Jorge Ben Jor - Tábua da esmeralda
Salve simpatia e Salve Jorge Ben. Um dos melhores representantes do que é a música brasileira, Jorge Ben Jor tem o Swing, a simpatia e todo apetrecho de um genuíno músico brasileiro. Falo isso sem medo de estar cometendo nenhuma heresia ou qualquer tipo de erro.
O ano era 1974, ano em que foram lançados alguns clássicos do cancioneiro popular. Tim Maia com o cultuado disco “Racional”, outro disco importante saiu no mesmo ano que foi "Gita" Raul Seixas. Estou citando três álbuns atemporais e importantes para a música brasileira.
Décimo primeiro álbum do cantor e compositor carioca, A Tábua da Esmeralda foi eleito o 6º melhor disco na lista dos 100 maiores discos, da música brasileira da Revista Rolling Stone. São 12 faixas, executados em 40 minutos preciosos e mágicos. Com um swingado característico do músico, notamos a presença do pandeiro, violão, baixo e bateria, numa coesão perfeita.
E realmente tem magia no Tábua da Esmeralda. Ben Jor queria gravar um algo místico, uma alquimia, uma filosofia. Ben Jor levou a ideia a Philips e a gravadora vetou a principio. André Midani, gerente da gravadora na época comprou a ideia e confiou no enorme talento do compositor e deu no que deu.
Os temas abordados são bem variados. Além da mística abordada em "Os Alquimistas estão chegando", "Hermes Trismegisto e sua Celeste Tábua de Esmeralda". "Menina Mulher da pele preta", "Magnólia", "Minha teimosia é uma arma pra te conquistar' e "O Namorado da Viúva" já são canções que enaltecem a mulher da melhor forma possível e com uma poesia lírica.
As raízes negras estão bem representadas em "Zumbi" e "Brother". Com uma forte presença da África, principalmente de Angola e Congo, “Zumbi” conta a história de Zumbi dos palmares e com instrumental bem estruturado. Já "Brother" é a única música do álbum cantada em inglês e é quase um hino religioso, sem ser chato.
"Eu vou torcer" é uma mensagem de positividade. Regravada anos depois por Fernanda Abreu, é outro destaque do disco. E a última faixa é a bela "Cinco minutos", uma música com belo toque romântico, mostra Jorge Ben e banda encerrando com maestria, precisão e puro talento. Mostrando que o trabalho do Jorge Ben é pura arte e acessível para todos os públicos e o álbum eternizado e incontestável.
Depoimento:
Lançado em 1974, Tábua de Esmeralda é um dos álbuns mais emblemáticos da discografia de Jorge Ben Jor, ao lado do revolucionário LP inicial de 1963, do álbum de 1969 que revitalizou a carreira do artista e do África Brasil, de 1976. Tábua é um disco calcado no místico universo medieval e filosófico. Marcou tanto que, em 1975, o cantor lançou um outro álbum, Solta o pavão, que soou como um desdobramento do disco de 1974. Musicalmente, Tábua de Esmeralda é o último disco com Ben Jor no violão acústico. No Solta o pavão, ele já experimentaria o violão ovation e, em África Brasil, começaria a transição do violão para a guitarra, eletrificando o som.
Tábua da esmeralda:
Daniel Filósofo é cronista, jornalista, profundo conhecedor de rock'n'roll, torcedor do Fluminense e radialista Também escreve suas crônicas dominicais na coluna do Daniel Filósofo.
03 ANOS DE COLETIVEARTS
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2 Comentários
Salve Jorge Ben um dos maiores músicos do Brasil o
ResponderExcluirExato.Um dos principais representantes da nossa música
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