy e outras plataformas.
Eles dois são muito bons nessas questões de marketing e produção. O trabalho deles é que permitiu essa coisa de a banda ser conhecida em tantos lugares, tocar rádios de todo país, tocar em rádios gringas, dar entrevistas, isso é algo que eu nem imaginava ser possível.
Durante a pandemia, eu também tirei um tempo para criar coisas novas, no caso, as 10 músicas do nosso próximo álbum, algumas inclusive já estamos tocando por aí, nesses eventos virtuais.
Jorginho: Como um rockeiro que mora na capital federal enxerga este momento de
extrema direita que estamos vivendo?
Leonardo Neves: Estamos todos muito preocupados. Temos um governo federal que não é só obscurantista, é canalha e criminoso. Neste exato momento, estão rindo na cara do povo brasileiro, enquanto centenas de milhares de pessoas morrem abatidas pela Covid-19. Temos políticas públicas sendo definidas por pessoas sem qualquer qualificação, ética, ou respeito pelas conquistas dos cidadãos.
Quando fazemos simples perguntas a essas pessoas, esses adoradores, quando os questionamos sobre a realidade terrível do país, noto que eles tremem na cadeira, enrolam a língua, falam coisas desconexas, brigam, vociferam. A sanha deles pelo poder é palpável, mas a burrice também é. Por isso, questionar, argumentar, convencer continuam sendo as melhores ferramentas para reestabelecermos a estabilidade social e democrática no Brasil.
Já está bem claro que a mudança depende do voto. O voto em 2022 será o momento decisivo da sociedade brasileira. Precisamos de todos os brasileiros conscientes, precisamos de uma união de ideais para promover essa mudança. Como diz o Como diz o Zé Celso, dramaturgo criador do Teatro Oficina: “Quem souber, que cante; quem souber gritar, que grite, quem souber apitar, que apite, mas façam esse mundo acordar!”.
Ao mesmo tempo é preciso um pouco de cuidado. Como diz o Humberto Gessinger “O
fascismo é fascinante, deixa a gente ignorante fascinada”. Do nosso lado, há pessoas que seguem essa linha, parentes, pais, irmãos, amigos antigos. Infelizmente, muitos vão ficando pelo caminho. Alguns vão na linha fascista por desconhecimento, outros por maldade mesmo. A História já julgou esses dois tipos e sabemos que eles não vão se criar, não há mais espaço para essas ideias terríveis na sociedade do século XXI.
fascismo é fascinante, deixa a gente ignorante fascinada”. Do nosso lado, há pessoas que seguem essa linha, parentes, pais, irmãos, amigos antigos. Infelizmente, muitos vão ficando pelo caminho. Alguns vão na linha fascista por desconhecimento, outros por maldade mesmo. A História já julgou esses dois tipos e sabemos que eles não vão se criar, não há mais espaço para essas ideias terríveis na sociedade do século XXI.
É aquela coisa, eles estão lá no poder agora, mas quem ri por último, ri melhor, não é? A hora dos verdadeiros cidadãos vai chegar, as pessoas que respeitam o espírito de comunidade, que respeitam a ideia de construção de uma sociedade livre, justa e solidária. Quem fez mal ao povo brasileiro vai pagar, conforme a lei.
Jorginho: Como foi tocar no 1° Festival independente da Expedição CoMMúsica?
Leonardo Neves: Eu gostei muito. Esse lance dos festivas virtuais nos fazem passar por diversas etapas de trabalho. Escolher a música, ir ao estúdio gravar, mixar o áudio, fazer o vídeo, enviar e ficar na expectativa para o dia da exibição.
Quando a banda aparece na tela do computador é algo especial e a partir dali estabelecemos conexões com diversas outras pessoas, diversas outras bandas, o que faz com que todo mundo cresça.Ter feedback, ter comentário, ter like, é o máximo.
Jorginho: Como é o processo de criação musical na banda?
Leonardo Neves: Temos duas fases de produção. Uma em 2017, com 10 músicas para o álbum A Viagem de Ulisses. E outra em 2020, com 10 músicas para o álbum Carne Fraca. Eu geralmente fecho uma ideia geral sobre o que quero dizer nas músicas, depois vou escrevendo as letras e a melodia acaba chegando, às vezes, até em sonho. No meu processo existe uma naturalidade, mas também existe muito trabalho. Muito vai e volta, apaga, refaz.
