ARTE E CULTURA

 

BRETT CAVALGA E 

ACERTA O ALVO


Eu entrevistei o escritor Rodinério da Rosa  e os artistas Moacir Martins e Vinicius da Silva durante a campanha para o lançamento desta série. Cada uma das entrevistas me rendeu um espetáculo à parte (o leitor pode conferir depois nos links que ficaram fixados no final da matéria), então, minha expectativa para ler esse material, que ficou guardado por 28 anos (Brett foi criado em 1994 pelo Rodinério), era enorme. E posso dizer que é uma experiência marcante e fantástica.

Brett surge em uma edição caprichada, que mostra toda a seriedade e força da Saicã Editora, editora sediada na cidade de Rosário do Sul/RS, e que conta com apoio da Confraria Bonelli e assessoria do grande Ricardo Elesbão, uma editora  que tem feito um trabalho fundamental para os fãs de quadrinhos do Brasil. 


Brett cavalga, atira e acerta o alvo. É um gibizão daqueles que se lê de uma vez só, não deve nada ao que de melhor é produzido no gênero western, ou seja, um "bang bang" dos bons. Sei que a arte do Moacir e do Vinicius evoluíram muito nesses anos, mas em nenhum momento a arte que foi feita lá atrás para esse primeiro número é datada, ela flui e funciona muito bem. O roteiro de Rodnério é forte e é muito bom, causando um efeito que é sensacional  no leitor que gosta do gênero, pois não é de se estranhar se ao final da trama você se pegar assobiando trilhas sonoras compostas por Ennio Morricone para os clássicos do faroeste italiano.

Nesta primeira aventura, Brett e seu amigo Chako Àlvarez são convocados para uma missão de resgate e vingança por John Finn, amigo da dupla. Brett e Chako lembram muito Tex Willer e Kit Carson, tanto na química entre os dois como quando interagem  com o amigo John, e isso é muito bom, pois traz  a leveza no ponto certo a um enredo que é denso. A história tem outras camadas e Brett não tem medo de abraçar a crueza em cenas de violência e em diálogos em que o palavrão é a única expressão possível, ponto mais que positivo para os criadores da HQ. Não posso dar "spoilers", mas o final me agrada muito e acredito que Rodinério, ao escrever essa obra, deve ter trazido toda a sua bagagem de referências do que melhor foi feito no cinema do gênero, mas sem cair em clichês fáceis. 

Missão cumprida, gurizada, e desde já espero por mais aventuras de Brett, que sua caminhada seja longa. E você, que não adquiriu a sua edição na pré-venda, entre em contato com a Saicã e pegue o seu exemplar.


JÁ ESTÁ NO AR A CAMPANHA 
PARA O N°2 DE BRETT


UMA BALADA PARA SIMONE JULES

A jovem Simone Jules gerencia um Saloon em São Francisco, onde Brett e Chako vão parar por indicação de uma amiga. Simone sofre um atentado e tem todas suas economias roubadas, colocando em risco a continuidade de seu negócio. Busca o auxilio de Brett e Chako, que saem em socorro da jovem em perseguição ao ladrão. Tiroteios, segredos e muita aventura na segunda edição de Brett.

CAPA CARTÃO COM SOFT TOUCH
72 PÁGINAS - MIOLO PAPEL OFF SET
HQ 60 PÁGINAS DE RODINÉRIO DA ROSA E MOACIR MARTINS
HQ CURTA DE ALISSON AFFONSO
ENTREVISTA EXCLUSIVA COM O ARTISTA ITALIANO CARLO AMBROSINI POR LU VIEIRA

Rodinério da Rosa nasceu em Santa Maria/RS, em 1962. Cineasta, desenhista e roteirista, produziu e desenhou junto com Law Tissot e Marco Muller, na cidade de Rio Grande, o fanzine Mutação em 1984, que foi o marco das produções de HQ na cidade. No ano seguinte, mudou para Porto Alegre, onde tornou-se um dos membros fundadores da GRAFAR, associação que engloba cartunistas, desenhistas de HQ, e artistas gráficos do RS.

Editou 4 números da revista independente Made in Brasil Quadrinhos, junto com Drégus e Jerri Dias. Esta revista contou com nomes de peso da nona arte brazuca, como Shimamoto, Edgar Vasques, Santiago, Elmano, Bier, Rodrigo Rosa (hoje editor da Figura, editora), Law Tissot, entre outros.
@Rodinério da Rosa



Alisson Affonso nasceu em 1979 em Rio Grande/RS, cidade onde reside. É Bacharel em Artes Visuais pela FURG, e desenvolve pesquisas junto ao Coletivo Mancha Negra, além de Oficinas de Desenho da Figura Humana.

