ROTA SONORA

 

Tragicamente, Um Lutador Foi Abatido


Não sou biógrafo de ninguém, não SOU crítico de música e nem oportunista do tipo que faz merchan funerário com o falecimento de celebridades. Também detesto bancar o coveiro, arquivista ou “registrador” de obituários e não faço parte desses bandos de gralhas, abutres e urubus de imprensa que adoram uma carniça pra vender artigos! Mas pra não mostrar indiferença, vim falar especificamente sobre um músico que foi integrante de um grupo que gosto muito (do qual já falei há bastante tempo em Rota Sonora: Mês Especial do Rock- 8 (rotasonoraandf.blogspot.com), mas falarei dele um bocado mais) e que infelizmente, apareceu em diversas manchetes recentes: o baterista “Oliver Taylor Hawkins”, do “Foo Fighters”.

Foo Fighters - All My Life 


Entre 1995 e 97, antes de ingressar na banda de “Dave Grohl”, o texano “Hawkins” foi integrante de um grupo experimental de rock progressivo chamado “Sylvia”, além de baterista de apoio em turnês das cantoras canadenses “Sass Jordan” e “Alanis Morissette” (já falei sobre ela há bastante tempo, em Rota Sonora: Alanis (rotasonora-andf.blogspot.com). Nesse meio tempo (em 1996), “Grohl” discutiu com o “William Goldsmith” (o 1º baterista da banda) após uma turnê e este acabou saindo. Já em 1997, “Hawkins” ofereceu-se pra assumir a vaga e foi aceito, mas acabou tocando em músicas pro 3º álbum (lançado em 1999) e assim por diante, já que pras canções do 2º disco quem assumiu a bateria foi o próprio vocalista. Caso não se recordem ou não saibam, “Grohl” foi o baterista do “Nirvana”.

Foo Fighters - Times Like These  (Esta versão aqui é muito boa, mas também gosto da versão acústica)



Num certo dia, “Hawkins inventou de “festejar” (como o próprio disse, mesmo não se considerando um viciado), em 2001, consumindo heroína (Mas que “Mesbla”, hein?!) e tendo uma overdose que o deixou em coma por 2 semanas.

Com uma carreira de sucesso no “Foo Fighters”, “Hawkins” também criou (em 2004) seu projeto paralelo chamado “Taylor Hawkins and The Coattail Riders”, onde além de baterista (é claro!) também foi vocalista e lançou 3 álbuns entre 2006 e 2019.

Em 2005, ele foi eleito pela revista britânica “Rhythm” como “Melhor Baterista de Rock”. No mesmo ano, casou-se e dessa união teve 3 filhos.


Foo Fighters - My Hero 


Em 2020, formou com “Dave Navarro” e “Chris Chaney” (do “Jane’s Adiction”) o supergrupo (banda com músicos vindos de outros grupos famosos) “NHC”, onde ele (adivinhem?!) novamente cantou e tocou bateria, mas apenas um álbum ficou pra ser lançado ainda este ano.

“Hawkins” também foi incluído, em 2021, no “Rock and Roll Hall of Fame” como membro do “Foo Fighters”.

Ele faleceu no dia 25 de março e seu corpo foi encontrado num hotel em “Bogotá”. Na noite do mesmo dia, a banda se apresentaria no festival colombiano “Estéreo Picnic”. Mais detalhes em: Taylor Hawkins, baterista do Foo Fighters, morre antes do Lollapalooza (uol.com.br).

Descanse em paz.


Pra não encerrar com um clima tristonho, fiquem agora com a discografia (atualizada) do grupo que não tinha sido postada antes e nem mesmo em versão impressa no zine “Rota ANDF”, além de um clipe hilário:

Foo Fighters (1995), The Colour and the Shape (1997), There is Nothing Left to Lose (1999),One By One (2002), In Your Honor (2005), Echos, Silence, Patience & Grace (2007), Wasting Light (2011), Sonic Highways (2014), Concrete and Gold (2017) e Medicine At Midnight (2021)

Foo Fighters - Learn To Fly   (eis aqui uma divertida participação do ator “Jack Black”!)



Anderson ANDF

Anderson ANDF é ilustrador, fanzineiro e nerd de carteirinha. Já lançou fanzines, quadrinhos e é um grande rockeiro!

Você pode acompanhar o trabalho do Anderson:


COLETIVEARTS
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5 Comentários

  1. O Taylor Hawkins se inscreve na tradição de grandes bateristas que sabem cantar muito bem também, como o Phil Collins e o Roger Taylor. É muito complicado substituir caras assim tão talentosos. Vamos ver o que o Dave Grohl fará para a continuidade da banda. É uma perda inestimável!

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    1. Também me lembrei do Phil Collins, até porque conheci primeiro foi a fase poprock do Genesis e posso até soar polêmico em dizer que... gosto beeeeem mais de Foo Fighters do que do Nirvana

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  2. Bom dia, Anderson. Acho que o Nirvana casou mais impacto pela novidade que abriu as portas para o grunge e sem dúvida tem o seu valor histórico. Mas musicalmente em também prefiro o Foo Fighters. Abraço

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  3. Não será nada fácil o Foo Fighters terá muito trabalho para escolher um outro baterista. Muito boa a a matéria.

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