Na primeira fase, eu construí as letras e as músicas pensando na execução com voz e violão, talvez tambores e flautas, um negócio mais etéreo. Quando começamos a tocar em power trio, Luiz e Cau foram inserindo elementos mais rock and roll e isso levou à transformação dos sons.
Eles definem os efeitos, criam pontes, a ideia dos backing vocals, o andamento, o peso, tudo. Eles possuem muito conhecimento dessas questões de produção. Com mais um tempo de experiência tenho certeza que eles poderão ser desses produtores que pegam outras bandas e constroem um só coerente e consistente.
Na segunda fase, eu já fiz as músicas pensando mais na execução com banda. Peguei algumas referências de Stoner Rock, rock psicodélico, pós-punk e tentei trazer os temas das letras para uma coisa mais urbana. Por exemplo, tem uma música chamada Carne Fraca que é sobre nossa impotência diante dos vícios, mas se a pessoa ouvir com atenção, também vai pegar o viés político da letra:
Correr não faz mais nenhum sentido,
As sombras te atraem para fazer tudo de novo.
Carne fraca, mostre onde sangra.
Quem é você? Quem é Você? Um ditador!
As sombras te atraem para fazer tudo de novo.
Carne fraca, mostre onde sangra.
Quem é você? Quem é Você? Um ditador!
Viver atrás de um breve delírio,
Que sempre quer mais prazer clandestino.
Carne fraca, mostre onde sangra.
Quem é você? Quem é Você? Um ditador!
“Querer” é o sinal, você perdeu o domínio,
Para um vício fatal, o seu assassino.
Carne fraca, mostre onde sangra.
Quem é você? Quem é Você? Um ditador!
Ainda não tocamos todas as músicas dessa segunda fase, mas a expectativa está grande. Para esse conjunto, o Cau contribui com o arranjo da música “Quero Respirar” e o Luiz com o arranjo da música “Luz do Tempo”. Tenho certeza de que esse segundo álbum vai ser bem porrada na orelha, um som muito cru, direto e pesadão mesmo.
Jorginho: Fale para os leitores um pouco sobre o single “um lugar no cerrado” e sobre o primeiro álbum que está por vir “A Viagem de Ulisses”
Leonardo Neves: O álbum A Viagem de Ulisses, para mim é como um processo terapêutico. É um conjunto de músicas para viagem e cura. O tema principal do álbum é a rejeição, a tentativa de superar uma rejeição, que é o pior sentimento para o ser humano.
Há muita história, muita coisa pessoal, por trás de todas as músicas, mas ao mesmo empo sinto que as reflexões feitas ali são temas universais, situações que todos nós já tivemos que enfrentar. Nas letras eu busquei trazer à tona temas do inconsciente, então acaba que tudo tem um poder muito diferente, eu sinto bastante fúria e paz ao tocar essas músicas. É estranho.
A estrutura do álbum é como uma procissão, cada música conta um pedaço da história. No fim, após ouvir todo o conjunto a pessoa vai ter uma imagem própria do que é essa tal viagem do Ulisses, do que é esse processo de cura, de reconciliação com o mundo.
No álbum, tudo começa com a saída de Brasília, que é a música “Adeus, Brasília”, inclusive nessa canção há uma citação aos Engenheiros do Hawaii e a obra do Humberto Gessinger, que é o verso:
Cansado e sozinho nas ruas de Brasília
A canção já disse “todo mundo é uma ilha”
(Manttra)
A canção já disse “todo mundo é uma ilha”
(Manttra)
Eu caí, você caiu, numa armadilha
A gente tenta se esquecer
Mas todo mundo é uma ilha
(Engenheiros do Hawaii)
“Nenhum homem é uma ilha”
(John Donne, poeta inglês)
Então, Gessinger leu e subverteu John Donne e a Manttra citou Gessinger [risos]. É isso, as nossas possuem muitas referências, criam muitas imagens e seres místicos, como por exemplo na música Barba Dourada:
Eu sou aquele a quem você procura
A sabedoria escrita em poucas linhas
Sobre a minha cabeça eu tenho o Sol
E sob o pé esquerdo os desejos do Homem
A sabedoria escrita em poucas linhas
Sobre a minha cabeça eu tenho o Sol
E sob o pé esquerdo os desejos do Homem
Eu sou o mito do deus Apolo
E os bacanais sacanas de Dionísio
Inspirei todos os livros de história
E desenho o amanhecer com um sorriso
A música “Um Lugar no Cerrado”, que lançamos recentemente, vem justamente após “Adeus, Brasília”. Ela é a saída da cidade, a busca por novos ares, tanto é que o verso inicial diz “Pego a estrada, dirijo para longe. Longe, longe, até o fim.”
