ARTE E CULTURA


Cavalgando com Tex - Ivano Ambrosini


A paixão por Tex vence barreiras como  distancia e a língua,  aproximando os pards das mais diferentes regiões do mundo, assim foi com o italiano Ivano Ambrosini.  Nos conhecemos em um dos tantos e maravilhosos grupos de face  dedicados a Tex Willer, justamente nessa semana emblemática, em que realizamos a segunda edição do Cavalgando com Tex, que acontecerá no dia 30/09, data em que comemoramos 74 anos do maior Ranger dos quadrinhos. 

Ivano é um grande pard, confiram sua entrevista ao Arte e Cultura.

IVANO AMBOSINI

JORGINHO: Ivano, de que lugar na Itália você fala? Como é sua cidade e o envolvimento dela, enfim de seus amigos com o fumetti?


IVANO AMBROSINI: Meu nome é Ivano Ambrosini, nasci há 62 anos em Vicenza, uma charmosa cidade não muito longe de Veneza e parte integrante do nordeste produtivo da Itália. Sou um profissional freelancer em equipamentos industriais e computação gráfica e sempre fui um "texano" apaixonado por quadrinhos TEX, desde criança. Também participo daquele magnífico "TEX Group 2011" criado no facebook por Enrico Valcamonica com mais de 31.000 pards registados.

Arte: Lú Vieira


JORGINHO: Como e quando começou a sua paixão por FUMETTI , POR TEX?

IVANO AMBROSINI:  Eu acidentalmente conheci TEX quando criança, na casa de um colega de escola onde, no fundo de um armário, seu pai guardava zelosamente uma série de albetti ambientados no oeste. Agora revivo esses momentos e aquela primeira tira em minhas mãos, série Rodeo n. 11 “Tragédia na selva”. Lembro-me claramente dos pântanos, dos jacarés, Barão Samedi e Mephisto com seus fiéis guerreiros negros, mas sobretudo aquela imagem que nunca mais abandonarei, a do personagem principal... um pistoleiro invencível... desigualdades, em nome "Tex Willer". Quantas horas passadas depois da escola, imerso em folhear, ler e reler, independentemente do tempo, as fantásticas aventuras do que se tornará meu herói quando criança.

(Bem... o que posso dizer, muitos anos se passaram, mas a paixão por esse "artilheiro" não mudou, pelo contrário, se fortaleceu ao longo do tempo com a ideia de extrair meu herói daquelas páginas esboçadas em preto e branco o tornam real, em três dimensões. Eu nunca pensei que os sonhos são a realidade do meu trabalho cotidiano eles poderiam ser tão bem combinados ... e assim, passo a passo, livre de compromissos de trabalho, iniciei o primeiro de meus sonhos/projeto, concretizando o assim TEX... montado numa cadeira com as suas feições marcadas e mandíbulas quadradas, o potro "pacificador" como aviso na mão... 


JORGINHO:  Como foi para você na sua infância e adolescência adquirir exemplares de Tex?

IVANO AMBROSINI:  Na realidade comecei a comprar e colecionar gibis, gadgets e qualquer outra coisa só Tex na velhice, meu irmão comprava o mensal mas eu os lia assiduamente em relação a ele e com ciúmes os colocava de lado pois provavelmente mantinham o sabor e a alegria sentida como um filho.


JORGINHO:  Quais os exemplares de Tex que mais marcaram a sua vida?

IVANO AMBROSINI:  As duas edições mensais que me são mais queridas são "El Muerto" e a subsequente "A colina das botas" uma das suas histórias mais envolventes. A tal ponto que decidi esculpir virtualmente em 3D aquele duelo dramático no computador. Agora está sendo desenvolvido, talvez falemos sobre isso mais tarde, vou deixar apenas uma prévia... No entanto, existem muitas aventuras texanas bonitas, eu lembraria acima de tudo "O pacto de sangue", "Sangue navajos", "Entre duas bandeiras", "A cela da morte", "Um sino para Lucero", etc. etc.




JORGINHO: Quantos itens no geral você tem em sua coleção?

IVANO AMBROSINI:  Acho que tenho uma coleção decente de mais de 2000 quadrinhos TEX, certamente arrumada e importante para a qualidade e originalidade das versões mais antigas, mas estou constantemente procurando melhorá-la mesmo com os livros em língua estrangeira do meu herói.


JORGINHO:  Você é um grande colecionador de quadrinhos, quais as peças que você considera as mais raras?