Foi editor do Jornal Peixe Frito, da Revista IDEIA e da Revista em Quadrinhos PLATAFORMA HQ, premiada no 30º Prêmio Ângelo Agostini como melhor quadrinho independente.

Outras premiações em quadrinhos e tiras de humor: Salão de Humor de Paraguaçu Paulista, Salão Internacional de Desenho para Imprensa, Concurso de Tiras Humorísticas GAG, Prêmio histórias de Trabalho SMC, Salão de Humor de Cerquilho, Salão de humor de Mogi Guaçu, Salão Internacional de humor de Limeira e Piauí cartoon.

@Alisson Affonso



Carlo Ambrosini é um artista e roteirista italiano de histórias em quadrinhos. Nascido em Azzano Mella, perto de Brescia, começou a desenhar quadrinhos em 1976 para a editora Dardo com algumas histórias de guerra. Posteriormente, colaborou com Editoriale Corno, Ediperiodici e Mondadori e atualmente para Bonelli Editore.

Entre seus trabalhos como ilustrador para a Bonelli consta Ken Parker, Tex e Dylan Dog entre outros. Também criou dois personagens Bonelli: Napoleone e Jan Dix ainda desconhecidos no Brasil.
@Carlo Ambrosini



BATE PAPO RÁPIDO COM 
RODINÉRIO DA ROSA


JORGINHO: Como foi ver a primeira edição de Brett sendo impressa e distribuída?

RODINÉRIO DA ROSA: Um projeto que levou 30 anos para ser impresso é uma satisfação imensurável ter visto chegando aos leitores e com um bom feedback. E isso nos levou a trabalhar muito para manter a qualidade para o segundo número.


JORGINHO: O que o leitor irá encontrar na segunda edição de Brett ?

RODINÉRIO DA ROSA: Ação e aventura no bom estilo Velho Oeste. Muitos tiroteios, tramoias e segredos. A jovem Simone Jules gerencia um Saloon em São Francisco onde Brett e Chako vão parar por indicação de uma amiga. Simone sofre um atentado e tem todas suas economias roubadas, colocando em risco a continuidade de seu negócio. Busca auxílio de Brett e Chako que saem em socorro da jovem, em perseguição ao ladrão.

E a arte atual do Moacir está estupenda!


JORGINHO: Fale da importância da Editora Saicã para o cenário atual dos quadrinhos no Brasil.
 
RODINÉRIO DA ROSA: Ainda está no rol das pequenas editoras pequenas (por hora acreditamos). Neimar Nunes, como bom leitor da Bonelli, entrou no mercado para trazer títulos Bonelli que não saiam no Brasil, e trouxe Adam Wilde que nunca tinha sido publicado aqui, e também Bella & Bronco que não chegou a ter toda a saga publicada no Brasil. Mas segundo conversamos, ele sempre teve em mente publicar  autores nacionais. E nessa brecha que Brett entrou. E está aberto a novos autores que se interessarem, é só contatar a Saicã.

APOIE  BRETT NO CATARSE CLIQUE  AQUI

CONTATOS: 


Para ler matéria com Rodinèrio da Rosa: 
Clique Aqui

Para ler matéria com Vinicius da Silva: 

Clique Aqui

Para ler matéria com Moacir Martins:

Clique Aqui


Jorginho

Jorginho é Pedagogo, Filósofo, ilustrador com trabalhos publicados no Brasil e exterior, é agitador cultural, um dos membros fundadores do ColetiveArts, editor do site Coletive em Movimento, produtor do podcast Coletive Som - A voz da arte, já foi curador de exposições físicas e virtuais, organizou eventos geeks/nerds, é apaixonado por quadrinhos, literatura, rock n' rol e cinema. É ativista pela Doação de Órgãos e luta contra a Alienação Parental.


04 ANOS DE COLETIVEARTS,
CONTANDO HISTÓRIAS, CRIANDO MUNDOS
Não espalhe fake news,
espalhe cultura!

Postar um comentário

1 Comentários

  1. Sou suspeito em dizer que curti muito essa edição de Brett, pois sou fã de faroeste. Agora imagina uma Hq escrita e desenhada por brasileiros e daqui dos pampas. Demais. Baita matéria Jorginho.

    ResponderExcluir