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HORA DE APERTAR OS BOTÕES

Um ano de eleições é um ano de questionamentos para milhões de eleitores.

Em quem votar?

De tempos em tempos precisamos voltar às urnas para escolher nossos representantes políticos. A palavra representante, me ocorre agora, é por demais responsável, porque aqueles que escolhermos para ficar em nosso lugar à frente das decisões políticas deveriam fazê-lo com dignidade. Entretanto, inúmeras vezes nos decepcionam.

Ocorre que nós, eleitores, em geral não fiscalizamos, ou não memorizamos as promessas feitas pelos nossos candidatos. Por outro lado, eles também esquecem o compromisso assumido, porque isso faz parte muitas vezes apenas do discurso, que comumente é preparado por sua equipe de governo para manter a atenção de seus eleitores, que esperam suas reivindicações sejam atendidas.

De qualquer modo, nós, eleitores, estamos do lado de cá, e normalmente o nosso candidato está do lado de lá, e quando ele se elege, fica cada vez mais distante de nós. Por isso que talvez sua memória fique gradualmente mais curta em relação à palavra dada. Assim, quando chegamos mais e mais perto de apertarmos os botões da urna eletrônica — pensar que aquele movimento com os dedos pode representar o futuro do nosso grande país, é preciso examinar com lucidez se esse ato irá corresponder realmente as nossas expectativas, pelo menos com o material que nos foi fornecido pelo candidato durante sua campanha. Devemos considerar que o voto é uma missão bastante árdua, pois somos induzidos a votar neste ou naquele candidato pelo comprometimento que ele declarou diante de nós, quase sempre chovendo no molhado às necessidades populares. No que concerne à ocasião, desemprego, fome, baixos salários, saúde, educação... Coisas que vêm de encontro aos anseios do povo, principalmente dos mais necessitados. E é neste ponto, basicamente, que as campanhas políticas se detêm, pois a pandemia acabou criando, além da doença que vitimou milhares de pessoas, o desemprego, por conseguinte a fome, e tirou das escolas centenas e milhares de crianças. São necessidades gritantes ao nosso derredor. Um prato cheio para os candidatos fazerem promessas mirabolantes.

O que nos resta eleitores que somos, cujos olhares políticos se voltam neste momento para cada ser vivente que respira e pode votar — é escolher da melhor maneira possível os nossos futuros representantes.

Não é uma tarefa fácil. Já votamos outras vezes, e reconhecemos que é uma incumbência   por demais espinhosa. Precisamos contar mais uma vez com nossa boa intuição e equilíbrio, enquanto eleitores, muitos de nós já cansados de guerra, e olhar para os nossos jovens que vão à urna este ano, para que seus critérios de escolha sejam bem melhores para os novos tempos.


Fernando Medina

Fernando Medina é escritor , tem Licenciatura em Letras na ULBRA e Pós Graduado em Literatura pela UFRGS, escreveu os livros ,A Testemunha (contos) e O Circo (romance infanto-juvenil). Aficionado por música instrumental tem como orquestras preferidas Ray Conniff, Percy  Faith, Nelson Riddle e o saxofonista Kenny G. Leitor prolífico tem como autores preferidos Machado de Assis, Júlio Verne, Victor Hugo e Sir Arthur Conan Doyle. Também é cinéfilo, apaixonado por filmes dos gêneros suspense e policial, e também não dispensa um bom documentário.


04 ANOS DE COLETIVEARTS,
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