Essa canção, representa literalmente uma viagem que o povo do Distrito Federal faz muito para alguns municípios do Estado de Goiás que são limítrofes. Esses municípios (por exemplo, Alto Paraíso e São Jorge) são lugares muito bonitos, com cachoeiras, trilhas, animais do cerrado, uma energia muito diferente, que todo o povo de Brasília gosta. Então, a música fala um pouco disso: sair de Brasília e ir buscar respostas na natureza, em um lugar com energias poderosas.
Estamos gravando as músicas do A Viagem de Ulisses em um ritmo bem de boa. Mas creio que até o fim de 2021 conseguiremos completar o trabalho e ter a alegria de ver todas elas disponibilizadas nas plataformas. Depois disso, vamos partir para o trabalho com o segundo álbum.
Jorginho: Como a Manttra enxerga as possibilidades do mundo pós pandemia?
Leonardo Neves: Eu tenho visto diversas bandas estadunidenses já agendando datas das turnês no segundo semestre de 2021, tipo Guns and Roses, Alice Cooper, um monte de banda, até a Celine Dion vai fazer turnê. Está tudo voltando ao normal, com as pessoas vacinadas. Tenho visto as finais da NBA e os ginásios estão cheios, lotação máxima. Bate uma inveja gigante.
Então, no pós-pandemia, nós queremos tocar também. Queremos ir aí ao Rio Grande do Sul, tocar em Gravataí, já pensou? Também precisamos de algo que torne a atividade musical sustentável, que entre pelo menos um dinheiro para custear os ensaios e a produção das músicas. Pois, como a grande maioria das bandas independentes, a gente faz tudo do bolso, né. A gente gasta. Então, fazer alguns shows pode ser uma forma de equilibrar essa balança. Ou talvez parcerias, sei lá.
Jorginho: Poderiam mandar uma mensagem para o público leitor?
Leonardo Neves: Galera, foi um grande prazer conversar com vocês. Sigam a banda Manttra lá no Youtube e no Spotfy, no mês que vem teremos uma música nova estreando, o nome dela é “Dia de Festa”. E até o fim do ano teremos muitas novidades boas.
Como artistas, queremos chegar a vocês para criar novas realidades, novos sentimentos e reflexões. Queremos fazer a diferença nesse mundo e a música é o nosso instrumento para isso.
A Manttra está preparando novo single para a primeira quinzena de julho e que se chamará "Dia de Festa", então vamos ficar atentos aos lançamentos deste pessoal que é muito bom e manda o recado de uma forma significativa e forte. Longa vida à Manttra!
Para ficar por dentro do que a Banda produz, sigam eles pelas redes sociais:
Facebook: https://www.facebook.com/bandamanttra
You Tube: https://www.youtube.com/Manttra
Whats:; (61) 98176 4380A
Jorginho |
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4 Comentários
Parabéns, galera!
ResponderExcluirBaita entrevista 👏👏👏
Obrigado, Diogo! Acreditamos muito no rock e na nossa proposta. Obrigado pelo apoio, irmão!!
ExcluirLuiz
Baixista da Manttra
Baita entrevista! Brasília é celeiro de bandas incríveis! Bom, ao referenciar Júpiter Maçã já ganhou meu respeito ... kkkk ... sou Porto Alegrense e "oitentista" como gosto de dizer, e anos 80 foram mágicos para a música nacional, em especial o rock, grunge, e tantos outros ... Porto Alegre e Brasília foram expoentes neste tempo ... aqui, TNT, Rosa Tatooada, além dos Engenheiros do Havaí, Nenhum de Nós, havia também o pessoal da Bandaliera, entre tantos ....fizeram muita coisa boa. Covers são bons, mas músicos com esta capacidade e talento têm que mostrar o seu trabalho ... obras autorais; tenho certeza que muita coisa boa vai sair. E ótima leitura do meio! É isso aí, bom ler uma opinião sobre a sociedade, fatos políticos e afins, bem articulada, com boa argumentação. Clara Nunes!!!! Ah, Clara Nunes ... Sucesso a esta banda, profundidade para entregar um excelente trabalho, tem!
ResponderExcluirExcelente matéria!!?
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