
Almoço de Domingo
Domingo é um dia tradicional e especial em várias partes da cidade. Uma boa parte dos viventes, está de folga do trabalho, estudos e ou qualquer atividade que tenha que cumprir algum horário.
Sempre terá gente trabalhando no domingo. O Rio é uma cidade grande, não tem como parar. Ainda mais se no domingo fizer sol. Uma turma ganha um troco. De algum canto, sai alguém para vender algumas bebidas, biscoitos globo e ou algo qualquer na praia. Se é dia de jogo, alguém está trabalhando do lado de fora do estádio e ganha seu dinheirinho.
Num bairro distante do subúrbio, Nona, filha de italianos, mas totalmente brasileira de batismo e nascença, do alto de seus 89 anos bem vividos. Casou cedo, com seu primeiro amor, saíram do outro lado da poça e foram desse lado de cá da Baía de Guanabara e construíram a vida por aqui. Tiveram três filhos, bem criados e anos depois, tiveram netos e bisnetos.
Depois de alguns anos, o amor de Nona foi embora, cada uma foi para um lado e vida que segue. Soube ser avó com maestria, daquelas que os netos são uns eternos anjos. Quando conseguia reunir todos em sua casa para um simples almoço no domingo qualquer ou um festejo, sentia-se feliz, ela valorizava isso e lhe fazia bem.
Conhecida na redondeza, tinha bastante amizades com a vizinhança por morar no bairro há anos. Inúmeras vezes, ela e filhos, participavam de algum festejo de uns vizinhos queridos e acabava tudo em cervejas geladas. Mas a vida segue o seu percurso natural e Nona partiu e deixando saudades. Seu enterro, foi um momento de alguns familiares e amigos se despedirem e lembrarem com saudades de boas lembranças.
| Daniel Filósofo |
INTIMIDAÇÕES!

1 Comentários
Muito boa essa crônica, que para mim foi especial,me levando a recordação da minha sogra
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