DARK
Dark
2017 - 2020
Baran bo Odar e Jantje Friese
10 eps de 50 min
2017 - 2020
Baran bo Odar e Jantje Friese
10 eps de 50 min
Provavelmente será a análise mais difícil de fazer. Não pela série ser uma bagunça, mas por não querer dar spoilers. Quero somente comentar os pontos fortes e altos para termos um quadro geral sobre a obra. Porém, nesse caso, especificamente, farei um texto para cada temporada.
1°Temporada
Dark começa muito bem. Tem uma premissa muito boa. Contar uma história de viagem no tempo baseada em teorias reais. Eistein é citado, relatividade, o gato de Schrödinger, tempo continuo, teoria do avô, etc. Todas. Talvez isso tenha sido um dos erros da série, uma vez que não delimita as regras da viagem no tempo. Talvez, não seja o caso. Quem chegou ao final da série talvez já saiba porque.
E a primeira temporada? Vamos a isso. Então, a temporada começa mostrando a vida comum de um grupo de jovens e seus responsáveis. Um menino está desaparecido e o pai de Jonas, se mata na primeira cena da série. Logo mais, o menino Mikkel some também em uma cena chave. A partir daí vemos um estranho rondando a cidade.
Ele é responsável por “abrir” a primeira forma de viagem no tempo. Pela qual passam Jonas e Ulrich. Ulrich é o pai de Mikkel, que se torna obcecado por encontrar seu filho. Que por sua vez, foi parar em 1986. Ano em que Jonas também passa. Ulrich vai para 1953. Afinal, eles entram em uma caverna muito louca com muitas curvas.
Agora é hora de correr com esse texto: uma sequência de fatos bizarros começam a acontecer, desde aparecer outra criança morta anulando a importância da que já estava desaparecida. Até o estranho contatar um joalheiro para fazer uma máquina que ele jé tem. O principal personagem da série, o menino Jonas, filho de Michael, o suicida, é apresentado a um Jonas do futuro. Este revela detalhes da trama e aciona a maquina do “desastre nuclear”.
Eis que em uma sequência de desventuras em série, Jonas acaba a temporada em um futuro distante tomando uma porrada na cara, em 2052.
Baran bo Odar e Jantje Friese
8 eps de 50 min
8 eps de 50 min
A segunda temporada nos leva para o próximo nível. Novos tempos são abertos. Jonas está em 2052, ele é absorvido pela milícia de sobrevivência de Elizabeth, a irmã menor de Franciska, namorada de Magnus, filho de Ulrich com Katharina. É enforcado por Elizabeth, que como líder, impede que os outros tenham conhecimento de um vórtice temporal que deseja estabilizar para voltar ao passado. Fato este que rende a Jonas a marca do enforcado. Uma enorme cicatriz no pescoço. Uma vez que sua vida é poupada no processo.
Pra mim é a melhor temporada. É quando a história se expande de uma forma interessante. Mostrando interações no passado que definem fatos de 1986 e 2019. Por isso, criamos mais empatia pelos personagens. Conhecemos a verdadeira importância de Claudia, por exemplo. A história pessoal dela define como ela se torna a personagem mais importante de toda a trama.
Apesar disso, achei o roteiro muito focado na forma de mostrar os fatos. É impossível prever o que vai acontecer simplesmente porque é impossível montar na mente os acontecimentos. Mesmo entendendo os paradoxos e regras daquele mundo. Mundo esse que é o seriado em si, nas suas realidades em suas diferentes eras. Se não, seriam mundos. Sim, no plural.
Isso me leva a “incrível” conclusão desta parte. Quando Jonas está tentando impedir o
apocalipse que será causado pela descoberta de materiais bizarros na usina nuclear. Esse é o destino. Assim como Adam achar Jonas e Martha, sua namorada, em sua casa. Alí acontecem fatos que são pré-determinados a moldar o Jonas do futuro.***SPOILER*** Do nada, aparece uma Martha de outra dimensão! O que considero uma quebra gigante e desnecessária no roteiro. Mostrando o desespero dos roteiristas ao zerar a importância dos fatos já ocorridos.
apocalipse que será causado pela descoberta de materiais bizarros na usina nuclear. Esse é o destino. Assim como Adam achar Jonas e Martha, sua namorada, em sua casa. Alí acontecem fatos que são pré-determinados a moldar o Jonas do futuro.***SPOILER*** Do nada, aparece uma Martha de outra dimensão! O que considero uma quebra gigante e desnecessária no roteiro. Mostrando o desespero dos roteiristas ao zerar a importância dos fatos já ocorridos.
Baran bo Odar e Jantje Friese
8 eps de 60 min
8 eps de 60 min
Chegamos ao fim. O fim é o começo. Dark, o produto televisivo alemão mais visto da história. Intrigante, denso e ultra complexo. Se Dark tem uma qualidade é a originalidade. Não lembro de nada parecido. E o que vier depois será “tipo Dark”. Caros leitores, isso é o aspecto mais difícil de se conseguir com uma obra de arte: virar uma referência imortal. Dark é isso.
Gostaria eu de falar mal dessa série. Pois realmente ela me decepcionou. Por quê? Eu estava gostando demais. A primeira temporada ainda é uma das melhores de uma série. O problema é o resto. Por construir situações tão originais e depois jogar tudo fora.
Nem pretendo falar muito dos acontecimentos. Mas, a partir daqui, seguem alguns *SPOILERS*. O final da série é o final de tudo. Jonas e Martha voltam no tempo para uma realidade paralela, a realidade original, a fim de corrigir o rumo da vida de alguns personagens ligados ao relojoeiro Tannhaus. O criador da primeira máquina do tempo. Feito isso, a viagem no tempo não existe mais. Nem a realidade de Adam, nem a realidade de Eva.
Independente da história criada em Dark, a referência a Matrix é mais forte. Encontramos o arquiteto desses mundos. Porém ao ter os seus anseios atendidos pelos agentes do tempo, as duas realidades simplesmente se destroem no melhor estilo Guerra Infinita. Isso é coerente com tudo que estamos presenciando, não é ruim. Por mais que essas realidades percam total importância após sua dissolução, é intrigante ver a chegada do apocalipse, por fim. Adam e Eva ficaram juntos nos momentos finais. Jonas e Martha também. E tantas outras famílias que tanto lutaram contra as intempéries daquela vida realmente efêmera. Em Matrix, faz sentido a destruição da realidade em nome da liberdade. Aqui seria em nome do que?
Um final bonito, puro, inocente sim. Porém muito menor do que essa história poderia nos contar.
Para sempre vou amar odiar essa série. Ficará na minha mente por muito tempo ainda. Talvez, até eu rever e mudar de ideia. Afinal, o fim é o começo e o começo é o fim.
Trailer:
André Moraes é Cineasta, Escritor e criador do Wasd Space, também é responsável pela coluna O Simióide, toda a segunda aqui no ColetiveArts .A Wasd Space está com uma linha de camisetas com ilustrações autorais muito show, entrem em contato com ele. Aliás dizem que este André recentemente foi convocado por Amanda Waller para algo muito secreto e foi visto treinando com bumerangues
03 ANOS DE COLETIVEARTS
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1 Comentários
Realmente o cara é fera. Fazer um texiano com barreiras gostar de uma série alemã tem tudo a cer de difícil e de congruente. Difícil porque quem é texiano DNA só tem genoma para Tex e congruente por Tex ser Willer, descendente de um irlandês com ascendência germânica (suposição devido ao sobrenome e coisa e tal e coisa).
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