IVANO AMBROSINI:  Não me considero um grande colecionador, na ITÁLIA tenho amigos que têm coleções invejáveis, como "arrepios", mas continuo a embelezar a minha só para poder admirá-la e de vez em quando me refugio, abandonando-me lendo e viajando no tempo e em infinitos espaços ocidentais. Recentemente consegui comprar a capa dura mais rara "Tex a conquista do oeste" e agora a mais recente série RODEO listrada (19 albetti). Em meus objetivos permanecem a série anastática 1-29 de Piacentini (os originais estão longe de ser encontrados e a custos proibitivos), e “La mano rossa” o mítico número 1 da segunda série gigante sem censura.


JORGINHO: O que mais te fascina nas aventuras de Tex?

IVANO AMBROSINI:  Acredito que quem lê Tex é basicamente uma boa pessoa. Um sonhador, um nostálgico, um romântico. Alguém que gostaria que não houvesse erros, injustiças, desigualdades no mundo. Um sempre pronto para defender os mais fracos. Aquele que não suporta corrupção política ou institucional. Aquele que, independentemente de suas crenças religiosas ou políticas, não julgaria a de seu próximo. É assim que Tex se comporta e é por isso que eu gosto...

Arte: Miriam Coelho

JORGINHO:  Como você enxerga o momento atual dos quadrinhos em geral no Itália e o Momento atual de Tex?

IVANO AMBROSINI: Os dados das editoras italianas dizem que o laboratório das nuvens em 2021 coletou quase 9 milhões de consumidores, números de livrarias às quais devem ser somadas bancas de jornais e lojas de quadrinhos. Um salto do Homem-Aranha considerando que em 1996 havia menos de 4 milhões. Muitas crianças, mas também há uma patrulha conspícua de cinquenta e muito mais. Também ouvi no rádio nesses dias que o quadrinho volta a ser uma importante escolha de presente como alternativa válida ao objeto eletrônico em geral. E… e o TEX? Estou ciente de que a tiragem ainda é bastante alta nos 150.000 exemplares por mês entre TEX e o jovem TEX WILLER, sem contar as várias reimpressões e várias capas duras… nada mal então… também porque também vejo muitos jovens lendo.

Arte: Miriam Coelho


JORGINHO:  Deixe um recado para o leitor do Arte e Cultura

IVANO AMBROSINI:  Os sonhos mais verdadeiros são aqueles que não têm forma nem espaço... e não podem ser contados, escritos ou desenhados - estão no fundo do coração, são aqueles que uma vez se realizam, “sabem fazer as pessoas felizes”. Acredito que quem lê Tex é na verdade um sonhador que de alguma forma carrega o ranger dentro de si, e externamente o realiza em pequenos gestos diários, melhorando um pouco o mundo


CAVALGANDO COM TEX 2ª EDIÇÂO


Dia 30 de setembro está chegando e, com ele, a 2ª edição de Cavalgando com TEX, evento online  que irá novamente reunir pards dos mais diversos cantos do Brasil e do mundo.

Em 2021 a primeira edição foi um enorme sucesso, tornando-se o maior evento online da história dedicado ao personagem. Este ano, a programação será mais enxuta, mas feita com muito amor pelo ColetiveArts e por todos aqueles que são apaixonados pelo personagem criado na Itália, em 30 de setembro de 1948, por  Giovanni Luigi Bonelli e Aurelio Gallepini, o Galep.

O Coletive, durante todo o dia 30,  irá disponibilizar publicações especiais aqui no blog, dedicadas ao personagem e seus fãs. E a partir das 21h, no YouTube do Coletive, ocorrerá a live de comemoração do aniversário de 74 anos do ranger mais querido do faroeste. 

Na live comandada por Israel Santiago e GG Carsan  haverá muitos brindes a serem sorteados, e para concorrer, tem que dar o like no vídeo, começar a seguir o canal do Coletive, e ficar de olho na programação que será publicada aqui no blog, pois as perguntas do sorteio serão sobre  essa programação toda especial.

Lugar de Texiano no dia 30 é aqui no Coletive, venha comemorar conosco essa data tão fantástica!

Para saber como foi o nosso primeiro "Cavalgando com TEX", clique AQUI.


Arte: Reginaldo Barbosa


Jorginho

Jorginho é Pedagogo, Filósofo, ilustrador com trabalhos publicados no Brasil e exterior, é agitador cultural, um dos membros fundadores do ColetiveArts, editor do site Coletive em Movimento, produtor do podcast Coletive Som - A voz da arte, já foi curador de exposições físicas e virtuais, organizou eventos geeks/nerds, é apaixonado por quadrinhos, literatura, rock n' rol e cinema. É ativista pela Doação de Órgãos e luta contra a Alienação Parental.


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