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FELICIDADE

Perseguida, sonhada por todos; alguns já a consideram uma utopia: a Felicidade.

Há muitas alusões em torno do tema. Os pessimistas dizem que ela não existe. Os mais otimistas falam que ela existe sim, mas é uma questão de foro íntimo, que só a conseguimos se deixarmos de ser pessimistas e sempre encontrar na vida um motivo de satisfação, nem que seja o mais ínfimo possível.

A discussão provavelmente será eterna porque cada um de nós tem seus motivos para acreditar ou não na felicidade, se for o caso de acreditar ou senti-la em algum momento.

Filósofos, terapeutas, cientistas, e todos aqueles que a estudam ou a cogitam, chegam a conclusões as mais diversas sobre o assunto.

O historiador americano Darrin M. Mcmahon escreveu o livro Felicidade, uma história, e confessa, no prefácio desta obra, que “houve momentos, no cultivo deste projeto (...), nos quais me vi obrigado a enfrentar a ironia de que o fato de escrever um livro sobre a felicidade pudesse me deixar profundamente infeliz”.

De fato, por ser um tema essencialmente subjetivo, é difícil mensurar até que ponto uma pessoa pode ser feliz, e se no decorrer de sua existência houve razões para que ela nutrisse esse sentimento. Se felicidade é um estado de espírito, é preciso estar satisfeito em algum momento de nossas vidas para nos sentirmos venturosos.

É evidente que se formos levantar tal questão estatisticamente, ouviremos das pessoas um manancial de razões para se sentirem infelizes, levando em consideração saúde, desemprego, morte, e muitos outros fatores cuja lista seria interminável.

A grande verdade é que a nossa disposição para nos sentirmos felizes vai muito além de todos os itens numerados acima.

Marcelo Fayard, autor do livro A chave da felicidade — conceitua este sentimento, dizendo que “ser feliz é estar bem como se pode estar e saber reconhecê-lo”. Parece, a princípio, muito fácil apenas reconhecer que podemos e devemos ser felizes, e ponto.

No entanto, todos nós sabemos que a coisa não é tão fácil assim.

De qualquer modo, se formos fazer um balanço histórico da felicidade como o fez Darrin McMahon em seu livro — iremos encontrar pessoas com motivos próprios para usufruir desse sentimento, mas não deve representar um número muito expressivo de indivíduos.

Sem otimismos exagerados, e tão pouco considerando que uma pessoa possa ser feliz o tempo todo, que na concepção de Cortella, só um imbecil o seria — todos nós temos nossos momentos de júbilo, de bem estar, que se traduziriam por átimos de felicidade, tais como o nascimento de um filho, um novo emprego, uma formatura, um matrimônio. Enfim. Deste modo, todos somos felizes em algumas ocasiões, pelo menos.

Fernando Medina

Fernando Medina é escritor , tem Licenciatura em Letras na ULBRA e Pós Graduado em Literatura pela UFRGS, escreveu os livros ,A Testemunha (contos) e O Circo (romance infanto-juvenil). Aficionado por música instrumental tem como orquestras preferidas Ray Conniff, Percy  Faith, Nelson Riddle e o saxofonista Kenny G. Leitor prolífico tem como autores preferidos Machado de Assis, Júlio Verne, Victor Hugo e Sir Arthur Conan Doyle. Também é cinéfilo, apaixonado por filmes dos gêneros suspense e policial, e também não dispensa um bom documentário.


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